Verdades Ocultas

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                               Capítulo 05

Cheguei em casa, tomei banho e fui deitar, nem cabeça para pensar em trabalhar eu tinha.
Demorei para dormir um pouco, estava em um sono bom quando de repente eu sinto uma mão pela minha perna, subindo aos poucos, aquela sensação era gostosa. Eu me viro para ver quem era, mas estava escuro não dava para vê-lo.
Mas ele está com uma camisa branca de linho e jeans. Ele é absurdamente bonito. Seu cabelo cor escuro está alvoroçado, ele pendura a camisa… Descalça os sapatos e se inclina para tirar as meias, também.
Ele aproxima-se de mim devagar. Está muito seguro de si mesmo, muito sexy, os olhos vermelhos brilhantes,sabia que era seu lobo no comando. O meu coração dispara e o sangue dispara por todo o meu corpo. O desejo, um desejo quente e intenso, invade o meu ser e minha loba fica descontrolada.
— Tem ideia do quanto o desejo, Park Jimin? — sussurra-me. Minha respiração fica presa. Não posso tirar meus olhos dos seus. Ele chega perto e suavemente passa os dedos do meu rosto para o meu queixo.
— Tem ideia do que eu vou fazer com você? — acrescenta, me acariciando o queixo.
Eu reconhecia aquela voz, não podia acreditar em como ele tinha audácia de estar em minha casa.
— O que pensa que está fazendo aqui? – Perguntei irritado.
Ele aperta meu queixo com força para parar de me mexer, a dor é tão doce e tão aguda que quero fechar os olhos, mas os seus, que me olham ardentes, hipnotizam-me. Inclina-se e me beija.
Seus lábios são exigentes, firmes e lentos ao se juntarem aos meus. Ele começa a desabotoar a minha blusa me beijando ligeiramente a mandíbula, o queixo e os cantos da boca. Tira-me a blusa muito devagar e a deixa cair no chão. Afasta-se um pouco e me observa. Logo ele desce beijos pelo meu abdômen me causando arrepios, eu sabia que aquilo era errado, mas estava tão bom, que mal podia impedi-lo, me puxou mais para bera da cama e caiu de joelhos.
Vendo-o de joelhos na minha frente, sentindo sua língua percorrendo meu corpo, é tão excitante e sexy. Apoiei as minhas mãos em seu cabelo e o puxou gentilmente tentando acalmar minha respiração acelerada. Ele olha para mim através dos, impossivelmente, cílios longos, com seus ardentes olhos negros. Sobe as mãos, baixando meu moletom e baixa lentamente o zíper.
Sem desviar seus olhos dos meus, suas mãos se movem sob o cós da minha calça, movendo o meu traseiro e retirando. Suas mãos deslizam lentamente do meu traseiro para as minhas coxas, removendo o meu moletom. Não posso deixar de olhá-lo. Ele a joga no chão e, sem tirar os olhos de mim nem por um segundo, lambe os lábios. Inclina-se para frente e passa o nariz pelo vértice onde se unem minhas coxas.
— Cheira muito bem, — ele murmura e fecha os olhos, com uma expressão de puro prazer, e eu praticamente tenho uma convulsão.
Ele estende um braço, tira o edredom, e sorri para mim ao ver o estado que estava, ele usa sua mão direita e segura a base e passa a língua até a cabeça, sorrindo com malícia ele coloca todo na boca, quando ele começa a chupar…………
Eu acordo num susto, olhando ao redor, olho para baixo das cobertas e vejo que estava com roupa, e não tinha ninguém no quarto além de mim, e uma puta de uma ereção no meio das pernas.
— Porque? Com tantas pessoas para sonhar, tinha que ser com aquele alfa mesquinho. – Eu resmungo com raiva e me joguei na cama novamente.
Mas não consegui dormir, aquele sonho, aquela boca deslizando pelo meu……
— Que droga, vou ter que resolver isso. Mas tinha que ser com ele? – Estava irritado e excitado.
Após resolver meu probleminha,tomo um banho bastante demorado,quando minha pele já está enrugada  resolvo sair,me arrumo rápido,pulo o café da manhã e vou para a empresa,tudo que mais quero é me afundar no trabalho e esquecer daquele idiota.
Já em meu escritório,organizo os papeis,vou para a recepção esperar minha irmã chegar,não demora muito ela chega e junto dela está seu noivo.
— Oi Ji,estava com saudades.- Ela vem me abraçar com aquele sorriso lindo.
— Nós vimos ontem, querida. - Ji hoon se aproxima de nós me cumprimentando.
— Mesmo assim. Você sabe que não desgrudo de você. – Ela sorri para mim.
— Vamos? Precisamos conversar. – Eu falei sorrindo de volta.
Ela concordou e fomos até o elevador, chegando no andar do meu escritório. E quando ia entrar com ela, vi que seu noivo ia entrar também.
— É em particular, não é nada contra você. Mas é assunto de família. – Eu falei olhando para o alfa.
Ele estava meio desconfiado, mas pareceu entender. Se sentou nas cadeiras que tinha ali perto. E entramos na minha sala, ela se sentou na cadeira à frente da minha mesa e eu sentei na frente dela para pegar as papeladas e explicar as coisas melhor para ela.
— E então irmão, o que queria falar comigo? – Ela me pergunta curiosa.
— Bem, é sobre nossos pais e sobre a empresa. – Eu digo aflito, só de pensar na reação dela quando souber o que fiz com eles.
