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CAPITULO NOVE

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CAPITULO NOVE.   a voz da madrugada

A MADRUGADA havia se arrastado por horas, o silêncio da cabine apenas interrompido pelos sons distantes do mar batendo contra o casco do barco

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A MADRUGADA havia se arrastado por horas, o silêncio da cabine apenas interrompido pelos sons distantes do mar batendo contra o casco do barco. Ruby se mexeu na cama, sentindo o peso da noite em seu corpo. O frio da brisa que entrava pela janela estava mais suave, mas ainda assim, ela não conseguia encontrar o sono. Seus pensamentos estavam em turbilhão.

Quando finalmente se virou de lado, tentando se ajeitar nos cobertores, seus olhos se depararam com uma figura na penumbra. Ace estava ali, sentado na beirada da cama, com a cabeça baixa e as mãos entrelaçadas, como se estivesse preso a algo que não conseguia dizer. A luz da vela à sua frente iluminava seu rosto cansado e tenso. Ela ficou observando-o em silêncio por um momento, sentindo algo apertar seu peito ao vê-lo tão vulnerável.

— Ace? — ela chamou, a voz suave, quebrando o silêncio da noite. Ele olhou para ela, e, pela primeira vez em semanas, Ruby viu algo diferente em seu olhar — não a distância que ele sempre tentava manter, mas uma verdade nua, exposta, que ela ainda não entendia completamente.

— Eu não queria te acordar — ele disse, sua voz rouca, como se estivesse lutando contra as palavras. — Mas, não estou conseguindo dormir. Minha cabeça não para.

Ela levantou-se um pouco, apoiando-se nos cotovelos, e o observou com uma expressão que mesclava preocupação e carinho. — Você quer falar sobre isso?

Ele olhou para ela, os olhos profundos e cheios de uma dor silenciosa, como se estivesse carregando um peso invisível, algo que o fazia se afastar.

— Eu não sei o que estou fazendo, Ruby. Eu não sei como lidar com tudo isso. Com você, comigo, com meu pai. — Ele fez uma pausa, a frustração estampada em seu rosto. — Eu sei que eu não sou quem você pensa que eu sou. Eu sou o filho dele, Ruby. Isso me envergonha.

Ruby o observou por um momento, absorvendo suas palavras. Aquelas palavras não eram novidade para ela. Ela sabia o que ele carregava consigo, sabia da carga que ele sentia. Mas não sabia o quão profundamente aquilo o afetava. Ela se aproximou mais, ficando ao lado dele, tocando sua mão com delicadeza.

𝐁𝐀𝐃 𝐄𝐍𝐃𝐈𝐍𝐆,   portgas d. aceOnde histórias criam vida. Descubra agora