cemetery

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Então galera. A era Soft chegou ao fim. Daqui pra frente vai ser tristeza e coisas para baixo😃
Desfecho das memórias da Orm. Pov da Ling, que vai ser muito importante pra história.
E é isso, postando dois hoje pois amanhã é meu aniversário.

E está quase chegando ao fim, intenção é terminar com 20 capítulos🤧






O rastreador apitou alto e insistente, ecoando na quietude da noite. Orm franziu a testa e suspirou pesadamente.

— Ah, qual é! — Ling resmungou, levando as mãos aos ouvidos em uma tentativa exagerada de bloquear o som. — Será que essa porcaria não poderia ser mais discreta? Tá me deixando surda!

Orm arqueou uma sobrancelha, tentando não sorrir com a reação exagerada de Ling. — É só um apito, Ling...

— Um apito que mais parece uma sirene de ambulância! — Ling revirou os olhos e bufou. — Não tem um jeito de colocar no silencioso? Ou no vibracall, sei lá... Que saco!

Orm, sem paciência para discutir, olhou de volta para o rastreador, conferindo o novo ponto piscando no visor. Ela tentou ignorar as reclamações de Ling, que agora andava em círculos, resmungando mais para si mesma do que para qualquer um.

— Sério, três almas em um dia? — Ling continuou reclamando, mesmo enquanto se aproximava de Orm, irritada.  — Isso não tá meio exagerado? Eu achei que a gente ia, sei lá, fazer uma e pronto, descanso. Esse negócio tá pior que plantão!

Orm franziu a testa, o rastreador ainda apitando incessantemente. — Bom, você disse que queria terminar logo com isso... Achei que tava animada pra acabar o serviço rápido.

Ling soltou uma risada seca, cruzando os braços enquanto chutava uma pedrinha no caminho. — Uma coisa é querer terminar logo, outra é virar escrava de alma perdida! — Ela fez uma pausa e olhou para Orm com uma expressão dramática.  — E agora é em um cemitério. Vamos voltar para lá, Orm?

— Que foi? Vai me dizer que tem medo de cemitérios agora? — Orm provocou, olhando para Ling com uma mistura de ceticismo e diversão.

Ling deu de ombros, tentando manter sua pose relaxada. — Não é medo, é que... sei lá, clichê demais, não acha? Se eu quisesse passar a noite em um cemitério, eu teria virado gótica.

Orm soltou um riso contido, mas logo voltou à seriedade enquanto olhava para o rastreador. — Clichê ou não, é onde está a próxima alma.

Ling revirou os olhos dramaticamente. —  Me diz que depois disso, a gente vai poder descansar de verdade.

— Isso depende de como você vai encarar o trabalho. — Orm respondeu, um sorriso de canto aparecendo em seus lábios.

Ling retrucou, fazendo uma careta. — Se eu soubesse que ia dar tanto trabalho assim, eu teria pedido folga.


As duas cruzaram os portões de ferro forjado do cemitério, que rangeram com um som agudo e enferrujado. A atmosfera estava pesada, e a sensação de inquietação aumentava à medida que se aproximavam do ponto indicado pelo rastreador. Orm franziu a testa enquanto olhava para o visor, tentando localizar exatamente onde a alma estava.

— Por aqui. — Ela murmurou, apontando para uma fileira de túmulos antigos, cobertos de musgo.

— Isso vai ser divertido. — Ling ironizou, enfiando as mãos nos bolsos enquanto seus olhos percorriam o local. — Sabe, eu me dou bem com almas perdidas... mas isso aqui tá me dando uma vibe ruim.

a Dança do Eclipse- LingOrmOnde histórias criam vida. Descubra agora