Mesmo magoando ela ou até mesmo fazendo ela me odiar. Vou manter minha palavra e aqueles idiotas não vão sair dela tão cedo. Só não sei ainda o que vou fazer com eles.
— E o que tem eles? Eles estão em uma viagem. Você me disse isso. – Rose falou me olhando confusa.
Não iria esconder a verdade dela. Ela era a única coisa boa nesse mundo de merda. E eu a amo, não posso esconder nada dela.
— Eu menti. Eles não estão em uma viagem. Eu os prendi, no mesmo dia que descobri o que eles fizeram com você. – Respondi esperando uma reação ruim dela.
— Ma-mas por que? E-eu sei que eles não são bons, mas já venho vendo que essa raiva que você sente dele, já é de muito tempo. – Rose fala me olhando preocupada.
— É complicado borboletinha. Não quero te preocupar com isso. Realmente é importante que resolvemos logo a situação da empresa,afinal ela é sua. – Eu falei sentindo dor no coração só de lembrar o que passei com eles.
— Esquece esse negócio de empresa. Não estou preocupada com isso. E sim com você. Me conta, o que realmente aconteceu? Você nunca deixou que eles chegassem perto de mim.
— Você quer mesmo saber? – Jimin pergunta.
Já era hora de contar toda a verdade para ela. O porquê ele ser tão protetor assim com ela. Rosé concorda e fica olhando curiosa e preocupada com seu irmão, esperando que ele começasse a conversar.
— Seu noivo tem paciência? Porque a história é longa. – Jimin fala preocupado que ele escutasse.
Rose não sabia responder, então Jimin se levantou e foi avisá-lo que demoraria mais que o normal aquela reunião. Se quisesse ir, ele a levaria em segurança. Ele não queria, mas tinha coisas para resolver, então deixou dois de seu segurança na porta do elevador esperando.
— Por onde começar? Nossos pais nunca aceitaram que o seu primogênito tivesse nascido ômega, afinal um ômega não é bom o suficiente para cuidar dos negócios de família. – Eu falei com raiva.
— Mas você provou o contrário. Você é muito bom que muitos alfas por aí. – Rosé o defende.
— Eu sei, mas sempre fui rejeitado por eles,aos cinco anos eles já não suportavam minha presença,Jay gostava de me trancar em um quarto escuro,passava dias sem comer ou beber,eu era apenas uma criança… – Eu sinto arrepios só de lembrar daquele quarto.
—  Mi-minha Nossa. – Minha irmã fica boquiaberta.
— Em suas visitas eles sempre deixavam claro que eu era um inútil por não ser um alfa.Até que um dia eles entraram em meu quarto, eu não tive medo, alguma coisa em mim mudou,senti tanta raiva,meu cheiro foi ficando mais forte,atraindo atenção de nossos pais,pela primeira vez os vi com medo. – Respirei fundo.
— E assim eles pararam de te machucar? – Pude ver minha irmãzinha com lágrimas nos olhos.
Mas eu tinha que continuar colocando tudo para fora o que está guardado a muito tempo.
— Vamos dizer que sim, pois eles me mandaram morar com meu avô. Eles me odiavam tanto que me tiraram de casa. Meu avô era bom, mas rigoroso, quando descobriu que além de ômega eu era lúpus, ele disse que me ensinaria, porque eu tinha potencial. – Eu falei mais calmo.
— Mas o vovô também te tratava mal? – Ela pergunta, limpando as lágrimas.
— Não. VoVô era rigoroso só em questão de treinamento e quando precisava. Mas fora isso, eu vivi melhor com ele.
— E eu como fico nessa história. – Ela estava curiosa.
— Yoona ligou para nosso avô e disse que estava grávida que finalmente eles teriam o filho alfa, eu escutei tudo atrás da porta, até mesmo quando ela me desprezava, mas não me deixei afetar com seus comentários maldosos. Os meses e anos se passaram e eles não ligaram mais para o vovô. Queria conhecer meu irmãozinho ou irmãzinha.  Então voltei, mesmo nosso avô não querendo que eu voltasse. – Falei olhando para cada expressão que ela fazia.
— E?
— E que mesmo não querendo eles aceitaram, mas pararam de me machucar, mas eu tinha que me virar com tudo, eles me ignoravam, estava tudo bem na medida do possível, você tinha três aninhos, eu brincava escondido com você, um dia você está a dormindo, e eu te observava, eles estavam contente com sua chegada até que um dia eles chegaram em casa discutindo.
— Do que se tratava a briga? – Ela estava curiosa.
— Eu estava curioso para saber o porquê daquela discussão,então aproveitei que a empregada tinha saído e escutei atrás da porta, você era ômega, aquilo me fez relembrar tudo que havia acontecido comigo, horas depois, em meu quarto, algo me dizia que eu devia ir até o quarto,mas estava com um pouco de receio.Mas meu coração pedia que eu fosse corajoso,então deixei meu medo de lado e fui… Quando abri a porta,eles estavam com um travesseiro sufocando  você, eu sabia que tinha que proteger aquela criancinha ômega daqueles monstros,então eu os impedi. A partir daí, eles nunca mais tocaram em você. – Eu terminei de falar olhando para as papeladas em cima da mesa.
E quando a olho Rose estava sem palavras, podia ver as lágrimas escorrendo pelo seu rosto, aquilo era de partir o coração, eu não queria fazê-la ficar assim, mas era preciso revelar a verdade.

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