A manhã estava ensolarada, e o grupo se preparava para um dia cheio de diversão no "Universal's Volcano Bay". A ansiedade de Amelie era quase palpável. Julia e Arthur pareciam compartilhar da empolgação, embora houvesse uma tensão no ar que só Amelie entendia. Ela sentia que, a cada momento, estava se aproximando mais da verdade sobre Antonio.Ao entrarem no parque aquático, os amigos logo foram atraídos pela gigantesca montanha com o vulcão ao centro, que cuspia água no ar, criando uma bruma refrescante sobre todos. Amanda e Larissa também estavam animadas, aproveitando o dia para relaxar e deixar um pouco as preocupações de lado. A presença delas era reconfortante para Amelie, mas também significava que ela precisava se manter cautelosa com o segredo que estava prestes a viver.
Amanda puxou Amelie e Julia para um dos toboáguas mais altos, enquanto Arthur e Larissa riam ao fundo, animados para filmar a reação de Amanda. Amelie soltava gritos misturados com risadas ao descer, sentindo-se leve, quase esquecendo por um momento toda a tensão sobre o reencontro com Antonio.
Durante o dia, eles aproveitaram tudo o que o parque oferecia: boias gigantes, piscinas de ondas e os bares com drinks coloridos (não alcoólicos, claro, para os adolescentes). A diversão e os risos foram constantes, e o sol ia baixando no horizonte, tornando o ambiente ainda mais mágico.
Depois de horas, ao deixarem o parque, os adolescentes estavam exaustos, mas Amelie, cheia de energia e nervosismo, recebeu uma mensagem de Matheus. Seu coração disparou. Ele sugeria um encontro com ela e os amigos no Dezerland Park, o playground coberto de Orlando, onde as luzes e a diversão continuavam noite adentro.
Com o coração batendo forte, Amelie virou-se para Amanda e Larissa, preparando seu plano.
— Mãe, a gente queria ir ao Dezerland Park. Dizem que tem fliperamas, boliche... Deve ser divertido.
Amanda levantou a sobrancelha, desconfiada, mas Larissa logo deu risada.
— Claro, vão lá! Mas cuidado, viu? Qualquer coisa, nos liguem!
— Vocês vão sair também? — perguntou Arthur, percebendo o brilho no olhar das duas.
Amanda sorriu e Larissa, com uma piscadela, comentou:
— Vamos a uma boate temática dos anos 80. Já estamos prontas para dançar.
Arthur não resistiu e começou a rir.
— Boate dos anos 80? E vão com ombreiras e tudo?
Larissa deu um leve empurrão no ombro dele, rindo.
— Vocês, adolescentes, não sabem nada sobre estilo!
As duas deram risada e fizeram um tchau animado enquanto seguiam em direção ao carro. Poucos minutos depois, Amelie, Julia e Arthur desembarcavam no Dezerland Park, com o playground iluminado e cheio de cores chamativas.
Assim que entraram, localizaram Matheus, que os esperava junto com Antonio. Amelie sentiu o estômago revirar ao ver Antonio ali, tão descontraído. Ela se aproximou devagar, lutando para manter a calma.
— Amelie, Julia, Arthur! — exclamou Matheus ao vê-los. — Prontos para se divertir?
— Vocês são fãs de fliperamas? — perguntou Antonio, com um sorriso amigável.
— Total! — respondeu Julia, enquanto Amelie mantinha um sorriso tímido.
Eles começaram a explorar o parque, com Matheus e Antonio se misturando aos adolescentes como se fossem parte do grupo. Na frente de um fliperama de corrida, Antonio e Amelie desafiaram-se para uma corrida, e ela soltou uma risada quando ele venceu por pouco.
— Jogava muito fliperama na adolescência — ele comentou, rindo.
Amelie aproveitou a brecha e, com um sorriso, perguntou:
— Hoje em dia você ainda joga?
— Quando sobra tempo, sim — respondeu ele, parecendo relaxado. — Minha vida agora está mais focada na academia. Moro em Miami e viajo com frequência, mas tento sempre ir visitar minha mãe, que mora no Brasil.
O coração de Amelie deu um salto. Saber mais sobre ele fazia com que ela se sentisse conectada de uma forma que nunca havia imaginado.
— E você, Amelie? O que você gosta de fazer?
Ela hesitou por um momento, surpresa pela pergunta direta, mas respondeu:
— Ah... eu gosto de dançar, de criar conteúdo e de viajar. Ainda estou descobrindo meus sonhos, acho.
Antonio sorriu de leve.
— Eu também me sentia assim. Com o tempo, as respostas vão aparecendo, mesmo que aos poucos.
Eles continuaram jogando e rindo juntos. Amelie sentiu uma mistura de alívio e emoção ao perceber o quanto se sentia bem ao lado dele. No meio da conversa, Antonio olhou para ela com um ar pensativo e comentou:
— Sabe, Amelie, você me lembra alguém que eu amei muito.
O coração dela acelerou e suas bochechas coraram. Ela ficou sem palavras por um instante, tentando processar o que ele havia dito. O silêncio pairou entre os dois, e, enquanto ela tentava disfarçar o nervosismo, sentiu que aquele momento ficaria marcado para sempre.
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Amelie - Uma Historia Docshoe
FanfictionAmelie Meirelles está prestes a completar 14 anos e está determinada a descobrir quem é o seu pai, um segredo que sua mãe Amanda Meirelles esconde muito bem.