44. Tarde de Compras.

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[POV'S YAMAGUCHI.]

- MENTIRA! - Mais um dia em que eu acordava às cinco e quarenta da manhã e Hanna já gritava emocionada. Sério, de onde ela tira toda essa energia tão cedo?

- Amor, não precisa gritar, ainda é muito cedo. - Minha mãe colocou uma das mãos sobre o ombro de minha madrasta para que ela se acalmasse.

- Mas meu bem você ouviu direito?! Seu filho vai a um encontro! - seus esbugalhados revelavam sua surpresa e emoção. - eles crescem tão rápido!

Sim, eu havia contado a minha mãe sobre eu e Tsukki. Afinal, não fazia sentido esconder isso dela. Eu sabia que ela iria me apoiar independente de tudo e confiava completamente em mim, por isso ontem a noite quando Tsukki me chamou pra ir com ele ao baile do colégio, esperei ansiosamente para que as duas chegassem em casa e eu pudesse contar tudo o que acontecia entre eu e meu melhor amigo de infância (mesmo que Hanna já soubesse de uma parte da história).

Vi um pequeno sorriso de canto surgir no rosto de minha mãe que logo desviou seu olhar até mim, me olhando nos olhos.

- Quando é o baile?

- Neste sábado.

- Que horas?

- Às sete da noite.

- E com que roupa você vai? - me calei. Só aí eu fui me lembrar de que eu não tinha absolutamente nenhuma roupa pra ocasião. - Tadashi, querido, precisamos comprar roupas novas pra você.

- Isso! Roupas novas! - Kobayashi bateu uma palma em concordância. - Vou te buscar mais cedo no colégio hoje e nós três vamos ao shopping fazer compras!

- Espera, hoje? Não é muito cedo?

- Claro que não! - se aproximou e passou um dos braços por cima de meus ombros. - e eu vou pagar por tudo, como seu presente de aniversário! Está chegando, não está?

- Está sim ma-

- Ótimo! - deu um tapinha em meu ombro. - Te busco no colégio as três horas em ponto. - saiu da cozinha. Minha mãe olhou pra mim com um sorriso e eu não pude deixar de sorriso de volta.

[...]

Como sempre, Tsukki passou na minha casa e nós fomos até o colégio. Disse a ele que teria que sair mais cedo hoje mas não disse o porquê e ele não insistiu em perguntar.

Dito e feito, depois do segundo intervalo exatamente as três em ponto, uma funcionária bateu na porta da sala e me chamou.
Assim que desci as escadas do prédio e sai pelo portão principal, o carro de Hanna estava estacionado bem em frente com a mesma dirigindo e minha mãe no banco do passageiro. Entrei e ela logo deu a partida.

[...]

- Não! Volta lá e coloca esse. - Era o terceiro terno que experimentava e Hanna dizia que não estava bom. Ela me entregou um novo.

- Eu gostei desse, preciso mesmo experimentar outro? - Perguntei mesmo sabendo que para as duas mulheres que me acompanhavam, se não tivesse a aprovação de ambas, nós não levariamos.

- Precisa. - Minha mãe respondeu por Kobayashi. Apontou para o aprovador em sinal para que eu voltasse pra lá.

[...]

- Credo, sem chance. Ficou horrível em você. - Hanna falou abanando uma das mãos para mim em sinal de desgosto. - O próximo! - pediu a minha mãe que me entregou outro terno.

 Mʏ Fɪʀsᴛ Lᴏᴠᴇ - TsᴜᴋɪYᴀᴍᴀ Onde histórias criam vida. Descubra agora