Amores que vão, amores que ficam, amores que se encontram - Parte 1
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— Eu não acredito!
Todos os olhares na sala se direcionaram a JinYoung. JaeBeom, Heize, YoungJae e até mesmo YuGyeom, o olharam com curiosidade, tamanha surpresa e revolta contida na voz dele.
— Como eu fui enganado dessa forma?
— Do que você está falando? — JaeBeom fez a pergunta que não queria calar.
JinYoung ergueu o olhar do livro para o amigo, estava completamente estupefato.
— Esse livro, hyung, me fez de idiota por completo! Como pode? Eu não acredito que ele é o assassino!
A indignação gritante de JinYoung fez todos os outros rirem, exceto YuGyeom que para além de não saber o que era um assassino, ainda não entendia a revolta do pai. Ele se levantou do chão e foi até JinYoung, abraçando as pernas dele e deitou a cabeça em suas coxas, fazendo um olhar de cuidado e carinho.
— Papai tá bem? — perguntou.
O coração de JinYoung se encheu ainda mais de afeto pelo filho, se é que isso era possível. De qualquer forma, ele acariciou o cabelo meio longo de YuGyeom, com leves cachinhos já se formando, ele precisava cortar, pelas regras da escola.
— Eu estou bem, filho, só surpreso. Desculpa, não queria te assustar.
YuGyeom ainda lhe abraçava, JinYoung o pegou no colo e o colocou sentado em suas pernas.
— Supreso cum o quê, papai?
— Hm, esse é um livro de investigação, um detetive que investiga para descobrir quem é o cara mau. O papai foi totalmente enganado no final, achou que era um e era outra pessoa — explicou.
— O que o cara mau fez, papai?
— Ele machucou outra pessoa.
— E o que acontexeu com ele?
JinYoung pensou um pouco, não muito disposto a responder essa pergunta ao filho, porque a resposta não lhe agradava moralmente.
— Um dia, quando você souber ler, você mesmo pode descobrir.
— Mas eu quer saber agora, papai!
— O certo é dizer "eu quero", bebê. Mas ainda assim, eu não vou contar, um dia você pode ler.
YuGyeom pareceu insatisfeito e com um biquinho nos lábios saltou do colo do pai e voltou para perto de Heize, que os observava, mas assim que ele se aproximou, voltou a brincar com o pequeno.
— Afinal, o que você está lendo? — JaeBeom perguntou, olhando para a capa, que não estava escrita em coreano.
— O assassinato de Roger Ackroyd¹.
— Onde você encontrou esse livro?
JinYoung olhou para o livro, se privando de sustentar o olhar perscrutador do amigo.
— Mark-hyung me emprestou... é um livro inglês, eu comentei que não tínhamos acesso a muitos livros estrangeiros, então ele disse que trouxe alguns da América e poderia me emprestar.
A essa altura, até mesmo Heize já desconfiava que Mark e o tal Ka-Yee eram almas gêmeas de JinYoung, embora ele não tenha dito com todas as letras, o modo como ele falava e reagia a menções dos dois, o entregava e, também, porque ela já tinha ouvido entre conversas, a menção de duas almas gêmeas ao invés de uma.
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Skinmate
FanficEm um mundo em que existe almas gêmeas, muitos estudos e testes foram feitos na tentativa de que todos, ou a maioria, conseguissem encontrar sua outra metade. Foi assim que surgiram as canetas especiais, canetas cuja tinta conseguia penetrar na pele...