Cap 16

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POV ENID

Wednesday tinha acabado de ir embora, parando para pensar agora, não sei se fiz certo ao interrompê-la sobre aquele assunto anterior, não a deixei falar, não queria mais pensar naquilo e acabei logo colocando um ponto final. Quando botei um ponto na nossa "conversa" ela apenas concordou, tirou seus olhos dos meus e ficou em completo silêncio enquanto observava a cidade de cima. Posso ignorar o que fiz, mas não posso ignorar o que senti, enquanto meu rosto se aproximava do seu, sentia meu coração acelerado, meus lábios desejarem os seus, a energia ao tocá-la, meus olhos repararem em cada detalhe do seu rosto.

Não sei o que me fez sentir isso, eu só... senti, não tem uma explicação para isso, minha mente foi formando perguntas que eu não conseguia responder, eu simplesmente... não sei. Nunca havia sentido algo comparado a isso, nem com o Ajax, como isso é possível? e porque? Ao mesmo tempo que essas sensações são boas, parecem que também são ruins, posso disfarça-las, mas não posso ignorá-las.

- Então, o que faremos agora? - pergunta Yoko após um silêncio enquanto víamos o carro sumir de nossas vistas.

- Acho melhor irmos pra casa. - Diz Tyler olhando em seu relógio.

Todos concordam e vão para seus carros, Bianca que irá levar os outros para suas casas, enquanto eu irei com Ajax. Com um pouco de pressa, abro a porta do carro e entro, enquanto observo Ajax vindo caminhando até o carro. Ele finalmente entra no carro e dá a partida, no caminho pra casa fiquei mexendo no celular um pouco, e de vez em quando olhava para Ajax que não tirava os olhos da estrada.

Conhecendo o caminho de casa, certo momento percebo que já estávamos na rua da minha casa, avançando um pouco mais enxergamos a minha casa, Ajax para o carro em frente a minha casa e o desliga. Ele insiste em me levar até a porta de casa e assim o fez, tiro a chave do bolso e destranco a porta gritando em aviso dizendo que havia chegado, com tal ato minha mãe aparece da sala.

- Enid Sinclair! - Dita meu nome vindo até mim.

- Lá vem dor de cabeça. - sussurro pra mim mesma.

- Isso lá são horas de chegar! - esbraveja.

Droga! Droga! Droga! Esqueci da hora.

- Mãe, eu só cheguei 3 minutos depois do horário dito, não é pra tanto. - falo olhando a hora ao ligar o celular.

- Não é pra tanto?! Olha Enid, eu não vou discutir com você então apenas entra e vai direto pro seu quarto! - Diz com o tom de voz um pouco mais alto. Como não queria criar uma outra discussão com ela, apenas fiz o que foi dito.

Na metade da escada consigo escutar um pouco da sua conversa com Ajax, ela apenas pediu desculpas pela pequena bronca e embarcou em outro assunto com Ajax, perguntando como estava sua vida, se ele já pensava em fazer alguma faculdade por estar no último ano etc, chegando no topo da escada já não conseguia mais ouvi-los.

Abrindo a porta do meu quarto vou direto a minha cama, tudo o que queria agora, a minha preciosa, perfeita e confortável cama. Focada apenas em minha respiração, escuto duas batidas na porta, como já sabia quem era apenas falei para que entre.

- Deu para escutar lá do quarto, o que houve agora? - perguntou meu pai fechando a porta.

- Só cheguei 3 minutos depois do horário e ela me deu uma bronca por isso. - Respondi, enquanto meu pai se aproximava da minha cama.

- Ela não faz isso por mal, ela só se preocupa muito com você. - explica se sentando ao meu lado na cama.

- Você diz isso toda vez, eu já entendi, mas você não entende que isso cansa. - nesse momento lágrima eram formadas em meus olhos.

- Eu sei que isso é cansativo pra você minha pequena, só tenta entender o lado dela, você é tudo o que ela sonhou e por mais que ela seja muito exigente, ela só quer o seu bem, entende. - Diz enquanto eu me sentava ao seu lado.

