| 22 | Amores que vão, amores que ficam... - Parte 1 | 22 |

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Amores que vão, amores que ficam, amores que se encontram - Parte 1

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— Eu não acredito!

Todos os olhares na sala se direcionaram a JinYoung. JaeBeom, Heize, YoungJae e até mesmo YuGyeom, o olharam com curiosidade, tamanha surpresa e revolta contida na voz dele.

— Como eu fui enganado dessa forma?

— Do que você está falando? — JaeBeom fez a pergunta que não queria calar.

JinYoung ergueu o olhar do livro para o amigo, estava completamente estupefato.

— Esse livro, hyung, me fez de idiota por completo! Como pode? Eu não acredito que ele é o assassino!

A indignação gritante de JinYoung fez todos os outros rirem, exceto YuGyeom que para além de não saber o que era um assassino, ainda não entendia a revolta do pai. Ele se levantou do chão e foi até JinYoung, abraçando as pernas dele e deitou a cabeça em suas coxas, fazendo um olhar de cuidado e carinho.

— Papai tá bem? — perguntou.

O coração de JinYoung se encheu ainda mais de afeto pelo filho, se é que isso era possível. De qualquer forma, ele acariciou o cabelo meio longo de YuGyeom, com leves cachinhos já se formando, ele precisava cortar, pelas regras da escola.

— Eu estou bem, filho, só surpreso. Desculpa, não queria te assustar.

YuGyeom ainda lhe abraçava, JinYoung o pegou no colo e o colocou sentado em suas pernas.

Supreso cum o quê, papai?

— Hm, esse é um livro de investigação, um detetive que investiga para descobrir quem é o cara mau. O papai foi totalmente enganado no final, achou que era um e era outra pessoa — explicou.

— O que o cara mau fez, papai?

— Ele machucou outra pessoa.

— E o que acontexeu com ele?

JinYoung pensou um pouco, não muito disposto a responder essa pergunta ao filho, porque a resposta não lhe agradava moralmente.

— Um dia, quando você souber ler, você mesmo pode descobrir.

— Mas eu quer saber agora, papai!

— O certo é dizer "eu quero", bebê. Mas ainda assim, eu não vou contar, um dia você pode ler.

YuGyeom pareceu insatisfeito e com um biquinho nos lábios saltou do colo do pai e voltou para perto de Heize, que os observava, mas assim que ele se aproximou, voltou a brincar com o pequeno.

— Afinal, o que você está lendo? — JaeBeom perguntou, olhando para a capa, que não estava escrita em coreano.

O assassinato de Roger Ackroyd¹.

— Onde você encontrou esse livro?

JinYoung olhou para o livro, se privando de sustentar o olhar perscrutador do amigo.

— Mark-hyung me emprestou... é um livro inglês, eu comentei que não tínhamos acesso a muitos livros estrangeiros, então ele disse que trouxe alguns da América e poderia me emprestar.

A essa altura, até mesmo Heize já desconfiava que Mark e o tal Ka-Yee eram almas gêmeas de JinYoung, embora ele não tenha dito com todas as letras, o modo como ele falava e reagia a menções dos dois, o entregava e, também, porque ela já tinha ouvido entre conversas, a menção de duas almas gêmeas ao invés de uma.

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