Capítulo XVII

258 42 11
                                    

Engfa

Depois de minha provocação, Charlotte resolveu ficar em silêncio e o restante do trajeto até o restaurante foi assim. Chegamos ao prédio e entramos diretamente pela garagem, após meu motorista estacionar na vaga reservada, descemos e nos encaminhamos para o elevador, indo para a cobertura onde o mais novo e badalado restaurante da cidade tinha sido inaugurado há alguns meses e quando chegamos lá Charlotte pareceu surpresa com todo o ambiente. A recepcionista nos encaminhou rapidamente para o andar de cima do restaurante, onde estavam localizados os camarotes privativos.

- Realmente é um restaurante digno de 5 estrelas – Charlotte comenta assim que já estamos sentadas e acomodadas uma do lado da outra no sofá do camarote, porém ela sentou com um lugar há mais de distância de mim – Estou tentado fazer uma reserva a...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- Realmente é um restaurante digno de 5 estrelas – Charlotte comenta assim que já estamos sentadas e acomodadas uma do lado da outra no sofá do camarote, porém ela sentou com um lugar há mais de distância de mim – Estou tentado fazer uma reserva aqui há algumas semanas.

- Sim, fui muita crítica com os mínimos detalhes na decoração e minha sócia também é minuciosa com quem frequenta o lugar, por isso é tão difícil conseguir uma reserva – digo e vejo sua cara de surpresa.

- Você também é dona daqui? – me pergunta curiosa.

- Sócia, uma antiga amiga da faculdade, que se formou em gastronomia, estava querendo abrir um restaurante na cidade e precisava de alguém para investir. Só uni o útil ao agradável – falo lhe explicando.

- Confesso que eu estou surpresa com os tipos de negócios que você escolhe para investir.

- Espero conseguir lhe surpreender mais, claro que positivamente – digo dando uma piscadela e lhe provocando.

- Não começa Engfa – ela diz corando levemente – Precisamos resolver assuntos sérios antes do jantar de ensaio do casamento.

- Concordo, mas acho que quero começar falando sobre ontem à noite – digo e no mesmo instante o garçom traz uma garrafa de vinho e duas taças, ele pede permissão gentilmente e aceno de forma positiva para ele, em seguida abre a garrafa de vinho enche as duas taças colocando uma a minha frente e uma a frente de Charlotte, saindo em sequência.

- O que aconteceu ontem foi um erro, que não irá se repetir – ela diz dando um generoso gole em seu vinho.

- Discordo, inclusive na parte em que deverá se repetir – dou um gole em minha taça também – Teremos que nos beijar novamente no dia do casamento. Seria estranho recém casadas que sequer se beijam, não acha? – pergunto e pisco novamente para ela.

- Você é ridícula! Estou falando sério, quero lhe propor um acordo – ela diz com seu tom ficando claramente  mais irritado.

- E que acordo seria esse? – questiono intrigada.

- Como vimos no jantar na casa de meu tio, há um tempo atrás, tem muitas pessoas dentro da organização que concordam com ele e não acham que sou a melhor escolha para primeira-dama, inclusive seu pai – ela diz com receio – Acho que é o momento ideal para nos unirmos e passarmos pela cerimônia de casamento intactas, sem mais estragos para ambos os lados.

A Herdeira da MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora