O sábado foi tranquilo, cheio de momentos que me aqueciam o coração. Eu já me sentia bem melhor, os antibióticos finalmente mostrando seu efeito e a minha voz voltando. Aproveitei para me sentar à minha escrivaninha e tentar por em dia algumas coisas da faculdade enquanto Charles relaxava no sofá.
Ele havia encontrado meu violão e começou a dedilhar algumas notas. Não resisti e olhei para ele, completamente envolvido naquele momento. A luz do sol que entrava pela janela, iluminando-o de uma forma quase mágica. O ambiente ao redor - meus livros, discos, o violão em suas mãos - parecia uma cena de um filme antigo.
Peguei meu celular discretamente e fotografei, desejando guardar aquele momento para sempre. Quando ele começou a cantarolar "Dust In The Wind" em um tom suave e quase melancólico, gravei um pequeno vídeo. Assim que guardei o celular, ele me flagrou. Charles levantou os olhos, me lançou um sorriso descontraído e piscou, me fazendo sorrir como uma boba.
Mais tarde, ele se levantou e foi para a cozinha. O som de pratos e utensílios chamou minha atenção, mas continuei focada nos meus papéis, curiosa sobre o que ele estava fazendo. Pouco tempo depois, ele apareceu com um café fresco e uma travessa com panquecas, colocando tudo na bancada.
- Vem comer aqui, princesse. É mais seguro do que perto dos seus papéis. - ele disse com um sorriso, claramente satisfeito consigo mesmo.
Sentei-me ao lado dele e comecei a comer. As panquecas estavam deliciosas, e o café era forte do jeito que eu gostava.
- Você sabe que está me mimando, né? - disse com uma expressão brincalhona, mas meu coração transbordava de gratidão.
- E, sinceramente, eu estou gostando disso. - ele respondeu, colocando mais uma panqueca no meu prato.
Eu sorri, me sentindo incrivelmente sortuda por tê-lo ali. Charles tinha um jeito único de transformar pequenos momentos em algo especial, e eu não podia evitar me sentir como a pessoa mais sortuda do mundo.
Já era tarde da noite quando finalmente nos deitamos. Charles estava abraçado em mim, de conchinha, com o braço ao redor da minha cintura. O calor do corpo dele me envolvia, e eu me sentia completamente segura e relaxada.
Achei que ele já estivesse dormindo. Sua respiração era calma e ritmada. Mas, de repente, senti seus lábios tocarem suavemente meu pescoço. Era um beijo leve, quase tímido, mas o suficiente para despertar algo em mim.
Meu corpo reagiu no mesmo instante, como se uma faísca tivesse acendido um fogo. Um arrepio percorreu minha pele, e senti meu coração bater mais rápido. Não consegui evitar mexer levemente a cabeça, expondo ainda mais meu pescoço para ele, como um convite silencioso.
- Charles... - murmurei, minha voz saindo baixa, quase um sussurro, sem saber exatamente o que dizer ou como reagir.
Ele não respondeu de imediato, mas senti um leve sorriso em seu toque quando deslizou a mão pela minha cintura, aproximando ainda mais nossos corpos. Seus lábios continuaram a explorar meu pescoço com mais intensidade, enquanto o calor entre nós parecia crescer com cada toque.
- Você está me deixando acordado, princesse. - ele murmurou contra minha pele, sua voz baixa e rouca, carregada de algo que fez meu coração disparar ainda mais.
Era impossível resistir. A noite, que parecia destinada ao descanso, tomou um rumo completamente diferente.
Um suspiro alto saiu de meus lábios. Haviam dias que sonhava em sentir o corpo de Charles no meu outra vez, não esperava que estivesse fraca quando o reencontrasse, mas hoje eu já me sentia melhor e queria muito que Charles me pegasse da mesma forma que fez em seu apartamento.
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MORE THAN I CAN SAY
Hayran KurguUma jovem brasileira vai para a Itália fazer um curso de história da arte, lá ela consegue uma oportunidade com a qual sempre sonhou, a de ir em uma corrida da F1. Em meio ao cheiro de borracha queimada, gritos de torcida e muita competição, Anna co...