- Carol - Tento abrir os olhos, mas minhas pálpebras estão pesadas demais.
Quem está me chamando?
Será que é ele?
Edward...
Eu tinha 15 anos e ele 19, éramos tão novos, porém até uma flor que está nascendo pode morrer...
Como eu morri?
...
- Amor - seu hálito faz cosquinha em meu ouvido, estremeço e me encolho - Vamos, a gente vai chegar atrasados desse jeito - o ignoro e me afundo mais ainda no cobertor quentinho.
O garoto ri e sinto minha cama afundar com o seu peso ao meu lado, ele envolve seus braços em mim me puxando para um abraço, me ajeito e aproveito a sensação do seu toque quente.
- Você é tão fofa dormindo - Sinto algo úmido em minha testa, um beijo, sorri. - Eu te amo. - Ele solta um suspiro e meu coração aperta.
- Eu também te amo. - Finalmente o respondo, cedendo a vontade de querer continuar dormindo. Edward da uns beliscõezinhos em minha barriga, me contorço e gargalho. - Não vale! - resmungo e me viro para ele.
- Não vale? - fica silêncio por um tempo até que seus lábios entram em contato com o meu, retribuo o beijo, sua mão aperta minha cintura me puxando para perto dele - Mas como não vale? Sabe o quanto é difícil te ver acordar tão linda assim? - sua mão desliza até minha cabeça dando carinho - Tudo em você é intrigante Carol, quero conhecer todos os lados - Pegando minha mão ele estala um beijo nas costas dela.
Minhas bochechas formigam e meu coração se enche de satisfação por ter o namorado dos sonhos, como nos livros e filmes.
Edward se levanta e sai do quarto sem dizer nada. Estranho, mas não digo nada. Aproveito para me arrumar, não posso ignorar a existência da escola, Pedro iria encher meu saco se eu faltasse.
Desço as escadas e não encontro Edward.
- Senhorita Souza...
- Carol - sorri de forma doce.
Sempre digo para o pessoal que trabalha aqui me chamar pelo primeiro nome, ser chamada de senhorita é estranho, me sinto mais velha e eu só tenho 15 anos.
- Certo. Carol, o Edward disse para você ir até a cozinha.
- Está bem, obrigada.
Caminho lentamente e dou de cara com a chefe da cozinha, posso dizer que ela não está com uma cara muito boa, tento perguntar o que houve, entretanto, uma mão agarra minha cintura me puxando para perto.
- Demorou. - Edward está com um avental e agora tenho quase certeza do porquê a chefe está irritada
- A Beatriz não está nada feliz com você aqui. - Ele ignora e dá um selinho na minha testa. - Não pode ficar irritando os funcionários... Eles meio que são minha família.
- Tá tá, desculpa ok? - o garoto me envolve em seus braços e me aconchego - Você é tudo para mim amor, mas é meio chato ser repreendido só porquê eu queria fazer algo especial para você - Me afasto para ter uma visão de seu rosto - Parece que tudo que eu faço você quer achar um motivo para intriga.
Curvo as sobrancelhas, tento falar algo, seus braços desagarram de mim e o garoto vai até a bancada.
- Agora a culpa é minha por você não ter um pingo de respeito e educação por aqueles que estão apenas fazendo seu serviço? - Nem penso antes de falar, só sai descontroladamente e assim que falo me arrependo ao ver sua cara, ele está chateado.
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𝐓𝐞𝐧𝐭𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐬𝐞𝐫 𝐚 𝐩𝐫𝐨𝐭𝐚𝐠𝐨𝐧𝐢𝐬𝐭𝐚
RomanceCarol é uma adolescente de 16 anos, viciada em livros de romance como a maioria das garota. Ela deseja viver como nos livros, acreditando que um garoto vai oferecer o casaco por está frio, que vai dá flores ou até mesmo oferecer um guarda chuva. De...