CAPÍTULO 8 - A PRIMEIRA APRESENTAÇÃO DE STACY

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O novo teatro da cidade procurava incansavelmente por "alguém que fizesse uma linda e cativante peça". Levi estava lendo o jornal na presença das meninas quando viu uma manchete falando sobre.

- Não posso fazer uma peça para toda a cidade – respondeu Stacy, pois o rapaz propôs que ela seria uma ótima escolha.

- Porque não?! – indagou Flo, que concordava com Levi.

- E se o público não gostar? – disse a loira, temerosa.

- Não importa o que os outros vão pensar de você, Stacy. Saiba que estaremos para assistir seu sucesso – acalmou a tia Ellen.

- Se for desse modo...irei amanhã sem falta! – concluiu.

Para quem ainda não a conhece muito bem, Stacy era conhecida pelas irmãs e amigos por sua capacidade de escrever histórias como um verdadeiro Shakespeare. No dia, então, Stacy caminhou soturnamente até a diretoria do teatro, e, quando saiu de lá, saiu correndo com palavras escapulindo pela boca. Se batia pelas pessoas que com olhares criticavam o estilo da jovem. Quando chegou na mansão, onde todos a esperavam, gritou:

- Arrumem os vestidos para a grande apresentação!

Stacy já tinha seus planos em mente e compartilharia com as irmãs. Tudo estava aos poucos arrumado. O roteiro estava sendo memorizado e o figurino sendo minuciosamente terminado.

- Ian fique mais sério; Mila, querida, terá que suportar essa barba; Joshua, demostre que você é um verdadeiro rei élfico; Carambolas, Levi! Você realmente parece um senhor; Nancy, por Deus, a música é "Oh lá, lá", não "Ou lá, lá"; Louise Moore, que andar engraçado para um duende!; Flo, você literalmente já é um anjo! – com estas palavras, Stacy, que escolheu a si mesma para ser a protagonista, confortava e divertia o elenco esplendidamente animado. Então, em uma tarde especial, naquele teatro, as luzes apontaram para o palco e a cortina vermelha se levantou e a história chamada "A princesa guerreira" iniciou:

"Os passarinhos cantavam naquele belo dia de verão; Arhmi, uma elfa loira adotada por um anão, chamado Neil, estava trabalhando no bar, que até aquele íntere estava vazio. Ao lado de Neil e Kaly, seu irmão adotivo, a moça teve uma visão: um anjo a dizia com uma espada na mão direita:

- Este é o Sinal! Siga meus homens e conquiste Versani. Paz e justiça! – declarou desaparecendo no ar. Retornando a total realidade, três seres entraram em cena: dois elfos e um duende.

- Eis aqui vosso Rei! – anunciou um daqueles elfos, encarando Arhmi de forma sombria. – Procuramos a Guerreira, princesa de Versani! – disse.

- Diga-me, primeiramente, com quem falo – pediu Neil.

- Efron, o Rei de Tanrestal – respondeu educadamente.

- Ó meu amado Rei, eis aqui seu criado, Neil – ajoelhou-se o anão.

- Não procuro honras meu caro Neil – disse Efron. – Procuro a Guerreira! Responda-me doce menina, conheces quem procuro? – perguntou.

- Senhor, não sei de jovem assim como tu procuras, nem mesmo sua serva é capaz de lhe satisfazer; porém, ó Rei de toda a vasta Tanrestal, sigo as ordens de um ser divino e irei contigo aonde queres – respondeu a jovial Arhmi.

- Esta é minha serva querida! – proclamou, - Venha minha graciosa. – diante desse comentário, Efron agarrou as joviais mãozinhas e levantou Arhmi de modo cavalheiresco. Nesta cena o público para, e logo após, quando todos se sentam novamente, uma nova cena é apresentada. Um barco no oceano com três elfos, um deles Arhmi, Kaly, um anão, e Yubit, o duende. Todos os personagens se assustam ao ouvir um canto: "Oh, lá, lá!".

- Um elfo marinho! – gritou Kaly, lançando uma onda de risadas no público.

- Não existe isso – respondeu Lemuel, o elfo, filho de Efron.

- Ouvir dizer que existem sereias pelo território, meu caro Rei – comentou Yubit.

- Talvez eu tenha visto um rabo de peixe neste exato intere – contou Arhmi. O anão e o duende fecharam os ouvidos com as mãos, porque poderiam ser atraídos pela voz. Felizmente, uma nova personagem aparece na beira do barco.

- Táleis, a princesa do mar, jovem elfa – apresentou-se a sereia.

- Arhmi, sua criada – respondeu. Táleis, então, presenteou a elfa com um colar de pérola e conchas. Novamente, a cortina se fechou, somente para abrir com outra paisagem. A terra de Versani.

- Aqui venho com paz e justiça. Atacar! – gritou Arhmi, que desceu do barco, juntamente com seus companheiros e lutaram com o exército de Gobellins, sendo representados por três maltrapilhos. Com o inimigo morto e Versani conquistada, o Anjo se revelou novamente com uma coroa de pedras preciosas na mão.

- Ó minha jovem Arhmi, és então a escolhida para lutar e para ser coroada como princesa. Todos honrem a vossa guerreira vencedora! – gritou e todos os personagens ajoelharam-se perante a majestade."

- Fim! – gritou Stacy, após todos saírem de seus personagens e agradecerem as palmas do público radiante. Naquela noite, o grupo de atores e atrizes receberam um jantar delicioso como prêmio e Stacy marcou aquele dia durante toda sua vida. 

A MANSÃO DA TIA ELLENOnde histórias criam vida. Descubra agora