Endangered Thing [Tradução]

Flashback - Sirius

A mão de Sirius parou na porta de Grimmauld Place, e ambas as sobrancelhas se ergueram em direção à linha do cabelo enquanto seu irmão Regulus se levantava dos arbustos como se estivesse se escondendo ali por um tempo. "O que diabos - onde está Harry?", ele perguntou alarmado.

Sirius havia deixado Harry com Regulus pela noite enquanto ele corria para Gringotes para cuidar de alguns negócios. Apesar de Harry estar com ele há quase um ano, Sirius ainda não acreditava que seu afilhado estava pronto para se aventurar no mundo bruxo mais amplo.

Harry tinha acabado de começar a se sentir confortável indo às aulas em Hogwarts entre seus colegas. Eles ainda tinham muito trabalho a fazer antes que Harry estivesse pronto para encarar o Beco Diagonal ou frequentar Hogwarts em tempo integral - se ele estivesse pronto. Harry já tinha pulado o início do primeiro ano com todos os outros e tinha sido selecionado para uma cerimônia privada com apenas a família presente.

O curador da mente e os tutores de Harry disseram que Harry estava fazendo um grande progresso. Ele era um garoto inteligente e aprendeu rápido em todos os seus estudos. Sirius tinha resolvido as coisas com o diretor para permitir que Harry viajasse para casa à noite e, até agora, Harry estava indo bem com o arranjo. Embora tenha havido alguns dias ou semanas em que a ansiedade de Harry levou a melhor sobre ele, e ele foi autorizado a ficar em casa.

Havia também o fato de que Harry ainda tinha muita cura física para fazer e consultas com curandeiros que ele não podia perder. A esperança era que, em seu terceiro ano, Harry estivesse pronto para a experiência completa de Hogwarts. Ficar nos dormitórios e fazer refeições com sua casa - não que Sirius estivesse com pressa de deixar Harry deixar o lar que eles criaram juntos. Mas ele queria que Harry fizesse amigos e tivesse todas as aventuras incríveis que Hogwarts tinha a oferecer a um garoto.

Harry já estava se abrindo mais e mais com seus colegas e professores. Sua personalidade brilhante e afetuosa parecia torná-lo querido por todos. Sirius já havia recebido cartas de Minierva e Flitwick elogiando Harry e pedindo a Sirius sua permissão para convidar Harry para tomar chá com eles ocasionalmente.

Sirius entendeu por que eles perguntariam. Apesar de tudo que ele havia passado em sua curta vida, Harry era simplesmente uma alegria de se estar por perto.

Regulus se sacudiu enquanto andava rapidamente para o lado de Sirius como se não fosse estranho que ele estivesse se escondendo nos arbustos do lado de fora de sua própria casa. “Não há tempo para explicar. Tenho que voltar antes que Harry perceba que estou desaparecido. Quando você entrar, finja surpresa. Harry vai pregar uma peça em você.”

Sirius sentiu seu corpo inteiro ficar em posição de sentido com essas palavras. "Harry vai fazer uma brincadeira comigo?", ele perguntou, só para ter certeza de que tinha ouvido seu irmão corretamente. Ele se sentiu sem fôlego com descrença e admiração pela ideia de seu afilhado sair de sua concha o suficiente para tentar fazer uma brincadeira com Sirius.

Este foi um grande passo na cura de Harry. Sirius sentiu como se fosse ontem que ele finalmente fez Harry rir pela primeira vez. Ele vinha contando histórias para Harry todas as noites sobre seus pais e as aventuras dos Marotos. Sirius não conseguia acreditar que Harry tinha assumido a responsabilidade de tentar uma brincadeira por conta própria.

Este foi possivelmente o melhor dia da vida de Sirius, além do dia em que Harry nasceu.

Regulus assentiu com um olhar profundo. “Eu ajudei, mas ele mesmo inventou, então... vá em frente, ok.”

“Claro,” Sirius concordou, o coração batendo forte de empolgação. “Não acredito que isso está acontecendo.”

“Me dê um minuto para voltar sorrateiramente. Eu deveria avisá-lo quando você estiver por perto,” Regulus respondeu, voltando pelos arbustos para o lado da casa. “Eu só queria avisá-lo para que não haja chance de uma reação negativa - não que eu achasse que você faria, mas é melhor permanecer do lado da cautela, você entende.”