Epilogue

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— Mãe, esta é minha esposa, Aninlaphat, a nova viscondessa de Rothbury.

Como ainda estava inclinada, Anil quase caiu com o rosto no chão. Pinlanthita ajudou-a a erguer-se.

— Mas eu pensei que... Você disse que... Eu seria a nova governanta! Então você é...
— Visconderella de Rothbury ao seu dispor, minha querida.
— Minha filha é muito reticente com relação a certos assuntos.

A mulher mais velha comentou com um sorriso solidário.

— Ela me disse que traria uma mulher humilde para esta casa, mas você é tão linda e elegante quanto qualquer jovem dama que eu já tenha conhecido nos salões da cidade. É ainda mais
interessante do que as mulheres que tenho empurrado para ela sem nenhum sucesso.
— E muito mais mais bonita.

Pin acrescentou, sinceramente orgulhosa. Anil parecia perturbada e aflita, e o nervosismo a tornava ainda mais adorável. A viscondessa aproximou-se para envolvê-la num abraços suave e perfumado.

— Seja bem-vinda à minha família, minha querida. Você é uma verdadeira benção para minha desmiolada filha.
— A desmiolada filha concorda com você, mãe.

Os olhos de lady Rothbury descobriram Namo escondida atrás da saia da mãe.

A criança estava cansada e bastante agitada com os recentes eventos.

— E o que temos aqui? Céus, não me digam que esta criatura adorável é minha nova netinha! Minha filha garantiu que eu me apaixonaria por ela à primeira vista.

De repente Anil sentia o peito oprimido. Jamais sonhara com acolhida tão calorosa. Sua filha seria amada naquela casa, Namo examinava a senhora com olhos atentos e ingênuos.

— É a mamãe da sra. Bunny?
— Sra. Bunny? É assim que chama minha filha? Sim, eu sou a mãe dela. Pode me dizer por que a chama de sra. Bunny?
— Porque ela parecia uma coelha quando chegou em nossa casa. Com os cabelos todo assanhado...

Lady Rothbury riu.

— Você é uma menina muito perpicaz. Uma coelha é uma descrição perfeita para minha filha em certas ocasiões.
— Eu não tenho uma avó.

A viscondessa estendeu a mão para a criança.

— Não tinha uma avó. Agora tem.

Ela olhou para Anil com lágrimas nos olhos.

— Obrigada, minha querida. Está trazendo uma felicidade para esta casa que jamais imaginei ser possível. Agradeço em meu nome e em nome de minha filha.

Anil não podia dizer nada, porque estava lutando contra as lágrimas.

— Agora tenho algo para minha adorável netinha, um presente de boas-vindas que escolhi com muito carinho. Espero que ela o aprecie. Não é nada novo, infelizmente. Trata-se de algo que me pertenceu na infância. Esperava poder entregar o presente a uma filha, mas Pin não gostava ou parecia interessada, e assim o objeto permaneceu intocado no sotão por todos esses anos. Quando Pinlanthita me contou sobre vocês, mandei que um criado o trouxesse para cá e o limpasse com cuidado, e agora ele parece tão novo quanto antes, quando eu ainda era criança.

Anil olhou para Pinlanthita, mas ela encolheu os ombros de forma a dizer que não sabia do que se tratava.

— Venha comigo Namo.

A mãe dela convidou-a, segurando sua mão e conduzindo-a para a escada. Rindo, Pin avisou.

— Ela é uma princesa, mamãe. Tem de chamá-la de Princesa Namo.
— É evidente que ela é uma princesa. É minha neta!
— Podemos ir ver o presente de Namo?

Anil pediu ao vê-las sair.

— Iremos encontrá-la em um minuto. Antes, meu amor, quero que cumpra seu primeiro dever como nova senhora de Rothbury.

Pinlanthita a levou para a passagem em arco que conduzia a outro aposento.

Nela havia um visgo de Natal.

— Oh, quer um beijo! Bem, espero que todos os meus deveres sejam árduos como este primeiro.

E ela a beijou. Momentos depois o casal seguiu para uma sala íntima no segundo andar da casa, onde lady Rothbury estava sentada em um banco ao lado da mesa. Namo permanecia ao lado dela com expressão solene.

Anil não conteve uma exclamação de espanto. O som chocado atraiu o olhar da criança para a porta.

— Veja, mamãe! Já viu uma casa de bonecas mais linda do que essa?

Sem fala, Anil balançou a cabeça e nem tentou conter as lágrimas que corriam por seu rosto.

— Veja, sra. Bunny!
— Pode me chamar de màe, se quiser, princesa.

Pinlanthita disse ao abraçá-la. Depois olhou para Anil.

— Pensei tê-la ouvido dizer que não era chorona.
— Posso, mamãe? Posso chamar a Sra. Bunny de màe?
— Sim, querida. É claro que pode. Agora ela é sua màe.
— Que bom! Eu disse que minha vela do desejo era especial, mamãe. Ela trouxe a màe para nós.
— Sim, querida, tem razão.
— Vejam, minhas queridas!

Lady Rothbury apontava para a janela.

— Está nevando!

Além das janelas e das chamas vermelhas das velas de Natal, a neve caía cobrindo o cenário com um manto branco, tornando todo o mundo limpo, fresco e pronto para um recomeço.

Era Noite de Natal.

Uma noite de paz, amor e cheia de promessas de alegrias para o futuro.

E chegamos ao final de mais um adorável universo para entrar no clima de Natal fora de época! Obrigado por quem acompanhou essa linda jornada até aqui, e nos vemos na ilha de Arista

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E chegamos ao final de mais um adorável universo para entrar no clima de Natal fora de época! Obrigado por quem acompanhou essa linda jornada até aqui, e nos vemos na ilha de Arista. 🙃

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