Capítulo 2: O noivado

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Colin sentiu a tensão na atmosfera aumentar ainda mais. Como assim, se aproveitar? A acusação a deixou atônito. Ele tentou abrir a boca para se defender, mas Portia não deu espaço.

— Você tem a audácia de beijá-la e ainda fica por aí como se nada tivesse acontecido! — ela continuou, gesticulando freneticamente. — Eu não permitirei que você arruine o futuro da minha Penélope!

A mente de Colin girava, confuso entre a acusação de Portia e a realidade do que acabara de acontecer. Penélope, de pé ao seu lado, parecia igualmente chocada, suas feições misturando surpresa e desagrado.

— Mãe! — Penélope exclamou, tentando interromper a torrente de palavras de sua mãe. — Não foi o que você pensa!

Portia virou-se para Penélope, a expressão feroz.

— Como não foi? Você estava sozinha com ele, e agora…

— Mãe, ele não me forçou a nada! — Penélope insistiu, levantando a voz em defesa de Colin. Ela estava tão irritada com a situação quanto com a atitude do próprio Colin. — Ele… só fez o que fez porque eu…

As palavras pararam em sua boca, a raiva e a confusão se entrelaçando. Ela olhou para Colin, os olhos queimando de frustração. Não era apenas a raiva que sentia, mas uma onda de emoções confusas.

Colin, ainda se recuperando da acusação, sentiu que precisava se defender. Ele se voltou para Portia, o olhar intenso.

— Eu não me aproveitei de ninguém! O beijo foi um impulso… — começou, mas as palavras falharam diante da tempestade que se aproximava.

— Um impulso, você diz? — Portia interrompeu, a voz elevada e acusatória. — Um impulso não é uma desculpa!

O coração de Colin batia forte enquanto a situação fugia do controle. Penélope estava ao seu lado, e a última coisa que ele queria era que ela ficasse presa entre os dois, mas a tensão no ar parecia elétrica. O que era para ser uma simples discussão agora se transformara em uma cena de drama, onde todos os sentimentos estavam expostos e a verdade se tornava mais complicada do que ele jamais poderia imaginar.

Colin, ainda atordoado com a acusação, tentou se defender:

— Espera! Ela me deu um soco! — exclamou, passando a mão pelo rosto, onde ainda sentia a ardência da pancada. — Isso não parece que sou eu quem está se aproveitando de alguém!

Penélope não hesitou em retrucar:

— Você me beijou à força, Colin! Eu não estava pronta para isso!

A indignação em sua voz fez a cabeça de Colin girar. Ele tinha agido por impulso, mas agora tudo parecia confuso, como se tivessem perdido o controle da situação. A tensão entre os dois era palpável, e eles estavam presos em um ciclo de acusações.

— Eu não te forcei a nada, Penélope! — Colin insistiu, sua voz se elevando. — Se você não tivesse revidado com um soco, poderíamos ter conversado sobre isso!

— Conversado? Você acha que isso é o que eu quero fazer? — ela disparou, as mãos fechadas em punhos. — Você e seu ego! Como se tudo girasse em torno de você!

Portia, no entanto, estava perdendo a paciência com a discussão. Sua expressão se tornava cada vez mais severa.

— Chega! — ela interrompeu, o olhar feroz. — Eu não quero ouvir mais essa discussão! O que aconteceu aqui não é apenas um desentendimento; agora vocês dois estão presos em um escândalo!

A voz dela ecoou pelo jardim, e a tensão cresceu como uma tempestade prestes a desabar. O murmurinho dos convidados começou a surgir, e os olhares curiosos começaram a se voltar para eles.

A última chance (Oneshot Polin) Onde histórias criam vida. Descubra agora