Blackout

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Ana

Era domingo à noite e estava no apartamento além de mim e Mel, Juh e Robin. Depois que o Finn foi embora furioso não deu mais sinal de vida e olha que a Mel ligou um milhão de vezes pra ele e agora depois da Robin já ter lamentado tudo que podia, ela simplesmente aceitou que terminou melhor que achava.

- Mas você não pode ficar pensando que todo mundo vai reagir assim. – falei.

- Pelo menos ele não me espancou. – respondeu ela.

- Ele não se atreveria. – completou a Mel.

- Okay, pelo que eu pude entender, ela achou que ia apanhar? – perguntou a Juh tentando traduzir a conversa.

- Vem cá, como você planeja viajar pela Europa sem falar inglês? – perguntou a Mel.

- Você veio morar na Inglaterra do mesmo jeito.

- Ata... Mas eu tinha uma esposa que sabia falar muito bem, obrigada.

- Qual o seu problema comigo? – perguntou a Juh encarando a Mel.

- Ta booom... – interrompi a conversa antes que gerasse uma discussão sem sentido. – Estamos aqui para apoiar a Robin.

- Como eu falo pra ela que ela é linda demais e nem parece que já foi homem? – perguntou a Juh.

- Você pode falar isso, deixa de ser ridícula. – reclamou a Mel enquanto a Robin ficava sem entender nada quando falávamos em português.

Então eu resolvi ajudar falando uma frase em inglês pra ela relaxar.

- Relaxa, essas duas nunca se deram bem. – falei para a Robin que sorriu.

- O que tem pra comer? – perguntou a Juh.

- Arroz... Macarrão... Sinta-se a vontade para preparar algo. – respondeu a Mel.

- Que tal pedirmos comida chinesa? – sugeri.

- Odeio! – respondeu a Juh.

- Eu gosto! – disse a Mel contrariando mais uma vez a Juliana, eu não sei se essa pirraça das duas é engraçado ou irritante.

- Ta bom, eu vou fazer um espaguete. – falei para acabar com aquela birra das duas – E todo mundo vai comer.

Ficou um silencio irritante, então simplesmente levantei e fui para cozinha preparar o jantar, separei todos os ingredientes em cima da mesa e fiquei fazendo uma lista mental para saber se estava faltando alguma coisa.

- Um bom vinho tinto. – falei sozinha. – fui até a nossa mini adega no armário e escolhi uma ótima safra, abri, pois ele precisava passar uns trinta minutos respirando antes de ser tomado.

Quando tudo já estava encaminhado voltei ao meu vinho e me servi de uma taça bem generosa, voltei para a sala e a Mel no mesmo segundo pegou a taça da minha mão, levou e foi em direção a varanda.

- Que houve? – perguntei pra Juh.

- O de sempre, ela não gosta de mim.

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