Cap 17

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POV WESNESDAY

Estava na sala, sentada no sofá vendo uma série na tv, Pug estava no chão brincando com seus carrinhos e minha mãe estava na cozinha preparando o almoço. Como meu pai trabalha muito, raramente ele passa um tempo com a gente, então a maioria das vezes, todas as vezes, somos só eu, Pug e minha mãe em casa. Estava concentrada na tv, até um pequeno ser sentar ao meu lado e ficar me olhando, é um método que ele usa para me chamar silenciosamente, sem precisar me atrapalhar quando estiver concentrada em algo ou fazendo alguma coisa.

Procurei o controle pelo sofá, o encontrando embaixo de uma almofada, pausei a série, deixei o controle ao meu lado e virei o rosto para olhar Pug.

- O que foi? - perguntei ao pequeno.

- Posso te perguntar uma coisa? - diz e eu apenas assinto com a cabeça, indicando para que continue. - Qual o nome da moça bonita que estava no parque com a gente?

- Enid. - Disse apoiando meu braço no sofá e apoiando a cabeça sobre a minha mão.

A garota que despertou algo estranho em mim, que não sai da minha cabeça, é como se ela tivesse entrado na minha cabeça e está controlando todos os meus pensamentos, voltando todos para si. Por que ela não sai da minha cabeça? Não consigo entender.

- Ela é a amiga que você salvou não é? - perguntou.

- Sim, como sabe? - perguntei por ele ir direto a ela.

- O jeito que você olha pra ela. - respondeu, saiu do sofá e voltou a brincar com seus carrinhos.

Ok, isso foi dito por uma criança de 5 anos, e como ele reparou nisso? E como assim o jeito que eu olho pra ela? Isso tudo é uma loucura. Balancei a cabeça em negação, peguei o controle ao meu lado e voltei a ver a série. Um tempo depois minha mãe gritou da cozinha dizendo que o almoço estava pronto, eu e Pug saímos correndo da sala até a cozinha, estávamos famintos, lavamos as mãos e nos sentamos na mesa. Peguei um prato e coloquei a minha comida, despejei um pouco de refrigerante no meu copo, finais de semana minha mãe deixava a gente beber refrigerante no almoço e na janta, ela também não se aguentava e bebia um pouco.

- Ah, mãe esqueci de te falar que eu entrei no time de basquete da escola. - Disse antes de dar a primeira garfada na comida.

- Que legal filha, já sabe quando começam os jogos? - pergunta interessada, minha mãe gosta de ver os jogos escolares, assim como via os do meu irmão.

- O treinador disse que ainda vão ver direto como vão programar os jogos. - Disse depois de tomar um gole do refri.

Ficamos conversando o almoço inteiro, rindo com Pug dizendo que se entrasse no time todos perderiam para ele, tem nem tamanho esse moleque. Quando terminamos de almoçar, ajudei minha mãe a lavar a louça e guardar, depois disso fui escovar os dentes. Voltando pra sala, deitei no sofá e fiquei mexendo no celular jogando um jogo, enquanto minha mãe levou Pug para seu quarto pro pequeno tirar o seu cochilo da tarde.

Uma notificação apareceu no meu celular, abri e vi que era do grupo que tinham criado, na mensagem Enid perguntava se todos queriam ir a praia de noite. Eu particularmente amo a praia anoite, a brisa fresca, o som das ondas, a areia macia e claro a bela visão da incrível e brilhante lua. Meu lugar de paz é a praia anoite, onde eu morava ia bastante a praia anoite, todas as vezes sozinha, era só eu e a praia. Não sabia que aqui tinha praia, se soubesse já teria ido no primeiro momento que a palavra praia fosse dita, agora mesmo que eu preciso dela, ia a praia muita das vezes para colocar minha cabeça em ordem, para desestressar ou só para ficar sozinha observando a lua.

Como não poderia perder essa oportunidade confirmei que iria, iria colocar os pensamentos em ordem junto com a pessoa que toma conta deles, que loucura, vou ser obrigada a lidar com isso, eu divido o dormitório com ela então eu não tenho muito pra onde fugir mesmo querendo.

The first passion (Wenclair)Onde histórias criam vida. Descubra agora