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O sol da manhã filtrava-se pela janela do meu quarto, iluminando as paredes repletas de tecidos e esboços de moda

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O sol da manhã filtrava-se pela janela do meu quarto, iluminando as paredes repletas de tecidos e esboços de moda. Hoje era o dia em que finalmente partiria para Paris, com o trabalho dos meus sonhos, mesmo que apenas por algumas semanas. Enquanto arrumava minhas coisas, uma mistura de excitação e ansiedade pulsava em meu peito. 

— Você está pronta, Aurora? — a voz da minha mãe ecoou pelo corredor. Sorri, tentando afastar os pensamentos inquietos que insistiam em surgir.

— Estou quase lá, só mais um minuto! — respondi, segurando uma blusa de seda que ela havia me dado de presente.

Desci as escadas e encontrei meus irmãos espalhados pela sala. O cheiro do café fresco e das panquecas quentes preenchia o ar, enquanto a televisão exibia desenhos animados que faziam Dominique rir em alta voz. A alegria da manhã envolvia a casa, como uma manta quente.

— Você vai sentir nossa falta, não é? — perguntou Dominique, meu irmão gêmeo, com um sorriso travesso que iluminava seu rosto.

— É claro que vou! Mas prometo que voltarei em breve — consegui dizer, embora o nó na minha garganta se apertasse.

Bernard entrou na sala, com os cabelos ruivos bagunçados e um olhar sonolento.

— Alguém vai sentir falta das minhas panquecas — ele disse, fazendo uma cara de quem estava apenas brincando.

— Não exagera, eu ainda vou ter muitas panquecas quando voltar — respondi, dando-lhe um leve empurrão.

O café da manhã se transformou em um pequeno banquete familiar, repleto de risadas e histórias compartilhadas. Adrien, o mais velho, contava sobre suas últimas aventuras na faculdade, enquanto eu tentava absorver cada palavra, cada risada, como se fosse um tesouro que eu levaria comigo

— Lembre-se de me mandar fotos de tudo — disse Adrien, seus olhos brilhando com um orgulho que fazia meu coração aquecer. — Paris é incrível, mas eu sei que você também vai fazer algo incrível lá.

— Vou bombardear seu telefone de mensagens, não se preocupe — respondi, piscando para ele com um sorriso travesso.

— Acho que você deveria fazer um vlog de viagens, Aurie — sugeriu Bernard, enquanto enchia a boca com panquecas, os olhos cheios de animação. Ele sempre teve esse jeito espontâneo, capaz de transformar qualquer conversa em algo divertido.

— Não funciono bem na frente das câmeras — ri, lembrando das minhas tentativas desastrosas de filmar vídeos antes. — Sem contar que já estou nervosa o suficiente apenas com a ideia de estar nos bastidores — acrescentei, tentando desviar o foco do que poderia ser um grande desastre.

Minha mãe riu ao ver Bernard falar de boca cheia, dando-lhe um tapa leve na mão, como se fosse uma criança travessa.

— Sem educação, Bernard! — ela exclamou, seu tom maternal envolto em amor. Era reconfortante ouvir sua voz suave, como um bálsamo para minha alma inquieta. — E Aurie, não seja boba, você seria melhor que qualquer modelo.

His AngelOnde histórias criam vida. Descubra agora