- Entendo, mas cada dia que passa isso fica mais rigoroso e repetitivo. - olhando para baixo, lágrimas caiam dos meus olhos.

- Ei, não precisa chorar. - meu pai levanta meu rosto e limpa minhas lágrimas. - Vem cá.

Ele me puxa para um abraço apertado e confortável, começa a acariciar minha cabeça e dizer coisas positivas e engraçadas para me fazer para de pensar sobre isso e me distrair um pouco, o que funcionou no momento. Ficamos um bom tempo nisso até meu pai se certificar de que eu já estava bem, deixou um beijo na minha testa, me desejou boa noite e saiu do quarto.

Respirando fundo me levanto da cama, abro meu armário e tiro um pijama branco com vários corações roxos de lá, troco de roupa, colocando o pijama, ligo o ar-condicionado, apago a luz e volto pra minha cama. Fiquei mexendo um pouco no celular conversando com meus amigos até escutar passos até meu quarto, desliguei rapidamente o celular e coloquei em baixo do meu travesseiro.

Virei de lado e fechei os olhos, no momento seguinte a porta do meu quarto é aberta, a luz é acesa e os mesmos passos são ouvidos até a minha cama. Relaxei mais enquanto na minha mente fiquei desejando que minha mãe fosse logo embora e assim foi feito, após ouvir a luz ser apagada e a porta ser fechada solto um suspiro aliviada e volto pra posição em que estava, pego meu celular novamente, e vendo que não tinha mais muito o que fazer resolvi ir dormir, achei uma posição confortável, fechei os olhos e não demorou muito para que eu pegasse no sono.

[...]

Acordo com a luz do sol maltratando meus olhos e o ar-condicionado sendo desligado, o que me faz começar a sentir calor, abro meus olhos lentamente enquanto tiro minha coberta com os pés. Uma figura fica parada em minha frente e eu levanto o olhar, encontrando minha mãe com as mãos na cintura.

- Acorda logo que o café já tá na mesa e eu não vou vim te acordar de novo. - Disse e saiu do quarto deixando a porta aberta.

Fiquei raciocinando o que ela tinha acabado de dizer, por culpa do sono eu não tinha entendido nada. Após um tempinho parada resolvo levantar da cama, me espreguiço enquanto bocejo e saio do quarto indo pra cozinha. Na cozinha meus pais conversavam animadamente sobre a mesa, me aproximo dos dois e me junto a eles na mesa.

- Bom dia. - Digo após sentar na cadeira ao lado do meu pai.

- Bom dia, minha pequena. - meu pai deixa um beijo em minha testa.

- Bom dia, filha. - Minha mãe diz dando um sorriso pra mim.

É sempre a mesma coisa, depois de tudo que é dito ou feito, ela fingi como se nada tivesse acontecido. Não sei como ela consegue, pelo menos assim não fica um clima estranho entre nós.

Entre conversas com os dois vou terminando meu café, quando terminamos o café subi pro meu quarto e fui escovar os dentes. Aproveitando que já estava no meu quarto resolvo logo ir tomar um banho, vou até meu armário o abrindo e escolho algo para vestir. Fechando o armário, volto pro banheiro e tomo um banho gelado para despertar, aproveitei e já lavei meu cabelo junto. Saindo do banho, penteei meu cabelo e o sequei no secador.

Saindo do banheiro, volto pra baixo encontrando meus pais na sala, me sentei entre os dois e resolvemos ver um filme juntos, pedi para que minha mãe fizesse pipoca e ela fez dois potes, um pra ela e meu pai e outro pra mim pra eu não acabar com a deles, colocou uma jarra de suco de morango na mesinha que fica no centro da sala e três copos para nós, colocamos os sucos nos copos e fomos escolher um filme, decidindo ver um filme de ação, fui apagar a luz e voltei rápido, com tudo pronto meu pai deu o play no filme.

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The first passion (Wenclair)Onde histórias criam vida. Descubra agora