Cap 38

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Grego

Brenda - você não vai fazer nada ? - perguntou

Grego - mano eu tô pensando

Brenda - a garota vai embora e vai levar a filha, ela não tá errada, errado tá você de não fazer nada ! - bufou sentando no sofá

Biel - não dá pra deixar ela sozinha, Mt tá na cola dela 100% do tempo, ela pia fora de casa ele tá atrás dela.

Grego - vocês tão me atrapalhando pensar

Brenda - que porra de cérebro é esse que não funciona ?

Grego - vou lá falar com ela - falei levantando do sofá e subindo as escadas.

Bati na porta, nada.

Grego - Loira, abre a porta, vamos conversar..

Sem resposta.

Grego - Lu abre a porta - não ouvia um piu dentro do quarto.

Dei um chute na porta que a fez abrir, a Maitê começou a chorar pelo susto, mas a Luísa não se mexeu, fui até elas e ela tava apagada.

Grego - Lu, acorda - mexi nela e ela abriu os olhos devagar - tá tudo bem ? Você apagou

O rosto dela tava extremamente vermelho, devia ter chorado.

Luísa - Tá - ela parecia confusa - tá tudo bem - se sentou na cama mais continuava agarrada na Maitê.

Grego - Eu vim me desculpar

Luísa - Não quero falar disso - passou a mão no rosto

Grego - não precisa falar, só me ouve - ela acentiu - Eu trouxe vocês pra cá pra proteger vocês, e é isso que eu vou fazer, ela não pisa mais aqui, muito menos perto da Maitê. Se algo te incomodar você me fala, eu resolvo, só não quero ficar longe. - ela apenas me olhava

Luísa - Já percebeu que a gente perto um do outro só se magoa, se machuca ? - fez uma pausa - Porque a gente insiste nisso?

Eu não sabia o que responder.

Grego - Tu consegue seguir em frente, apagar tudo e deixar pra lá a história que a gente teve ? - ela não respondeu - Se tu conseguir, pode ir. Mais eu falo isso com a plena convicção de que você não vai, se você quisesse viver longe, você não teria voltado.

Ela abaixou a cabeça e ficou em silêncio por uns minutos

Luísa - Não é o que eu quero, mais já parou pra pensar que as vezes é o que precisa ser feito? - eu neguei - Eu amo você, amo a ideia de unirmos a nossa família. - interrompi

Grego - Mas ?

Luísa - Enquanto era só a minha vida que corria perigo eu reclamava, te acusava, batia boca mais nunca sai daqui, agora estamos falando da Maitê.

Aquilo foi uma facada no meu coração. Tava colocando a vida da menorzinha em risco, ela sem nem saber de nada nem porque.

Grego - Eu te juro por tudo que é mais sagrado, eu dou a minha vida pela dela. Pela de vocês, e nada, nunca vai acontecer, não enquanto eu ainda estiver aqui.

Ela segurou a minha mão, forte e eu a abracei. Ficamos ali por uns minutos e eu me senti o cara mais foda do mundo. Elas me fortaleciam ta ligado? Me davam motivos pra ser forte.

Eu que nunca quis vínculos por medo das consequências, hoje não me imagino mais sozinho, sem elas.

Dias depois

Era uma sexta, dia de baile. Tava tudo na paz.

Anunciado frente a todo morro de que a Laura tava proibida de entrar ali, fazendo assim aquele relacionamento fajuto ter um ponto final.

Luísa tava morando em casa, mas ainda não tinha me respondido nada, ela continuava dormindo no quarto do lado ou no da Maitê.

Mt tava sumido fazia uns dias, sentia que tava sendo evitado por ele, eu chegava na boca os cara falava que ele tinha acabado de sair.

Ta tudo calmo, o que me assustava.

Tava me trocando pro baile, parei de frente com o espelho e peguei meu crucifixo.

Grego - Jesus e nossa senhora me protejam, dei um beijo e guardei na camisa.

Desci e a Lu tava se despedindo da Maitê, ela tava lindona, calça preta, top branco decotão da porra, cabelo solto e salto.

Grego - Bora ? - ela acentiu e eu dei um beijo na Maitê - qualquer coisa tu liga em Joana.

Subimos pro baile, tava gostosinho até, e pra quem tava muito sumido resolveu dar as caras.

Mt - Eai - sentou do meu lado

Grego - dize aí, tá sumidão pô - falei dando um gole no wisky

Mt - Resolvendo uns bagulho - falou fazendo um copo pra ele

Grego - Espero que não tenha nada a ver com esse papo maluco de querer levar a Luísa embora - ele travou - Porque eu acho que tu mais que ninguém sabe que isso aí não vai rolar - continuei calmo e dei outro gole no wisky

Mt - Quem deveria tá ciente aqui era tu, que esse cadinho de vocês aí não cola mais - ele bebeu do copo.

Grego - Não consigo enxergar quando você se tornou esse cara invejoso. - fiz uma pausa - Querendo tudo o que é meu.

Mt - Isso não é sobre você ou o que você tem, isso é sobre a Luísa e o que ela merece, coisas que você nunca vai ser capaz de oferecer pra ela. Amor, lealdade, cuidado, proteção e o principal, paz !

Grego - E tu se acha melhor que eu a ponto de dar pra ela o que ela precisa ? - ele apenas acentiu- tu pode oferecer tudo isso, mais independente disso, nunca vai ser tu que ela vai querer. Aceita irmão. Tu pode ser o certo, mais não é quem ela procura quando precisa, nao é tu que ta no cabeça nem no coração dela, não é o teu nome que ela chama quando tá gozando. Se algum dia ela ficou contigo, tenho certeza que foi pensando em mim.

Vi ele ficar vermelho de ódio.

Grego - agora eu entendo, porque tu e a Clara se davam tão bem, tudo farinha do mesmo saco.

Levantei, deixei meu copo na mesa e olhei pra ele.

Grego - Aceita irmão, a Luísa tu nunca vai ter.

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