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Stênio

Quando enviei o plug com um bilhete para a Helô, prometi pra mim que essa seria a última tentativa de convencê-la a aderir ao sexo anal. E confesso que minha expectativa estava baixa, mas como dizem.

A esperança é a última que morre.

No nosso relacionamento, em todas as vezes que tentei entrar no assunto, ela sempre desconversava com alguma piada para me fazer desistir ou esquecer. Acho que o meu maior erro foi nunca ter conversado com ela abertamente sobre o tema, e ter perguntado se era apenas medo ou se essa prática realmente não a interessava.

Porém, hoje minha pergunta foi respondida quando me atiçou de modo confiante que precisava da minha ajuda para colocar o objeto.

Ela queria isso tanto quanto eu, e vou fazer de tudo para a sua primeira vez ser inesquecível.

Mesmo com a ansiedade batendo nas alturas, preciso ir com calma nas minhas ações para deixá-la confortável. São anos de convívio para saber que a mulher à minha frente se encontra insegura.

Depois de encostar a porta do banheiro, caminho até ela tentando não transparecer o ogro que quer emergir de mim. À medida que me aproximo, com os olhos atentos em mim, a observo ficar com a respiração cada vez mais ofegante, como se estivesse acabado de sair de uma competição de corrida.

Entendendo seu nervosismo, coloco a bolsa que estava pendurada no meu ombro em cima da bancada e me aproximo segurando com as minhas duas mãos sua cabeça.

- Calma Helô, inspira e expira comigo, vai. — realizamos o exercício de respiração em conjunto até ela se acalmar. — Tá melhor?

Mesmo com a expressão indicando estar bem, fiz a pergunta para ter certeza.

- Tô me sentindo uma completa idiota agora, Stênio. — soltou uma risada envergonhada.

- Você não é nenhuma idiota Helô. — beijei a ruguinha que apareceu no meio da sua testa. — A gente não precisa colocar hoje. Vem, vamos continuar com o nosso jantar.

- Nem pensar, não vim até aqui pra desistir.

Se afastando de mim, foi em direção a bolsa e sem hesitar tirou de dentro a caixinha que contém o plug. Quando bati o olho no pequeno objeto metálico meu corpo começou a acender como antes.

Caminhei parando atrás dela e enfiei o rosto no seu pescoço.

- Trouxe o lubrificante que enviei junto?

Com uma mão na sua cintura, esfreguei minha pélvis na bunda carnuda com a intenção dela sentir a protuberância que cresce, por ela, a cada segundo que passa.

- Vim preparada. — ofegante, respondeu com um gemido escapando da boca.

Afastei mais uma vez nossos corpos e sem muita delicadeza curvei o tronco do seu corpo na pia, deixando-a empinada pra mim. Sem pressa, enfiei uma mão pela brecha lateral do vestido e segui o caminho que leva ao buraco, que antes me era proibido. Mas para minha surpresa não encontrei nenhuma barreira, me fazendo tocá-la com a maior facilidade.

Sem a peça íntima, um único descuido que ela tenha na hora de se movimentar, por conta da grande abertura do vestido, possibilitará que qualquer pessoa veja o que é meu. Ainda não sei como vou lidar com essa possessividade em relação a ela quando estivermos na competição.

É uma questão que com certeza vou precisar trabalhar mais a frente.

- Cadê a porra da calcinha? Não me diz que tá em falta na gaveta…

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