O Peso da Coroa

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AVISO GATILHO: Esse capitulo contém cena de abuso sexual 


Gaia

Algumas semanas depois chega o dia do casamento real, a cerimônia e pequeno banquete começa de manhã, a tarde a reabertura do coliseu com jogos e a noite a consumação do casamento.

O salão do palácio estava decorado com uma grandiosidade sombria, banhado em ouro e púrpura, enquanto os patrícios se reuniam para testemunhar a união que legitimaria o poder do imperador.  Tudo parecia cuidadosamente planejado para impressionar  e intimidar.

Gaia entrou no salão escoltada por guardas, o véu vermelho cobrindo parte de seu rosto e a túnica de casamento pesando sobre seus ombros como uma corrente. Em meio aos sussurros e olhares dos convidados, ela podia sentir a fria indiferença daqueles que assistiam. Eles viam não uma noiva, mas uma peça no jogo de Commodus. Ela sentia-se mais só do que nunca, sua amiga Faustina havia sido afastada, Quintus estava desaparecido, e sua família era agora uma memória ensanguentada.  

Commodus aguardava no altar improvisado, com um sorriso enigmático e aquele brilho de satisfação controladora nos olhos

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Commodus aguardava no altar improvisado, com um sorriso enigmático e aquele brilho de satisfação controladora nos olhos. Ele estava vestido com uma túnica branca ornamentada em ouro, a coroa de louros repousando sobre sua cabeça, e seu porte exalava uma autoconfiança forçada, quase teatral. Ele era um homem que precisava ser adorado e, naquele momento, desejava que todos vissem Gaia como sua posse mais valiosa.

A cerimônia começou, os sacerdotes recitando bênçãos e orações para proteger o matrimônio e fortalecer o império, Gaia manteve o rosto imóvel, os olhos baixos, mas sua mente fervilhava. "Estou cercada de de inimigos" pensou, e sabia que precisava encontrar aliados. Observou de relance os patrícios que haviam sido amigos de seus pais, tentando avaliar em quais deles poderia confiar no futuro.

Ao seu lado, Commodus continuava com o sorriso arrogante, segurando sua mão com uma firmeza que era quase uma ameaça. Ele inclinou-se levemente e murmurou, apenas para que ela ouvisse:

Em um tom baixo, quase afetuoso, mas cheio de ironia — Ora, minha querida... por que tão séria? Hoje é o dia em que você se torna a mulher mais poderosa de Roma. 

Murmura de volta, sem erguer o olhar  — Poderosa? Ou apenas uma peça em seu jogo?.

Commodus apenas riu, apertando ainda mais sua mão, como se para lembrá-la de que a força dele, naquele momento, era absoluta. Ela sentiu um calafrio e fez força para não recuar.

A cerimônia prosseguiu, com as formalidades e rituais de costume. O sacerdote amarrou as mãos dos dois com uma fita dourada, simbolizando o vínculo eterno, mas Gaia só conseguia pensar em como aquilo mais parecia uma corrente. O peso do olhar de Commodus sobre ela era opressor, e ela teve de se esforçar para não demonstrar o desprezo que sentia.

Oaths of Revenge - Gladiador (2000)Onde histórias criam vida. Descubra agora