CAPÍTULO 19 - A FEIRA DE CIÊNCIAS

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Louise Moore chegou da rua de bom-humor. Isso certamente significava algo como sempre, e Nancy, que era a mais curiosa das irmãs, iria descobrir. Naquela tarde, ela foi sorrateiramente até o porão, onde a irmã ia para estudar sem se distrair.

- Por quê está estudando? Já não estamos de férias?

- Eu me inscrevi em uma feira de ciências. Tenho que criar algo interessante para apresentar no dia.

- Uma feira de ciências?! Que legal! Posso participar?

- Infelizmente é a partir dos quatorze.

- Ah...odeio ser a caçula!

- Não fale assim; lembre-se: sem murmurações, como a tia Ellen nos ensinou. Além disso, você pode me ajudar! Certamente irei precisar de um auxílio.

- Eba! Obrigada, irmãzinha.

Deste então Nancy estava dedicada de corpo e alma a ajudar Lou em suas "experiências científicas". A cada dia e momento, a garota mais velha começava a confiar mais na caçula, porque via o como ela havia crescido e se tornado mais madura. Porém ela estava errada, no dia importante, a feira de ciências, Nancy "aprontou uma", como diria Stacy no momento constrangedor. Antes caracterizarei a invenção genial de nossa queridinha Lou. Ela havia feito, em uma garrafa, uma substância complexa (tão complexa que não irei me atrever a contar os ingredientes, já que iriamos perder muito tempo) parecida com a de um vulcão, porém com um espumante branco, fazendo lembrar um champanhe.

- Nancy, poderia ficar de vigia à minha mesa, enquanto eu vou ver Ethel?

- Claro. Pode ir – E Lou saiu de cena. Passados pouquíssimos segundos após a saída da irmã, Nancy começou a pensar: "É melhor eu testar a experiência. E se der errado quando nós formos apresentar?" Com todos esses pensamentos rodeando em sua mente, Nancy resolveu "testar". Oh, que terrível situação se tornou esse teste! A menina tirou a tampa da garrafa que explodiu! Foi uma verdadeira erupção, pois toda aquela espuma branca subiu bem alto e sujou o teto da grande sala. Uma das jures, que passou perto do local, também foi vítima da explosão quando a substância, após "bater" no teto, voltou com tudo para o chão, onde a sra. Maud foi atacada.

Quando Lou retornou, teve uma crise de choro, da qual Nancy não conseguiu consolar, já que sabia exatamente quem era o culpado (ou melhor, a culpada).

- Oh, Lou, me perdoe! Me perdoe! Não era minha intenção! – choramingou a garota na carruagem.

- Não me importo mais. Tudo tem o seu tempo, eu posso me inscrever em outra feira de ciências – respondeu Lou com a voz rouca de tanto chorar.

- Você ainda é nova, Nancy, mas já precisa aprender a ser confiável aos outros – alertou o sr. Joseph, que dirigia com as rédeas nas mãos a carruagem.

- Juro solenemente ser confiável a todos meus amigos, e até mesmo aos desconhecidos! – declarou a caçulinha e até hoje ela segue seu juramento.

A MANSÃO DA TIA ELLENOnde histórias criam vida. Descubra agora