Capítulo 10 - Lionel William

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- Chefe, chefe... a máfia tailandesa cercou a sede.

Seguro o olhar e respiro fundo, tentando manter a calma que se espera de mim, mas meu coração bate como um tambor dentro do peito. Encaro meus homens com firmeza.

— Preparem as armas. — Minha voz soa controlada, mas por dentro, sou dominado por um turbilhão se emoções.

"Ela sempre foi e sempre será a única capaz de me deixar assim, tão vulnerável.

Ele está aqui por mim. É a mim que ele quer. E, além do mais, não quero que ela se machuque por minha causa, que se envolva em um passado que não é dela. ele quer me atingir usando ela, minha vulnerabilidade.

— Entenda uma coisa, você nunca foi, e nem nunca será, um problema pra mim, ou um fardo que eu preciso carregar — afirmo em um tom firme, olhando-a nos olhos. — Eu te protejo não porque eu ache que você não saiba se defender sozinha, mas sim porque você é importante pra mim, e eu não suportaria te perder. — Confesso.

Ela me devolve o olhar, e por um segundo, sinto um calor que quase alivia a tensão crescente, mas o som de armas sendo carregadas me traz de volta ao agora. Todos se equipam com precisão, passos firmes ressoam na direção da porta principal. Cada segundo parece esticado no silêncio opressor, que logo se quebra com os primeiros disparos. É o início de uma batalha, e eu não hesito. atiramos, recuamos, atacamos de novo. É um caos cuidadosamente coreografado, mas então, em meio aos gritos e ao som das balas, eu a vejo
Ele é baixo, mas ágil, e, em um movimento desesperado, agarra Vick, puxando-a para si como um escudo humano. Meu coração dispara. Sem pensar, grito: —  Soltem as armas! Parem de atirar agora! —  As palavras saem quase engasgadas, e a ordem é cumprida. Um a um, os homens abaixam as armas.

Ele olha para mim, com um sorriso frio, e pressiona a arma contra a cabeça dela. A tensão no ar é cortante.

— Se alguém vier atrás de mim, eu meto uma bala na cabeça dela. —  rosna, apertando Vick com mais força. Ela chora, lutando para se libertar, e ele só se irrita mais, apertando o gatilho de leve, como se quisesse nos lembrar que está no controle.

— Não a machuque! — peço em desespero, as palavras saindo quase como um sussurro.

Com Vick ainda como refém, ele recua em direção ao carro que o aguarda, e o tempo parece desacelerar. Ele a empurra para dentro do veículo, os olhos dele fixos em mim, desafiando qualquer tentativa de reação. Assim que as portas batem, meu instinto toma conta de mim, e eu corro até um dos carros próximos. é hora de uma perseguição.

Pisando fundo no acelerador, sinto o motor rugir, engolindo o asfalto enquanto sigo os rastros do carro que leva Vick. Passo por ruas estreitas e esquinas traiçoeiras, mantendo-o no meu campo de visão, mas ele não dá trégua. As curvas são fechadas, o cenário passa rápido, e o vento zune ao redor.

O carro à frente acelera, quase deslizando entre os obstáculos, mas não posso deixar que ele escape. Um golpe de sorte, talvez. Ele se vê preso em um cruzamento adiante, e eu diminuo só o suficiente para ver o movimento rápido que ele faz ao sacar uma arma. Ele se prepara para sair, mas já estou pronto, arma em punho, respirando fundo.

Acelero fundo, o motor do carro rugindo enquanto corro pelas ruas estreitas, os faróis cortando a escuridão. A adrenalina pulsa forte, mas meus olhos estão fixos no carro à frente, onde ele mantém Vick refém. Ele acelera, ziguezagueando entre veículos e ignorando sinais vermelhos, tentando a qualquer custo me despistar. Mas não vou deixá-lo escapar. Não com ela.

O volante quase desliza nas minhas mãos enquanto faço uma curva fechada, forçando o carro a acompanhar o rastro dele. O carro derrapa, o cheiro de borracha queimada invade o ar, mas mantenho o controle e sigo em frente. A cidade vira um borrão ao redor, prédios e postes passando rápido demais para serem reconhecidos. A cada segundo, diminuo a distância entre nós.

Ele tenta despistar novamente, desviando para uma viela estreita. Forço a entrada atrás dele, quase raspando nas paredes de concreto. Meu peito aperta ao pensar em Vick naquele carro, aterrorizada, e isso só me faz pisar ainda mais fundo no acelerador.

— Eu estou chegando, Vick... — murmuro para mim mesmo, quase como se fizesse uma promessa a ela.

De repente, ele faz uma curva brusca, e tenho que reagir rápido. As rodas gritam contra o asfalto, mas não perco a linha. Consegui ficar ainda mais perto. Ele se vê sem opções e acelera em direção a um cruzamento congestionado. Sem hesitar, jogo o carro para o lado, encostando no dele e forçando-o a sair da rota. Faíscas surgem quando as latarias dos carros se tocam. Ele se desestabiliza e tenta me afastar, mas continuo pressionando.

No momento seguinte, ele perde o controle e é forçado a parar. Abro a porta com pressa e avanço em direção ao carro dele, arma em punho, pronto para encarar o homem que ousou colocar Vick em perigo.

Atiro repetidas vezes em sua cabeça os respingos de sangue sujam o banco do carro, ver o sangue escorrendo por sua cabeça. Me causa grande satisfação. — vick só se joga em meus braços me abraçando com força, em busca de proteção. — eu tô aqui. — afirmo, beijando o topo da sua cabeça, com carinho passando as mãos de leve por sua costa. queimo o carro de Bragança pra não deixar rastros do crime para trás. — e rio, satisfeito sabendo que vinguei vick assim como prometi que faria, depois de apagar todas as provas do crime, vick ainda estava em choque então seguiu o caminho inteiro de volta para casa completamente calada.

o mafioso que me quer Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora