MEU TUDO // SUKUNA

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  Minha rainha, meu tudo.

Hoje será o dia que iremos nos reencontrar novamente, o dia que irei sentir seus lábios com os meus. Poderei finalmente me sentir acariciado por suas mãos e escutar sua doce voz.

Estarei em paz, pois tudo o que sempre quis era estar ao seu lado. E é justamente por isso que ainda estou lutando contra esses insolentes, por causa do amor.

Minha princesa desaparecida, finalmente reencarnada.

Irei encontrá-la onde quer que esteja nesse mundo, onde quer que esteja vivendo nessa vida. Destruirei com minhas próprias mãos se essa for a única opção de tela.

1000 anos que não te vejo, que te tiraram de mim. Queimaram-na no fogo ardente do pecado cristão, seus gritos dolorosos sendo apagados pela carne queimando em sua garganta.

Matar crianças, destruir e queimar todos que te fizeram mal não foi o suficiente para vingar sua dor.

Destruí e matei, cometi todos os pecados inimagináveis por ti. Mas em meio a toda a crueldade desta vida, Deus ainda me deu você.

Como é possível que, mesmo depois de milênios, eu consiga sentir seu cheiro na brisa do ar? Que eu ainda me lembro como era escutar sua doce risada? Como você me abraçava nos dias frios?

Obrigada Uraume, por trazê-la até mim. Meu corpo finalmente original, minhas forças capazes de entregar todos meus sentimentos guardados durante todo esse tempo.

Demorou, demorou pois sei que todos queriam que você ficasse acorrentada nas larvas do inferno, que seria a perdição do mundo humano. Entretando nosso amor é mais forte que qualquer outro.

Finalmente me sinto vivo, vivo e completo.

— Pensei que tivesse esquecido de mim.— Sua voz sai em um sussurro quente, a tristeza em seu olhar.— Fiquei sendo julgada por meus pecados por milênios, e ninguém veio a procura de mim, nem mesmo você.

Raiva, ela têm raiva de mim. Tenho medo que não me dê seu perdão.

— Uraume fez de tudo para que você reencarnasse da melhor maneira possível.

— Vejo.— diz olhando ao redor da cidade destruída, os corpos mortos queimados no chão e gritos de sofrimento.— Realmente gosta de um show.

— Não é o suficiente para te fazer voltar para mim.— digo, indo em sua direção, me ajoelhando a sua frente.— Nada é suficiente para pedir seu perdão por te ter perdido. Por ter permitido que você morresse, não ter estado lá por você, mas foi necessário para não ter nenhuma obstrução.

S/N me olha com aquelas íris cheias de amor, o rosto impaciente e chateado.

Simplesmente linda, a mulher mais bela de todo universo.

Minha mulher, somente minha e de mais ninguém.

— Este corpo não é meu.— Comenta olhando suas vestes contemporâneas.

— Eu sei.— Digo, olhando-a com devoção, a caricia de seu rosto com as minhas mãos cheias de sangue, o toque tão suave que parecem que irá quebrá-la. Meus braços inferiores seguram sua cintura com força.— Não se preocupe, estamos providenciando sua volta completa. Seu corpo está escondido na escola Jujutsu, não faz ideia das coisas sujas que fizeram para que não nos juntassemos novamente.

— Você matou quem interrompeu nossos planos, certo?— Me olhou com uma sobrancelha arqueada.

— É claro que sim. Não deixaria algo atrapalhar sua volta, muito menos algo insignificante como um Gojo ou qualquer outro. — Seus olhos finalmente mudam, uma expressão de alívio presente em seu rosto.

A sensação de finalmente estar próximo a você me deixa zonzo, não consigo acreditar que finalmente está em meus braços. Apenas agora consigo sentir o quanto havia sido difícil lidar com a solidão, a dor e a frustração de saber que fui impróprio para protegê-la.

— Está me apertando.— S/N diz numa voz manhosa, afagando minhas costas.

— Estou te segurando para ter certeza que não vai embora novamente.— digo.— Me perdoe pequena.

— Não irei conceder seu perdão.— Suas palavras são tão duras e ao mesmo tempo me acaricia com tanta bondade.— Mas tenho que admitir que você se tornou uma maldição muito forte, orgulho‐me de ti.

Fico sem palavras, não consigo acreditar que está acariciando minhas costas com seus dedos pequenos. O desejo me toma, me pego lembrando de como tinha sido seu toque na minha pele e quanto isso tinha sido maravilhoso.

— Eu te amo.— Digo quase um gemido manhoso contra seu rosto enquanto me afasto.— Te amo tanto que me dói.

De repente, me sinto um adolescente bobo apaixonado, com meu coração aos pulos, cheio de desejo, possessão e cobiça.

Sou aquele homem loucamente apaixonado outra vez. Meus olhos me entregam, estão brilhantes por ter sua presença outra vez em minha vida. Todos os quatro.

Você ri com a expressão de superioridade. Com as mãos, segura meu rosto e acaricia minhas bochechas enquanto ri da minha tentativa de parecer inabalável.

— Sempre teve um rosto tão confiante. E agora parece que está quase chorando.— Diz enquanto olha diretamente nos meus olhos vermelhos. Por um momento, um olhar desafiador, mas logo em seguida um olhar doce e compassivo.

Balanço a cabeça, aceitando sua crítica, e me seguro com todas as minhas forças para não simplesmente derrubá-la no chão e possuí-la como a única coisa que me pertence.

— Sim.— Digo sem ter forças nenhuma para lhe negar, pegando sua mão com carinho e a beijando.— Sim, você tem razão.

— Onde está Uraume?

— Não importa agora minha rainha.— Seguro seu quadril e acaricio minha face em sua barriga.— Estou mais preocupado com o fato de estar aqui comigo, e que posso finalmente te engravidar como sempre quisemos.

Ela ri e a mantenho em meus braços, consigo levantar com ela no meu colo. Sua mão carinhosamente acaricia uma área do meu cabelo.

— Parece um cachorrinho apaixonado.— Me provoca, fazendo que eu segure de seu quadril com força e ela geme com isso.

— Mas eu sou um.








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