Seul é o palco de uma guerra silenciosa entre dois dos criminosos mais perigosos da cidade. Park Jimin, o enigmático Kitty Gang, age sozinho com sua aura encantadora e destrutiva, enquanto Min Yoongi, o implacável Agust D, lidera sua gangue com uma...
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Agust D estava em seu escritório, cercado por papéis e contratos que precisava revisar. Negócios não esperavam por ninguém, nem mesmo por ele. Enquanto lia os números de um relatório, sua mente vagava brevemente para os eventos recentes. A cicatriz no olho ainda coçava de leve, um lembrete constante do que Kitty Gang havia feito. Ele odiava admitir, mas o que quer que estivesse acontecendo entre eles havia se tornado mais do que simples rivalidade. Era algo indefinido, algo que ele ainda não sabia se gostava ou detestava.
De repente, alguém bateu à porta. Agust não ergueu os olhos de imediato, simplesmente murmurando um breve:
-Entre.
Um de seus homens entrou, a expressão séria.
-Chefe, acabamos de ver Kitty Gang. Ele está em um prédio alto, observando as ruas. Parece que está planejando alguma coisa.
Ao ouvir o nome de Kitty, Agust largou os papéis sobre a mesa e olhou diretamente para o homem.
-Onde exatamente?
O homem forneceu as coordenadas, e em questão de segundos, Agust D já havia se levantado. Ele não era do tipo que perdia tempo quando se tratava de Kitty. Pegou seu casaco e saiu rapidamente, deixando a papelada abandonada sobre a mesa.
Seu carro, preto como a noite, estava estacionado do lado de fora, brilhando sob as luzes da rua. Ele entrou no veículo, ligando o motor com um ronco profundo, e acelerou em direção ao prédio que lhe haviam informado. Sua mente trabalhava em todas as possibilidades. Por que Kitty estaria observando as ruas de um prédio tão alto? Planejando algo? Uma emboscada? Uma armadilha?
Agust D não sabia o que esperar, mas a sensação de enfrentar Kitty Gang era algo que ele havia se acostumado. A tensão, a excitação perigosa... fazia parte de quem eles eram agora.
Quando chegou ao prédio, subiu sem hesitação até o terraço. Cada passo que dava, o silêncio do prédio ecoava ao seu redor, até que finalmente alcançou o topo. Lá estava Kitty, exatamente como seu homem havia dito. Sentado na borda do terraço, o olhar perdido nas ruas abaixo, como se o mundo ao seu redor não importasse.
Agust D puxou a arma ao abrir a porta do terraço, mas parou no momento em que viu Kitty de perfil. Havia algo diferente naquela postura. Não era o olhar afiado de quem estava arquitetando um plano. Não havia a habitual provocação no ar. Kitty estava apenas... lá, existindo em silêncio.
Sem nem se virar, Kitty falou, com um tom impassível:
-Não adianta, Agust. Hoje eu não estou no clima pra joguinhos.
Aquilo surpreendeu Agust. Ele guardou a arma no coldre e caminhou até o terraço, parando ao lado de Kitty. A brisa fresca da noite os envolvia, e por um momento, nenhum dos dois disse nada. Era estranho. Normalmente, um encontro entre eles era cheio de palavras afiadas, sarcasmo e tentativas de se superarem. Mas hoje, parecia que tudo havia mudado.
-Você está... planejando alguma coisa? – Agust perguntou, a voz baixa, mas carregada de curiosidade.
Kitty deu de ombros, sem tirar os olhos da cidade abaixo.
-Talvez – respondeu com indiferença. – Talvez não.
Agust franziu o cenho, sentando-se ao lado dele, algo que nunca faria em uma circunstância normal. Mas havia algo em Kitty naquele momento que parecia mais... humano, mais acessível.
-E por que aqui? – ele perguntou, olhando ao redor, como se tentasse entender a escolha do local.
Kitty suspirou, cansado.
-Às vezes eu só quero... pensar. – ele respondeu com simplicidade. – Não quero ter que me preocupar com quem vai tentar me matar ou o que vem a seguir.
Agust D ficou em silêncio por um momento, analisando aquelas palavras. Ele sempre viu Kitty como uma ameaça, alguém que ele precisava manter sob controle. Mas e se, naquele momento, Kitty estava apenas tentando ser... ele mesmo? Um lado de Jimin que ele raramente permitia que outros vissem.
-O jogo continua? – Agust perguntou, tentando entender a situação. O jogo deles, aquele jogo mortal de quem caçava quem, era a única coisa que os ligava.
Kitty virou o rosto, finalmente o encarando. Seus olhos estavam mais sombrios do que o habitual, mas havia algo diferente neles, algo indefinido.
-Tanto faz – Kitty disse, a voz sem emoção, antes de se levantar.
Agust o observou se afastar, sem saber exatamente o que sentir. Havia algo de errado naquele "tanto faz", algo que o incomodava mais do que ele gostaria de admitir.
Kitty caminhou até a escada, sem olhar para trás.
-A gente se vê por aí, Agust – ele disse, sem esperar resposta, e desapareceu pela porta do terraço, deixando Agust D sozinho no topo do prédio, com a brisa fria da noite e a estranha sensação de que algo maior estava por vir.