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Amores que vão, amores que ficam, amores que se encontram - Parte 2

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Era novo para os três, nenhum deles tinha estado antes em Insa-dong, era uma explosão de informação e cultura coreana tradicional. Para Mark foi um tanto enervante, todas as fachadas estavam escritas em hangul e por enquanto ele só conseguia ler soletrando e juntando, o que levava muito tempo, mas, felizmente, como tinha Ka-Yee e JinYoung para lhe auxiliar, ele estava mais preocupado em observar a beleza daquele lugar. Ka-Yee parecia bem animado também, vendo algumas similaridades com a sua própria cultura, mas disposto a explorar as diferenças. Para JinYoung, essa era a oportunidade de desfrutar conhecimentos que só obteve nos livros, já que não teve a oportunidade de sair e conhecer durante a infância.

— O que vocês querem ver primeiro? — JinYoung olhou de um para o outro.

— Bem, eu não sei exatamente o que diz nas fachadas, então deixo por conta de vocês me surpreenderem.

— Que tal começarmos por ali? — Ka-Yee indicou uma lojinha de artesanato. — Gostaria de dar uma olhada.

Os outros dois concordaram, assim, caminharam para a tal loja de artesanato. A estrutura da loja era toda de madeira mas pintada com cores vibrantes de vermelho e dourado, com o telhado tradicional de cerâmica. A loja era de Hanji, artesanato em papel, assim que eles entraram, uma variedade de produtos estava visível nas prateleiras, caixas decoradas, envelopes, lanternas para festivais e decorações, era muito claro que tudo ali era decoração, coisas presenteáveis também.

— Uau, essas coisas são lindas! — Mark estava um pouco impressionado, a América tinha muitos charmes, mas a beleza da cultura tradicional coreana era no mínimo singular para si. Ele segurou uma miniatura de cavalo feito de origami, olhando mais de perto. — Isso não parece nada fácil de ser feito, olha todos esses detalhes.

Ka-Yee estava olhando uma caixa, ela era toda pintada com o que parecia ser aquarela, as cores eram vibrantes, parecia ser uma caixa de guardar joias.

JinYoung foi atraído pelo barco de hanji, onde em cima estavam um coelho de origami e uma raposa. Ele sorriu, reconhecendo imediatamente a representação do conto que YuGyeom tanto gostava. O preço não era nenhum absurdo, então, mesmo que não estivesse nos planos, ele resolveu que levaria para o filho.

— É bonito, você se interessa por esse tipo de arte? — Ka-Yee perguntou, tinha deixado a caixa de lado, e observava o barquinho também.

— Um pouco, gosto de arte em geral, mas esse é para YuGyeom, ele gosta dessa história.

— Que história? — Mark perguntou, se aproximando também.

— O Coelho e a Raposa.

— E como é a história? — Mark segurou a raposa, tirando-a do barco, olhando os detalhes, depois colocou de volta e fez o mesmo com o coelho.

— Em uma floresta na Coreia, viviam muitos animais, incluindo um coelho esperto e uma raposa astuta. A raposa estava sempre procurando formas de capturar o coelho para fazer dele uma refeição, mas o coelho sendo muito inteligente e habilidoso, sempre escapava de suas armadilhas.

"Um dia, a raposa estando com muita fome, decidiu que pegaria o coelho a qualquer custo, então bolou um plano para que o coelho caísse em sua armadilha. A raposa encontrou o coelho e disse: 'Querido coelho, eu descobri um campo cheio de deliciosas cenouras. Por que não vamos juntos e pegamos algumas?'. Mesmo desconfiado, o coelho aceitou a proposta e assim foram juntos, mas o coelho estava sempre em alerta. Quando chegaram ao campo, a raposa se virou repentinamente para o coelho e tentou capturá-lo, mas o coelho sendo esperto e ágil, estando sempre alerta, conseguiu correr e escapar por um buraco na cerca."