Capítulo 4

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Por Favor Deixe seu Favorito


Dulce tentava manter a calma, mas seu coração batia acelerado.


— Ele estava apenas pedindo uma informação, nada demais, — respondeu ela, tentando parecer tranquila.


Santiago, ainda mais irritado, aumentou o tom de voz.


— Informação, é? Vamos ver isso!


Ele arrancou a bolsa de Dulce de suas mãos e começou a vasculhar tudo. Dulce tentou protestar, mas sabia que qualquer resistência só pioraria a situação.


Quando Santiago encontrou o cartão, ele ficou ainda mais furioso.


— Então isso é o que você chama de informação? — gritou ele, rasgando o cartão em pedaços. — Você acha que pode me fazer de idiota? Vamos pro carro, AGORA!


Dulce, sentindo-se humilhada e assustada, obedeceu sem dizer uma palavra. Ela acreditava que criar uma cena em público só pioraria as coisas. Com o coração apertado, ela entrou no carro, enquanto Santiago ainda estava furioso. Ele entrou logo depois, batendo a porta com força.


Durante o caminho de volta para casa, o silêncio era ensurdecedor. Dulce tentava controlar a respiração e manter a calma, mas a apreensão do que poderia acontecer a seguir, a deixava em pânico. Santiago dirigia de maneira agressiva, com rosto contorcido pela raiva.


— Você não presta, Dulce! Assim que eu me afasto por um segundo, você já dá corda para outro homem. Você é uma vagabunda!


Dulce tentava se defender, mas suas palavras se perdiam em meio ao choro.


— Santiago, você prometeu não agir mais desse jeito. Não é nada disso que você está pensando.


Santiago porém não ouvia. Seus pensamentos estavam consumidos pela raiva e pelo ciúme, e ele dirigia como um louco pelas ruas.


Quando finalmente chegaram em casa. Dulce saiu do carro rapidamente, sentindo o coração apertado de medo. Ao entrar, a babá estava à espera, informando que Nicolas já estava na cama dormindo.


— Obrigada, — disse Dulce, tentando manter a compostura enquanto lhe entregava o dinheiro.


A babá, percebendo que algo estava errado, perguntou com preocupação:


— Está tudo bem, dona Dulce?


Dulce, com lágrimas nos olhos, desviou o olhar e mentiu.


— Está tudo bem, só estou cansada. Boa noite.


A babá, percebendo que ela não queria falar sobre o que estava acontecendo, se despediu educadamente e saiu. Assim que a porta se fechou, Dulce começou a chorar compulsivamente.


Sentindo-se sufocada, ela foi até a cozinha para beber água e tentar se acalmar.


Santiago entrou na casa logo depois, ainda tomado pela fúria, ele foi diretamente até onde Dulce estava. A atmosfera estava carregada de tensão.


— Você acha que pode me enganar, Dulce? — gritou Santiago, se aproximando dela com passos pesados. — Você acha que eu sou idiota?


Dulce, segurando o copo com as mãos trêmulas, olhou para Santiago com olhos cheios de medo e tristeza.


— Santiago, por favor, você está exagerando. Não é nada disso que você está pensando.


— Mentira! — Santiago gritou, batendo na mesa com força. — Você acha que eu não vi a maneira como você olhava para ele? Você acha que pode me fazer de bobo?


Dulce tentou recuar, mas Santiago a pegou pelo braço com força, fazendo com que ela derramasse a água do copo.


— Santiago, por favor, — ela suplicou, com lágrimas escorrendo pelo rosto. — Você está me machucando.


— Eu não ligo! — ele berrou. — Você é minha esposa. Você tem que me respeitar.


Nesse momento, o controle de Santiago se rompeu completamente. A raiva e a frustração tomaram conta de si, e ele desferiu um forte soco em Dulce, ignorando seus gritos e súplicas.


A dor foi instantânea, e Dulce caiu para trás, cambaleando.


Desesperada, ela tentou sair correndo, mas Santiago, fora de controle, gritava com ela, chamando-a de todos os nomes possíveis.


— Sua vagabunda! Você acha que pode me enganar!


Dulce mal podia ver por causa das lágrimas e do inchaço no rosto. Ela tropeçou enquanto corria, mas Santiago estava logo atrás dela. Ele a alcançou rapidamente, agarrando seus braços com tanta força que ela sentiu a pele arder.

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Violência DomésticaOnde histórias criam vida. Descubra agora