𝓒𝓪𝓹í𝓽𝓾𝓵𝓸 18

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𝓣𝓱𝓲𝓪𝓰𝓸


Olho em volta e está tudo perfeito, as pessoas parecem se divertirem e o local está conforme o planejado, depois de passar horas aqui finalmente consegui deixar tudo nos conformes. Passo a mão no meu casaco azul marinho o desamassando, tiro o capuz me deixando mais livre para ver as coisas em minha volta, meu olhar é direcionado a mesa de petisco aonde a uma linda mulher, muito linda mesmo, ela está com um vestido azul colado marcando bem seu corpo, seu ombros largos estão a mostra, ela está usando uma máscara prata que combina perfeitamente com o vestido, seu cabelo castanho me lembra o tronco de uma árvore, olhar para ela é como respirar o ar livre de poluentes. Sem perceber eu já estava atrás dela, como eu vim para aqui? Essa moça é tão encantadora que nem mesmo percebi que já estava vindo em sua direção. Sem perceber minha presença ela pega um sanduíche de atum e engole ele inteiro, meu sanduíche favorito, o mais difícil de tirar da minha cabeça é seus lábios se contorcendo de aprovação pelo sabor.

- Com fome?- Pergunto sem nem mesmo pensar, ela se vira em minha direção e seus olhos fixam nos meus, esses olhos azuis, tenho um pressentimento que já os vi antes, ela tosse parecendo engasgar pela pergunta repentina, não consigo evitar de ri, suas bochechas começam a ficar levemente rosada, encantadora - Calma.

- Desculpa.

- Pelo o que? Por está aproveitando um delicioso sanduíche? Se isso for um crime é melhor nós dois sermos presos.- Vejo que ela ainda continua constrangida e pego o mesmo tipo de sanduíche que ela, ela dá um leve sorriso que me faz sorri também, como se ela pudesse me iluminar, mesmo não a conhecendo sinto que já a vi antes, que esses lábios finos já foi visto antes, mas não desejado, não reparado antes.

- Aproveitando o baile? - Ela me pergunta, dessa vez me tirando do transe.

- Não mais que você e o sanduíche. Admito que eles são uma boa companhia. - Brinco com o sanduíche que ela engoliu e espero que ela não fique constrangida por isso.

- Viu! Até você não conseguiu resistir aos charme deles. - me surpreendo com a resposta e dou uma gargalhada sincera, ela me analisa cuidadosamente e em seguida ri junto comigo. Ela me lembra de uma certa pessoa, o cheiro dela me lembra a uma certa pessoa.

- Você quem é? - Pergunto querendo saber se minhas suspeitas estavam certas.

- Pensei que a intenção das máscaras fosse justamente para não sabermos quem somos. - Atrevida, eu diria.

- Tá esperando alguém? - Me diga que sim, para que eu não seja encantado mais ainda por você.

- Sim.

- Quem seria o sortudo? - Eu também sou um sortudo, já que tenho a Carol ao meu lado, não nesse exato momento.

- Ué, a intenção não é não sabermos quem é quem?

Sorrio pelo "fora" que eu levei, ajeito o meu cabelo loiro e vejo seus olhos azuis seguindo cada passo que eu faço.

- Mas se o seu parceiro não souber quem é você fica difícil.

- Eu sujeri que a gente não soubesse como estamos vestido, para ser mais divertido. Já estou me arrependo. - Rio da ideia meio maluca e sem pensar dela.

- E você?

- Eu sei como ela está, mas não acho ela de jeito nenhum. Ela disse que se isso ocorrece era para eu ficar parado em um canto que ela ia me achar.

- Tipo branca de neve?

- Prefiro Cinderela.

- Tem um lugar mais calmo por aqui, você quer ir lá?

𝐓𝐞𝐧𝐭𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐬𝐞𝐫 𝐚 𝐩𝐫𝐨𝐭𝐚𝐠𝐨𝐧𝐢𝐬𝐭𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora