Capítulo X

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Engfa

- Por favor, eu ajudo você, te ajudo a pegar quem me pagou! – ele diz suplicando enquanto está amarrado a cadeira todo ensanguentado.

-  Eu não preciso da sua ajuda – digo e acerto mais um soco em cheio na cara do imbecil – Você vai aprender o que é respeito e de como não se meter onde não é chamado – digo e acerto novamente sua cara com mais um soco.

- Acho que ele apagou de novo – Faye diz com tédio do outro canto da sala onde está observando.

- É um fraco, vamos levá-lo de volta a Bangkok, ele fará companhia para o outro imbecil – digo pegando um pano para limpar o sangue das minhas mãos.

- Tem certeza? Não é melhor resolver isso agora? – ela me questiona preocupada.

- Mas quem disse que não vamos resolver agora? – pergunto a encarando – Vamos levá-lo e resolver tudo de uma vez.

- Já são uma hora da manhã, até pegarmos o voo de volta e ir até o galpão, será em torno de mais de três horas da madrugada – ela reclama.

- O que foi? Precisa de um sono de beleza?! Para de frescura e vamos logo, peça ajuda para carregar este imbecil até o carro e avise para o piloto que estamos retornando ao aeroporto e partiremos imediatamente de volta para Bangkok - digo irritada e saindo de uma vez pela porta.

Assim que entro no carro meu motorista volta a fazer o caminho para o aeroporto de onde viemos, Faye irá no outro carro para trazer o imbecil. Pego meu celular do bolso da minha calça e verifico que eu não recebi nenhuma mensagem com informações novas de Charlotte, isso me incomoda e sem paciência envio uma mensagem:

"Você sumiu, sem relatórios e sem informações, se não aparecer vou atrás de você pessoalmente."

Envio a mensagem e espero mais um pouco, mas não obtenho resposta, decido que se não houver nenhuma resposta logo pela manhã eu iria pessoalmente fazer meus questionamentos. O percurso de volta ao aeroporto não demora tanto, quando paramos no hangar onde o jato da minha família está aguardando, Faye que estava no veículo de trás vem e abre a porta para mim. Embarcamos com o infeliz de volta para Bangkok, a viagem foi rápida, durou somente uma hora e meia.

Assim que pousamos em Bangkok, já tem outros dois carros nos aguardando e seguimos diretamente para o galpão onde Faye havia sinalizado. Quando chegamos lá partimos para mais uma sessão de interrogatórios, dessa vez Faye me ajudou, mesmo assim, perdemos algumas horas ali.

- Chega, já temos informações suficientes – digo pegando a faca em cima da mesa que estava ali do lado dos dois inúteis.

Sem cerimônia ergo o pescoço de um deles que está amarrado a cadeira, olho nos olhos dele e passo a faca em seu pescoço sem mais delongas e repito a mesma coisa com o segundo imbecil e vejo os dois sangrando até a morte.

- Você poderia ter usado uma arma. Seria mais rápido e faria um pouco menos de sujeira – Faye diz enquanto está limpando suas mãos com um pano.

- Mas assim não teria graça alguma, sabe muito bem que traidores merecem sofrer – digo indo em sua direção deixando a faca em cima da mesa e pegando outro pano para também limpar minhas mãos – Vamos, chame o pessoal da limpeza e vamos de uma vez, descansar um pouco, ainda tenho aquele jantar exaustivo hoje à noite.

- Você quem manda minha senhora – ela diz largando o pano em cima da mesa e pegando seu celular em seguida.

Após limpar minhas mãos vou em direção a saída do galpão e pego meu celular do bolso, vejo que já se passa das nove da manhã e fico feliz quando finalmente aquele ser humano respondeu minhas mensagens, mas assim que entro no banco de trás do carro e começo a ler a felicidade some.

A Herdeira da MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora