— Luppy, para de latir! — Murmurei, tentando espantar o sono ao ouvir os latidos incessantes dele. Olhei para o celular na mesa de cabeceira: eram 3h25 da manhã. — Luppy, shhh! — Falei mais alto, mas ele parecia ignorar, fixando o olhar na janela do quarto.
Suspirei e me levantei, os passos lentos de quem mal tinha acordado. Cheguei perto de Luppy, que continuava com a atenção totalmente voltada para a janela. Afastei a cortina e dei uma espiada lá fora. Não vi nada além da escuridão da madrugada e as sombras das árvores balançando ao vento. — Viu? Não tem nada lá fora — Murmurei, tentando acalmar o cachorro.
Ele olhou para mim por um breve instante, mas logo voltou a encarar a janela, como se estivesse captando algo que eu não conseguia ver. — Vem, vamos dormir — Chamei, voltando para a cama. Mas ele continuava ali, rígido, observando com uma intensidade que me deixou desconfortável.
Deitei de novo, mas não consegui relaxar. Por que Luppy estava tão inquieto?
Após me deitar, Luppy continuou latindo, mais alto, mais insistente. Um calafrio percorreu minha espinha.
Mas que merda está acontecendo?
Levantei-me, tentando ignorar o arrepio que tomava conta de mim. Fui até a janela de novo, puxando a cortina com impaciência. — Luppy, não tem nada lá fora, meu amor — Sussurrei, mas, ao olhar para o lado de fora, meu corpo congelou. Dois homens mascarados estavam lá, imóveis, observando a casa. O coração disparou, e uma onda de pavor percorreu cada fibra do meu corpo.
A respiração ficou presa no peito, e meus músculos pareciam paralisados pelo medo. A mente gritava para eu fazer alguma coisa, mas era como se o medo estivesse prendendo meus pés no chão. Luppy não parava de latir, seu alarme constante ecoando pela casa e misturando-se ao silêncio ameaçador lá fora.
Fechei as cortinas rapidamente, o movimento quase desesperado, e corri para a porta da sala, com Luppy me acompanhando, cada passo um golpe de adrenalina. Cheguei à porta e a testei, trêmula, mas, por sorte, já estava trancada.
Tentei controlar minha respiração, encostada na parede, com o coração batendo descompassado. Luppy permanecia em alerta, farejando o ar, como se soubesse que o perigo ainda estava lá fora. Cada segundo parecia uma eternidade, e a sensação de que algo terrível estava prestes a acontecer fazia minha pele se arrepiar.
Com o coração disparado, fui até a cozinha e peguei uma faca, apertando o cabo com força. Luppy estava ao meu lado, como se soubesse que sua presença me dava alguma segurança. Tentava controlar minha respiração, mas o peito subia e descia rapidamente, quase fora de controle.
— Tá tudo bem, Angel… — Murmurei para mim mesma, tentando me acalmar. — Se eles vierem, eu… eu taco a faca neles. —
Voltei para o quarto em passos cautelosos, cada ruído ecoando alto na minha mente. Cheguei à janela novamente, puxei a cortina devagar e olhei para fora. Vasculhei a escuridão com os olhos, mas os homens mascarados não estavam mais lá.
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OBSESIÓN MORTAL
Fanfiction‼️ESSA OBRA É UM DARKROMANCE‼️ Sinopse: Em uma dança entre amor e destruição, Angel decide pôr fim ao ciclo de ciúmes que a aprisiona em um relacionamento tóxico com Matthew, um jovem cuja obsessão por velocidade e controle a deixou marcada. Após u...