𝓒𝓪𝓹í𝓽𝓾𝓵𝓸 13

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Ouço meu celular vibrar, o pego saindo um pouco dos livros, Gabriel está me ligando, atendo e espero ele falar alguma coisa, inicialmente ele não diz nada.

- Tô indo para sua casa.

- Minha casa?

- Sim, mais de quem?

Sei lá né, talvez a da Luna.

- Para que você tá vindo?

- Se arruma, a gente vai sair.

- A gente?

Tento segurar o riso de incredulidade, não acredito no que eu acabei de ouvir.

- Você hoje não tá estudando bem né.

- Ah, não. Estou escutando bem, infelizmente.

- Se arruma logo.

- Eu não disse que eu vou e nem sei aonde é esse lugar.

- Você vai, e use botas.

- Botas?

- Você hoje deu para dá uma de surda.

- Abaixa a bola aí, você me manda calar a boca e agora me chama de surda?

- Se você fizesse uma dessas coisas com certeza seria mais agradável de conviver com você.

Se ele tivesse aqui na minha frente eu jogaria meu celular nele.

- Sabe que não precisa conviver comigo né?

- Ah eu sei muito bem ladra, mas aí eu não teria paz.

- Já não tá tendo.

Digo sem filtro nenhum, percebo que isso o deixou sem reação, mas logo ouço uma risada rouca que faz meu coração acelerar.

- Verdade, mas você menos ainda.

Antes que eu possa dizer mais alguma coisa ele desliga a ligação, eu fico sem reação com sua resposta, é verdade que com ele não consigo ter um minuto de paz, tudo nele é intenso.

Me levanto da cadeira e vou até o meu closet, tem uma bota preta linda com salto, na verdade eu só tenho bota com salto, pego a de cano médio e calço.

Por sorte eu já estava praticamente pronta, já tava de calça e de blusa de manga, deixo meu cabelo solto mas eu o jogo de lado, passo algumas maquiagens só para dá um ar de vida.

Meu celular começa a tocar e novamente é o Gabriel, pego o celular e a chamada encerra, demorei de mais. Ligo o telefone e procuro o nome dele mas passo pelo nome da Luna.

A Luna e o Gabriel saíram hoje, tinha esquecido disso, ela nem me ligou para falar como que foi lá, deve ter sido legal, os dois parecem gostar da companhia um do outro.

Pensar nisso deixa meu meu coração um pouco apertado, o telefone volta a tocar e dessa vez atendendo rapidamente.

- Já tô aqui em baixo.

- Só espera um pouquinho.

- Esse seu pouquinho é tempo o suficiente para eu mandar mensagem para uma certa pessoa e contar algo.

Agora ele tá me ameaçando para não demorar? Ele não consegue espera não? Babaca.

Desligo na cara dele e desço as escadas correndo, tenho que admitir que adorei o gostinho de desligar na cara dele.

Abro a porta e Gabriel já está aqui, ele está com o cabelo divido ao meio e está molhado, tá um pouco frio ele pode pegar um resfriado.

- Para que tudo isso?

𝐓𝐞𝐧𝐭𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐬𝐞𝐫 𝐚 𝐩𝐫𝐨𝐭𝐚𝐠𝐨𝐧𝐢𝐬𝐭𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora