Drugovich × Verstappen

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Alice Drugovich
Março de 2015. Melbourne, Austrália.

Primeira corrida do ano, assumo estou um pouquinho animada, okay muito animada para isso.
Nos testes pré - temporada, o carro não estava como o esperado, foram meses de espectativas e no final é isso que me entregam?

— Isso está horrível! — Max resmungou se jogando na cadeira a minha frente.
— Nem me fala, não consigo fazer uma volta decente.
— Eu conversei com o meu engenheiro e ele falou que pode mudar alguma coisinha antes do próximo treino.— Ele começou a jogar uma bolinha de tênis para cima, pegando ela ainda no ar.
— Foi a primeira coisa que fiz quando sai do carro.
— você não conversou. — Ele fala jogando a bola mais uma vez. — Você gritou, eu escutei na minha parte do box.

Sorri e permaneci em silêncio, verdade eu gritei, porquê a praga fingia que não me escutava. Em minha defesa; eu precisava fazer algo para ele me escutar.
No momento não temos nada para fazer e como a minha bateria social foi pro lixo desde a última coletiva, estou aqui no meu quarto com esse cara de peixe na minha frente.

— Seus pais não vieram? — Ele pergunta, guardando a bolinha na mesa.
— Oi? — Olho para ele confusa por não ter entendido.
— Seus pais
— Ah, não eu vim sozinha. — Porquê quis, vamos concordar, minha mãe poderia ter vindo, o Felipe também, até o Charlie poderia ter vindo e qual foi a sua resposta? ' Não precisa.' precisa sim, eu tô quase enlouquecendo aqui.

— Achei vocês dois.— Amélie apareceu no quarto com um sorriso cínico no rosto.
— Qual a bomba? — perguntei na minha língua materna, na intenção que Amélie entenda, ela e Argentina deve funcionar.
— Quê? — Max olha para mim confuso.
— O que temos que fazer agora Amélie.
— fotos, depois autógrafos em frente ao box, treino livre dois...— Me joguei na cama bufando alto.
— Não temos folga nessa merda?— Max se levanta.
— Caralho pra que eu fui inventar!— olho para os dois, quer dizer, para Amélie já que o cara de peixe já está longe.— Eu só queria um momento de paz.
— Quando você voltar para o hotel de noite agora e impossível.
— Como se isso fosse possível. O Marko me manda mensagem todas as noites.— Ela pega meu celular que estava numa mesinha próximo a ela e começa a olhar as mensagens.
— Tá falando sério? Esse Hijo de puta não tem o que fazer não?
— Calma estressada, Eu ignoro todas.
— Mesmo assim Alice.— Ela bufa.— Isso e muito injusto, não vejo ele pegando no pé do Max, olha que o tempo dele foi horrível.
— E você ainda quer que eu não mande ninguém ir a merda.
— Vou falar com o Horner e te dou cinco minutos para estar naquela sessão de fotos.

____

Mas uma entrevista antes de ir embora para o hotel, fiquei entre os três primeiros no segundo treino livre, enquanto o Max ficou com mais de oito segundos atrás de mim.
Me escutaram é o carro está bem melhor, na bancada tem seis pilotos, Hamilton, Vettel, Bottas, Alonso o novato da marussia que ainda não sei o nome, e eu.

— Não pera aí.— continuei.— Não é só porque eu tô me saindo bem que significa que meu carro e sabotado e talento coisa que você não tem.
— Fica na sua que eu tenho mundial.— Vettel se defendeu.
— Grande coisa. Vindo do cara que levou um coro de mim no kart nas férias.
— Detalhes.— ele riu puxando a aba do boné para baixo, o jornalista avia perguntado aos mãos experientes como eu estava me saindo e óbvio que o Vettel tinha que soltar uma piada, esse sem vergonha falou que meu carro está modificado, então eu também dei com a língua nos dentes.

Meu celular vibra no meu bolso 'Pietro' o nome que aparece na notificação, santo seja os meninos de Maranello.
'Quando vou te ver novamente?' Vizualei pela barra de notificação, então... Dependendo de mim nunca mais, porém Maranello e um lugar pequeno existem tantas possibilidades.
' Não sei, quando a entrevista terminar aqui eu vejo quando tenho tempo e te aviso.'

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