capítulo 5: Juntos

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Logo após o café da manhã, Penélope ouviu a voz de Colin na entrada da casa Featherington. Ela sentiu uma onda de nervosismo, mas ergueu o queixo, pronta para encarar o que quer que viesse. Afinal, não era como se tivesse outra opção: estava noiva, e Colin, gostando ou não, era seu noivo.

Ao descer as escadas, ela o viu parado, conversando com Prudence e Philippa, que o encaravam com uma mistura de admiração e curiosidade indisfarçada. Ao vê-la, Colin interrompeu a conversa e abriu um sorriso educado, mas um tanto formal.

No entanto, antes que ela pudesse alcança-lo, Archibald se levantou com uma expressão decidida e fez um gesto para ela parar.

— Um momento, Penélope — disse ele, sua voz firme, sem espaço para discussão.

Penélope congelou no lugar, uma sensação desconfortável começando a se formar em seu estômago. Ela olhou para o pai, que parecia estar tomando uma decisão importante, e então para o exterior, onde Colin estava esperando.

— O que houve, papai? — Penélope perguntou, tentando não demonstrar a impaciência.

Archibald a ignorou momentaneamente e caminhou até a porta, onde parou diante de Colin, que aguardava com um sorriso cordial, mas que rapidamente se desvaneceu ao notar a postura séria de Archibald. O pai de Penélope olhou para ele de cima a baixo, avaliando-o com um olhar calculista.

— Colin Bridgerton, — começou Archibald com a voz grave — preciso de uma palavra com você antes de seguir para esse passeio.

Penélope sentiu uma pontada de desconforto, mas não teve tempo de protestar. Ela viu Colin trocar um olhar rápido com ela, antes de voltar sua atenção para Archibald.

— Claro, senhor Featherington, — Colin respondeu, mantendo a compostura, mas o tom de sua voz denotava uma leve curiosidade. — O que posso fazer por você?

Archibald Levou Colin até seu escritório, deu um passo à frente, ficando face a face com o futuro genro.

— Eu não sei muito sobre você, Colin. Mas o que sei é que a sociedade conhece sua família e sua posição. — Ele fez uma pausa, estudando a reação de Colin. — Minha filha Penélope tem estado sob a minha tutela a vida toda. E, a partir de agora, você tem uma responsabilidade sobre ela. Então, antes que qualquer coisa aconteça, quero deixar claro que você deve protegê-la. Não apenas como um homem que se casou com ela, mas como alguém que realmente entende a responsabilidade de sua palavra e de suas ações. O que está em jogo aqui não é apenas um compromisso social, mas o bem-estar dela.

Colin não parecia surpreso, mas seus olhos se estreitaram ligeiramente, como se ponderasse as palavras de Archibald. Ele havia esperado que essa conversa chegasse eventualmente, mas não tão diretamente.

— Entendo, senhor Featherington. — Colin disse com seriedade. — Eu farei o que for necessário para garantir que Penélope esteja segura e feliz. Pode confiar nisso.

Archibald o avaliou por mais um momento, a tensão no ar era palpável. Ele queria mais, queria garantir que Colin tivesse plena consciência da gravidade da situação, mas também sentia que o homem diante dele estava dizendo a verdade. Pelo menos por enquanto.

— Se eu perceber que você está levando isso de forma leviana, — Archibald continuou, agora mais baixo, com um tom quase ameaçador, — farei questão de intervir. Penélope não é alguém que você pode tratar como um capricho, não importa o que digam sobre esse casamento. Você a respeita, ou então… as consequências serão suas para lidar.

Colin assentiu, sua postura ainda respeitosa, mas agora com um toque de firmeza. Ele sabia que Archibald não estava apenas fazendo uma ameaça vazia; o homem tinha uma presença imponente e não temia expressar sua autoridade.

A última chance (Oneshot Polin) Onde histórias criam vida. Descubra agora