Se não fosse pelo feneco rosnando e latindo, tudo estaria num completo silêncio. O moreno tenta deixar a perplexidade de lado e levanta a arma novamente.
- Por quê? - Tentou parecer firme, apesar de sentir seu corpo dando tremiliques.
Cyno sentia seu coração disparar dentro do peito, inúmeras dúvidas cresciam em sua mente, e estava fazendo de tudo para manter-se focado.
- Isso se iniciou quando descobri a floricultura desse animal-
- Tighnari.
- Tanto faz. Quando soube que ele é um descedente dos lupus, uma sensação de dever tomou conta de mim.
- Dever? Dever de quê? - Franze as sobrancelhas, prestando atenção no orelhudo e em seu pai ao mesmo tempo.
- Do legado que nossa família deixou, matar essas aberrações. - Diz com convicção.
- Continua, e se afasta dele.
O homem, relutante, faz o que o filho manda.
- Eu investiguei ele por um tempo, e olha só que coincidência incrível, fui eu que atropelei os pais dele. - Ele pausa a sua fala dando uma risada alta.
Cyno arregalara de leve os olhos, sempre soube que o pai tinha pavio-curto e orgulho pela história da família, mas não sabia que era até aquele ponto.
Depois que terminou de rir, ele volta a contar a história com um sorriso no rosto.
- Foi nessa investigação que conheci aquele ex dele, entrei em contato com o mesmo e disse que se fizesse o que eu mandasse iria receber uma boa grana. Como ninguém recusa dinheiro, ele me ajudou de bom grado.
Deu mais alguns passos para perto do filho e continuou.
- Foi ele o causador do incêndio, eu tinha que trazer esse monstro para perto de mim, e essa foi a solução.
- Você sabia que uma menina poderia ter morrido naquela merda? - Cyno tivera que trincar os dentes para não gritar.
- Eu soube, mas é irrelevante. - Ele abana a mão com desdém - O importante é que havia conseguido o meu objetivo.
Cyno toca no seu celular discretamente, apertando o botão de "SOS" que mandaria sua localização para Dehya.
- Depois que aceitou o emprego, fiquei planejando a morte dele de inúmeras maneiras diferentes para parecer um acidente. Quando o conheci pessoalmente senti que iria vomitar, algo tão abominável não deveria ter o direito nem de respirar.
- Foque na história. - Cyno sentia sua raiva crescer a medida que seu pai contava mais.
O mais velho revira os olhos com o pedido do moreno.
- Então, uns dias depois vi o corpo do antigo motorista, e imediatamente soube que era obra desse sarnento. - Diz apontando para Tighnari - Foi quando soube que teria de agir rápido. Nós pensamos em um plano-
- Nós? - Arqueia a sobrancelha.
- Eu e Derek, quem você achou que fosse?
- É que ele não parece ter muito cérebro.
O homem solta uma risada baixa, como se tudo aquilo fosse engraçado.
- Nisso tenho que concordar, eu fiz a maior parte. - Ele se aproxima mais do moreno.
- Tighnari não fez nada para merecer isso.
- Por que você defende tanto ele? É só um empregado qualquer.
- Você não entenderia. Nunca amou ninguém de verdade.
O mais alto faz primeiro uma cara de surpresa, em questão de segundos foi se transformando em nojo.
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Meu lindo monstro I Cynonari
أدب الهواةTighnari é dono de uma pequena floricultura que ama muito, mas após um desastre se vê forçado a aceitar uma proposta de emprego que um homem oferece. Tighnari suspeitava, salário bom, localização boa, tudo era bom demais. Só o que ele não suspeitava...