Acordei com um delicioso cheiro de pão quentinho e fui lentamente abrindo meus olhos, o cansaço havia me pegado com força e eu, por alguns segundos, me esqueci onde estava.
Então meus olhos focaram na pessoa a minha frente.
Senhoras e senhores... ele, Charles Leclerc, apenas com o fino short de um pijama branco, sem camisa e com uma bandeija de café da manhã em suas mãos, trazendo-o para mim... na cama.Eu não sei qual foi a coisa boa que fiz para que Deus estivesse me presenteando de tal forma, mas estava muito grata e contente por acordar com essa visão. Quando morrer, espero que ela seja a última coisa que me lembre antes de meu cérebro se desligar para sempre.
- Bonjour, ma princesse. - ele disse e me derreti todinha.
- Bonhour. - abri um sorriso para ele. - Não acredito que me trouxe café na cama.
- São meus últimos minutos com você. Tenho que trata-la da melhor forma possível para que queira voltar um dia.
- Creio que depois de todo tratamento vip eu cogite um regresso.
- Fico feliz em saber. - ele se sentou na cama e abriu o mais lindo dos sorrisos, com aquela cara sonolenta e o cabelo bagunça.
Charles então se aproxima de mim e me da um beijo no pescoço, outra na bochecha e um leve beijo nos lábios. Não acharia ruim acordar assim todos os dias.
- Você é linda quando acorda, sabia? Mesmo quando é uma esquisita dormindo. - ele deu um leve riso.
- Esquisita? Como? - questionei enquanto começava a comer.
Tinha pão quentinho, café, suco de laranja, duas fatias de bolo, manteiga e geleia. Tudo muito apetitoso e Charles comia comigo.
- Sim. - disse ele nos servindo de café. - Você dorme com as pernas pra cima, como uma colegial escrevendo no seu diário.
- Mentira! - eu berrei com um pedaço de pão na boca. - Eu fiz isso?
- Isso não é comum? - Charles riu limpando geleia do meu rosto.
- Quando eu era criança sim... não sabia que havia voltado. - comecei a rir.
- Achei que estivesse possuída. Levei um grande susto.
Charles e eu ficamos rindo dessa situação um tanto engraçada. De fato eu dormia de bruços e levantava minhas pernas como ele falou, mas não depois de adulta. Não sei o motivo disso mas sempre foi uma piada para minha família.
- Bom, nosso avião vai sair daqui meio dia, então temos algumas horas pra ficarmos juntos.
- Ótimo! Vamos ficar deitados então. - puxei Charles para a cama.
Já havíamos tomado todo o café e a bandeija estava em uma mesinha próxima a cama. E assim então passamos nossas últimas horas juntos em Monte Carlo, deitados juntos, conversando sobre coisas da vida e fazendo carinho um no outro. Por fim, nos levantamos para nos trocar e seguimos para o aeroporto.
A despedida estava se aproximando, e a realidade começou a pesar sobre mim. O tempo que passei com Charles foi tão incrível que eu não queria que acabasse. A ideia de voltar à rotina na Itália me deixava um pouco triste, foi a primeira vez que me senti assim desde que me mudei.
Quando entramos no jato particular de Charles, eu estava um pouco ansiosa, não de uma forma alegre como na vinda, mas um pouco melancólica, me perguntando como seriam as coisas depois de... tudo.
- Pronta para a aventura? - perguntou, enquanto me ajudava a acomodar as malas.
- Sempre. - respondi, tentando esconder a apreensão de ter que voltar à realidade.
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MORE THAN I CAN SAY
Fiksi PenggemarUma jovem brasileira vai para a Itália fazer um curso de história da arte, lá ela consegue uma oportunidade com a qual sempre sonhou, a de ir em uma corrida da F1. Em meio ao cheiro de borracha queimada, gritos de torcida e muita competição, Anna co...