CAPÍTULO 12.

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Já era sexta-feira, e eu estava na casa do Théo

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Já era sexta-feira, e eu estava na casa do Théo. Ele e eu nos preparávamos para sair, mas Mavie, como sempre, estava demorando uma eternidade para se arrumar. Eu tentava manter a calma, mas Théo não parava de me encarar com aquele olhar intenso e cativante. Cada segundo que passava, sentia meu rosto ficando mais quente.

— Que foi? — Perguntei, já sem saber onde esconder o embaraço.

Ele deu aquele sorriso preguiçoso e inclinou-se um pouco, aproximando-se de mim. — Só admirando sua beleza, anjinha — Disse em tom baixo.

Suspirei, tentando não desviar o olhar. O Théo nunca desistia, nunca cansava. E, no fundo, esse charme meio insistente tinha um efeito em mim que eu relutava em admitir.

— Obrigada — Murmurei, sentindo o rosto esquentar ainda mais.

Ele se sentou ao meu lado, tão perto que quase podia sentir seu perfume. Um silêncio denso caiu entre nós, até que ele, sem pressa alguma, perguntou:

— Anjinha… me diz por que você nunca me dá uma chance? — Sua voz era quase um sussurro, mas cada palavra parecia se instalar na minha pele.

— Ah, Théo… Eu só te vejo como amigo, mesmo. — Eu engoli em seco, tentando encontrar palavras.

Mas ele não recuou. Ao contrário, inclinou-se ainda mais, seu rosto tão próximo que eu podia ver cada detalhe de seus olhos.

— Nem pra fortalecer a amizade? — Ele provocou, com aquele olhar que parecia seduzir qualquer uma.

— Não, Théo. — Eu ri, envergonhada, e balancei a cabeça.

Ele estava tão perto agora que podia sentir o calor de sua respiração contra minha pele. — Um dia você vai ceder — Disse, deslizando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, sua mão roçando meu rosto. — E quando esse dia chegar, vai se arrepender de não ter cedido antes.

Aquelas palavras, sussurradas bem perto do meu ouvido, fizeram meu corpo reagir de uma forma inesperada. Meu coração batia rápido demais, e, contra minha vontade, senti o arrepio percorrer minha espinha. Ele sabia o que estava fazendo, e pelo jeito, estava gostando de ver o efeito que causava.

— O dia em que você conseguir me conquistar… eu faço tudo o que você quiser. — Aproximei meu rosto do dele, tentando recuperar um pouco do controle, e o encarei com um sorriso desafiador.

Ele sorriu de volta, um sorriso audacioso, e um brilho novo surgiu em seus olhos. Antes que pudesse responder, Mavie finalmente apareceu, interrompendo o clima denso que se formara entre nós.

— Atrapalhei o clima de vocês? — Mavie perguntou com um sorriso travesso ao descer as escadas.

Théo se levantou e riu, lançando-lhe um olhar despreocupado.

— Não tava tendo clima nenhum — Respondi, revirando os olhos enquanto me levantava também.

— É, Mavie — Théo acrescentou com um sorriso sarcástico, passando o braço em volta dos meus ombros. — Só estávamos… conversando.

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