big mistake

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João Vitor
( Alemanha )
- Point of vision-

Quando me toquei do que realmente estava acontecendo, me afastei, seus lábios doces como mel, morderam os meus lábios inferiores.

- Pedro...Você acabou de me beijar..

- Sério? Achei que eu tinha te batido com um soco!

- Você sabe que a homossexualidade é a coisa mais errada do mundo né!? Além que a gente tá em guerra, somos de países diferentes.

- Se você se importasse tanto com o erro não estaria segurando minha cintura. E poxa, estamos em guerra, eu posso morrer agora. Porquê eu preciso negar tudo isso? Caramba, eu acho você muito legal.. E enfim.. Eu tô interessado em você.

- A quanto tempo? - Queria saber, já que são semanas que estamos aqui. Então ele respondeu

- Talvez desde o dia em que eu te poupei. Não vai me dizer que você também não sentiu..

- Amor a primeira vista - Respondemos em unissom.

- Cala a boca, quanto clichê! - Eu disse.

- Mas você gostou! você tá gostando, e eu também. - Ele sorriu de canto.

- Você é um maldito..

- É, eu sei.. As vezes você também.

Nós nos encontramos em mais um beijo, dessa vez, desesperado, precisávamos um do outro, pois podia ser a última vez. Além de que nunca iríamos saber o que nos aguarda na frente, o futuro.

Então, Pedro foi embora, e me prometeu que se estivesse bem, me encontraria durante a noite.

Ele foi bem, e com certeza os nativos gringos cuidariam dele. Isso me tranquilizava.

Fiquei o resto do tempo na gruta, sabendo que ainda tinha uma pequena quantidade de alemãs, e outra pequena se americanos.

E que o fim estava chegando, e antes que nunca, eu e Pedro precisávamos fugir, o quanto antes.

(...)

Era noite, e eu precisava fugir logo para encontrar com Pedro na rocha, tínhamos que fazer logo um plano e acabar com tudo isso.

Então assim que pude escapei e corri até o local de sempre, o ponto de encontro.

Confesso que eu também estava ansioso para beijar Pedro novamente.

Dessa vez eu finalmente fui preparado para me proteger.

Quando Pedro chegou eu me levantei, vendo que ele estava cansado, mediado ao seu esforço para chegar até aqui.

Me levantei rapidamente o dando apoio, enquanto Pedro ficava fraco aos meus braços.

- eu disse que só precisava vir se estivesse bem.

- E eu estou.. A gente precisa fugir logo.

- É, eu sei e concordo, mas não acha que você vem em primeiro?

- Exatamente, eu venho em primeiro, e eu quero fugir e salvar a minha vida.

Concordei, e sentei no chão, deitando Pedro com a cabeça na minha perna.

- Você tem algum plano? - Perguntei.

- Fora o da primeira noite não..

- Precisamos pensar mais..

- Eu sei, por isso eu chamei reforços, a muito tempo, eles devem chegar amanhã.

- Pera, assim vocês vão acabar com a gente!

- Mas você vai sobrar, e eu vou fazer você virar americano. - Ele disse, pegando do bolso uma identificação.

Que muito coincidentemente, o homem se parecia comigo.

- Como fez isso?

- Não pergunta, Noberto! - Eu ri, o mesmo ele.

Era o nome da identificação, Norberto.

- quando você sobrar, vai pedir ajuda para nós, e mostrar a identificação. Vai dar tudo certo, e você vai para os Estados Unidos comigo, pois nós dois estaremos feridos.

- Pera, os outros vão ficar?

- Exatamente.. Mas você precisa tomar um tiro de raspão.. Porquê apenas os feridos vão voltar

- Que você vai dar..

- Isso, assim de lá, a gente foge e fica como refugiados..

- Você é inteligente, Tófani..

- Eu sei.. - nós rimos, e ele colocou a mão na barriga, sentindo dor.

- Tá tudo bem?

- Nada anormal.. tá assim o dia todo. Amanhã esse pesadelo acaba. - Pedro sorriu, e se levantou, sentando.

Lentamente, ele tirou a mão da cintura e levou ate minha boca, passando seu polegar pelo meu lábio inferior.

Entendi totalmente seu pedido de atenção. E concedi, abrindo uma valsa entre nossos lábios.

Um beijo sobre a luz da lua, onde todas as coisas se diziam, ser o tudo, ou o nada.

E eu espero que seja tudo.

Romeo and Romeo | Pejão Onde histórias criam vida. Descubra agora