Procurando a Felicidade

Ciumes de Matt

Matt nunca foi do tipo ciumento. Ele e Paola tinham um relacionamento sólido, baseado na confiança e no respeito mútuo. Mas, ultimamente, algo dentro dele começou a mudar. Desde que Paola começou a trabalhar na loja de Natália, ele notou como ela passava mais tempo com os clientes, sempre tão atenciosa e prestativa. Um cliente em particular, um homem bem vestido e sempre sorridente, parecia sempre estar por perto quando Paola estava de serviço.

Era uma tarde tranquila, e Matt entrou na loja para encontrar Paola. Ele a viu conversando com aquele mesmo cliente, que parecia mais interessado nela do que nas joias. Eles riam de algo que ele não podia ouvir, e o olhar que o homem lançou a Paola fez o sangue de Matt ferver. Ele não costumava ser assim, mas não podia evitar sentir um ciúme crescente.

Esperou pacientemente até que o cliente saísse, observando a troca de olhares e sorrisos. Quando finalmente ficou sozinho com Paola, a tensão no ar era palpável.

**— Parece que você tem um cliente muito interessado, hein? —** Matt comentou, tentando soar casual, mas o tom de sua voz denunciava o ciúme.

Paola franziu a testa, surpresa com o comentário. **— O quê? Você está falando do Sr. Gomes? Ele só estava me contando sobre sua coleção de relógios.**

**— Ah, claro, claro... Uma coleção de relógios. E foi isso que o fez ficar aqui por mais de uma hora conversando com você? —** Matt disse, com um toque de sarcasmo.

Paola cruzou os braços, claramente incomodada. **— Matt, do que você está falando? Ele é apenas um cliente, nada mais.**

Matt soltou um suspiro pesado. **— Eu sei que ele é só um cliente, Paola, mas... não sei, a maneira como ele olha para você... eu não gosto disso. Parece que ele está sempre por perto, e isso me incomoda.**

Paola olhou para ele, surpresa. **— Você está com ciúmes? Matt, eu nunca te dei razão para se sentir assim. Não tem nada entre mim e esse homem. Eu sou sua, só sua.**

**— Eu sei, eu sei... —** ele disse, passando as mãos pelos cabelos, frustrado consigo mesmo. **— Mas é difícil ver outro cara tão interessado em você, mesmo que seja só um cliente. E eu sei que não faz sentido, mas eu não consigo evitar.**

Paola suavizou o olhar, aproximando-se de Matt e segurando suas mãos. **— Matt, você precisa confiar em mim. Eu amo você. E não importa quantos clientes venham até aqui ou quantas pessoas eu conheça, ninguém vai mudar o que eu sinto por você.**

Matt olhou para Paola, sentindo a sinceridade em cada palavra. Ele sabia que ela estava certa, mas o ciúme era um sentimento irracional, difícil de controlar.

**— Eu confio em você, Paola. E sinto muito por agir assim. Só que, às vezes, parece que tudo na minha vida está mudando, e você é a única coisa que eu realmente não quero perder.**

Paola sorriu, tocando o rosto dele suavemente. **— Você não vai me perder, Matt. Eu estou aqui, com você. Sempre estarei. Mas precisamos conversar sobre essas coisas. Não deixe o ciúme crescer sem motivo. Estamos juntos nessa.**

Matt assentiu, puxando-a para um abraço. **— Eu sei, e vou trabalhar nisso. Você é tudo para mim. Só preciso lembrar disso quando esses sentimentos idiotas aparecerem.**

**— Então estamos de acordo —** Paola disse, rindo levemente. **— Agora, que tal me ajudar a fechar a loja e depois saímos para jantar? Eu acho que nós dois precisamos relaxar.**

**— Acho uma ótima ideia —** Matt respondeu, sorrindo. **— Nada melhor do que passar o resto do dia com a mulher que eu amo.**

Enquanto fechavam a loja juntos, Matt sentiu a tensão se dissipar. O ciúme, por mais desconfortável que fosse, apenas reforçava o quanto ele se importava com Paola. Mas ele sabia que precisava confiar mais em seu relacionamento e deixar de lado essas inseguranças. Afinal, eles tinham algo forte, algo que nenhum cliente interessado poderia abalar.