'Lisboa.

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𝖾𝖽𝗎𝖺𝗋𝖽𝖺 𝗉𝗈𝗂𝗇𝗍 𝗏𝗂𝖾𝗐.

JÁ estávamos indo pra casa em um silêncio confortável entre nós dois, só com o barulho do mar  e o vento batendo no meu rosto.

— você tá bem? — ele fala

— tem como estar mal? — falo e ele sorri me abraçando pela cintura

Como não era tão longe, chegamos em casa e assim que abrimos a porta vemos todos os nossos amigos sentados sorrindo de orelha a orelha

— gente, que tanto sorriso é esse? — assim que entro falo

— talvez por que nosso casal favorito deixou de fogo no cu e se assumiu? — jota fala levantando seu celular com a postagem que Apollo fez

— AQUILO QUE PARECIA IMPOSSÍVEL, AQUILO QUE PARECIA NAO TER SAÍDAAAAAA. — Barreto começa a cantar e logo todos da sala cantam juntos e eu só consigo rir

— vocês são demais. — digo me sentando do lado de Kakau

— cadê a aliança? — ela fala e eu mostro meu dedo

— ele tem bom gosto pelo menos. — fala e eu rio

— jota, que horas a gente vai embora? — Barreto pergunta

— só de madrugada barretinho, a van deu red. — ele responde

— Duda, por que você não canta aquela música que voce tava escrevendo pra gente? — ele fala e eu dou um beliscão nele — ai porra

— TU TÁ ESCREVENDO E NAO CONTOU? — brennuz levanta indignado

hoje eu assassino um girassol.

— Barreto tá ficando maluco. — falo

— vai amor, canta. — Apollo começa a cutucar minha costela e eu reviro os olhos

— pega teu violão lá, Kauan. — falo me dando por vencida

— ih, chamou pelo nome. — ele fala levantando e logo volta com o violão me entregando

— ela ainda não tá pronta. — desbloqueio meu celular botando no bloco de notas

por que cantar é mais difícil que rimar, senhor.

— Eu vejo tua cara e teu querer perverso
a gente fica bem aqui no chão da sala, eu te queria a vida toda te confesso. Por mim, a gente precisa mais da estrada. — começo a tocar

— eu vejo você longe e quero você perto
Fica na minha sombra, eu posso ser teu rastro, não quero tu na linha, vivo, morto ou claro
eu quero tu na minha boca, e a minha boca quer você, quer você. — sinto o olhar do Apollo queimar em mim e dou um sorriso sincero

— diga pra mim que é real, que eu te prometo meu melhor, fala pra mim o que eu quero ouvir, que tu sentiu o que eu senti. Eu vejo tua cara, o teu querer perverso, a gente fica bem aqui no chão da sala.
Eu te queria a vida toda, te confesso. Por mim, a gente nem precisa mais da estrada.

— eu vejo você longe e quero você perto, fica na minha sombra eu quero ser teu rastro, não quero tu na linha, vivo, morto ou claro. Eu quero tu na minha boca e ela quer você, quer você. Diga pra mim que é real, que eu te prometo meu melhor, fala pra mim o que eu quero ouvir que tu sentiu o que eu senti. — termino de cantar escutando as palmas e eu sorrio

— ela ainda não tá pronta, mas, até então foi isso. — deixo o violão de lado

— cara, isso tá incrível. — nathi vem até mim me dando um abraço

— pode falar que foi pra mim. — Apollo fala e eu reviro os olhos

— talvez você tenha me inspirado um pouquinho. —

𝘔𝘢𝘬𝘵𝘶𝘣; Onde histórias criam vida. Descubra agora