13. rumors

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FECHEI A PORTA DO QUARTO DE OLÍVIA e ri baixo, lembrando de como a garota parecia desconcertada

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FECHEI A PORTA DO QUARTO DE OLÍVIA e ri baixo, lembrando de como a garota parecia desconcertada. Era maravilhoso vê-la tão nervosa com um simples toque no joelho.

Depois de uma semana sendo ignorado por ela, foi o suficiente para admitir para mim mesmo que Olívia Belmont não era apenas um trabalho. Ela era mais que isso, muito mais.

Essa semana de silêncio foi um inferno. Cada vez que ela desviava o olhar ou me ignorava com aquele ar de indiferença, era como se eu tivesse levado um soco no estômago. Não era só orgulho ferido — era a sensação de perder algo que eu nem sabia que precisava até agora.

Trabalhar como segurança sempre foi simples: proteger, vigiar, seguir ordens. Mas com Olívia, tudo parecia diferente. Ela me fazia querer olhar além, fazia eu me preocupar com qualquer coisa que fosse. Ela fazia eu me uma adolescente de 18 anos que havia encontrado o primeiro amor.

Passei as mãos no rosto e me afastei da porta, descendo as escadas e indo em direção a cozinha. Julieta estava preparando um lanche para Olívia levar para a faculdade, então, me apoiei na ilha e fiquei esperando.

— Você me parece meio distante, Jacob... Está tudo bem? – A voz baixa de Julieta me fez erguer o rosto. Assenti com a cabeça, suspirando.

— Tá sim, Julieta. – Ela me olhou desconfiada. Revirei os olhos, sabia que ela não ia descansar até saber o que tinha acontecido. — Olívia não está muito afim de falar comigo, e nem com a Ophelia.

— Ora, ainda nessa besteira? Essa menina não sabe o que quer mesmo. – A mulher riu, embalando três sanduíches naturais. — Já tentou falar com ela?

— Já, mas ela disse que não está me evitando.

— Hm. — Julieta olhou para mim com um sorriso de canto. — Deveria preparar algo para ela. Levá-la em algum lugar calmo, não sei. – Ela deu de ombros. Franzi a testa, o que ela está querendo dizer?

— O que você tá querendo dizer?

— Jacob, só quem é cego não vê o jeito como vocês dois se olham. – Julieta disse simples, colocando os lanches em uma bolsa térmica. — Um desses sanduíches é pra você.

Arregalei os olhos, pego de surpresa: — O jeito como... espera, você acha que...?

Julieta revirou os olhos, me olhando com se eu tivesse dito a coisa mais idiota do mundo.

— Por favor, vocês dois têm faíscas saindo de todos os lados quando estão juntos. Olavo e Serena só não perceberam por que não param em casa. – Cocei a nuca, sem jeito, sentindo um calor estranho subir pelo pescoço. — Jacob, se você gosta da minha menina, diga pra ela. Ficar guardando por medo de estragar tudo só piora.

Ouvir isso de Julieta só comprovou minha suspeita de que nós dois não estávamos sendo nem um pouco cuidadosos. Se o senhor Olavo ficasse mais tempo em casa, ele obviamente teria notado e com certeza, meu emprego iria pelos ares.

𝐆𝐔𝐀𝐑𝐃𝐀-𝐂𝐎𝐒𝐓𝐀𝐒, ᴏʀɪɢɪɴᴀʟ ғᴀɴғɪᴄᴛɪᴏɴOnde histórias criam vida. Descubra agora