𝘦𝘥𝘶𝘢𝘳𝘥𝘢 𝘱𝘰𝘪𝘯𝘵 𝘷𝘪𝘦𝘸.
𝐅𝐈𝐐𝐔𝐄𝐈 conversando com o Apollo mais um tempo e vi que ele tava consciente, mas, ainda tava balançado por conta do efeito do remédio.
Estávamos dentro do carro e eu estava dirigindo pra casa, cada hora eu olhava pra ele do banco no passageiro e eu me sentia mal por não proteger ele o suficiente, sendo que ele faz o possível e o impossível por mim.
Quando me dou conta já estou na porta de cara, desligo o carro tirando a chave do mesmo e começo a chamar o Apollo.
— ei tico, acorda. — balanço o mesmo levemente
— hm. — ele resmunga
— vem amor, já chegamos em casa. — ele abre os olhos e eu saio do carro indo até o a porta do passageiro
— vem. — pego no braço dele botando em volto do meu pescoço e tranco o carro indo com ele até em casa
Abro a porta de casa com o Apollo totalmente mole no meu ombro
— deita aqui que eu vou te dar remédio. — boto ele sentado no sofá e vou até a caixa de remédios pegando um remédio pra ele e logo volto com uma garrafa de água e o comprimido
— toma. — entrego o comprimido pra ele que toma sem reclamar e logo entrego a água pra ele
— dorme aqui comigo? — ele pergunta com o olho vermelhinho e eu assinto tirando o meu salto e o tênis dele
Deito ao lado dele no sofá pegando uma coberta que tínhamos deixado jogada ali e eu cubro nós dois deitando ele no meu peito
— desculpa por não cuidar de você. — falo baixo
— você cuida de mim mais do que você imagina. — ele fala meio grogue
— não do jeito que você cuida de mim. — retruco
— eu te amo, tica. — fala e eu rio pelo apelido que ele roubou de mim
— eu também te amo. — falo e logo sinto a respiração dele ficando pesada e percebo que ele dormiu
Eu me sinto insuficiente por não conseguir cuidar dele, ele foi quase drogado e eu ainda deixei ele beber um pouco, eu não vi. Eu sei de tudo que aquela doente mental é capaz e mesmo assim eu não cuidei dele.
Eu não me perdoaria se alguma coisa acontecesse, até por que ele é quem me faz viver. Depois que eu saí da casa dos meus pais, só o Apollo pra me fazer ser livre desse jeito.
Eu sinto falta dos meus pais, falta da minha casa, principalmente da minha gatinha. Minha mãe só pode falar comigo escondido do meu pai e isso acaba comigo.
Mas, o Apollo me fez lidar com isso de outra maneira, ele me fez lidar com isso de uma maneira leve, calma e serena.
Nunca tive vontade de criar uma família depois de tudo que vivi com o Matheus, mas, hoje em dia me imagina sendo mãe de uma linda menina com os olhos do Apollo e o meu jeito estressado.
Eu não desistir dele por nada nesse mundo, isso eu prometo.