A sala ficava cheia pelo som animado dos três enquanto riam alto a cada comentário desnecessariamente vulgar um do outro. O moreno era quem estava bem mais exaltado que os outros, enquanto Shiu ainda se encontrava razoavelmente sóbrio e S/N já estava caindo para os lados. Sentados no chão da sala como crianças.
— Puta que pariu!— Toji ri enquanto levanta o copo para tomar mais um gole.— Essa foi a melhor missão que tive em muito tempo.
S/N apenas murmura algo com dificuldade, colocando sua caneca vazia de cabeça para baixo na mesa de centro. Seus olhos já não conseguiam conter toda a bebida dentro dela e então a mulher se deixa cair na almofada do sofá, abraçando-a.
Quanto é 50% de 30 milhões? Para S/N, o resultado não parava de passar pela sua cabeça. 15.000.000,00. Nem se importava com os impostos ou a parte da organização.
Contudo, naquela cabecinha cheia de problemas mentais, ainda tinha a ansiedade de suas próximas missões. As carnes se cortando com facilidade, a hemorragia interna matando lentamente, o som de ossos quebrando...Estava tão bêbada.
Aquele rubor em sua face, a tontura, o sorriso bobo e as palavras sem sentido, que saudades sentia dessa sensação quando se juntava aqueles dois. Depois que se casou, a única sensação de liberdade que tinha era em matar.
— Ei, não dorme ainda.— Toji se aproxima dela, colocando suas mãos firmes nos ombros nus pela blusa tomara que caia, para animá-la e mantê-la acordada.— A noite está apenas começando!
— Não o incomodava e nem de um....Eu não...Eu tô bem...!— Ela se levanta rapidamente sorrindo.— Ah, meu marido não pode saber que eu tô aqui, tínhamos um jantar e...
— Que ele fique batendo uma punheta então...— Toji fala suspirando irritado, os braços jogados no sofá.
— Toji...— Shiu o repreende.
— E que ele se foda.— Responde com aquela carranca que não largava seu rosto se servindo mais cerveja.
— Me dá mais um copinho...— Ela levanta sua mão no ar manhosa.
— Não, já deu por hoje.— Shiu diz segurando seu braço calmamente.
— Ah Shiu você é tão bondoso comigo...— Pequenas lágrimas começam a sair do seu olho como uma criança. Ele sente um arrepio quando as mãos delicadas da mulher vão para seu pescoço em um abraço desajeitado.— Eu te amo...
Shiu fica um pouco surpresa com a ação repentina da jovem, principalmente por causa do estado dela, mas não deixa de desfrutar do gesto. Suas mãos grandes se posicionam firmes sobre sua cintura para manter seu abraço.
Estava tão vulva, tão meiga, tão sexy. Era errado, tinha que se controlar. Queria ser ele no lugar daquele homem idiota que pegou seu sobrenome, queria ser pai dos seus filhos e te levar ao altar como a deusa que é.
— Também te amo.— Ele responde com um quase sussurro.
Era o momento perfeito. A distancia entre os lábios deles se tornava cada vez mais curta. Era só se inclinar um pouco para frente, sentir a maciez de seus lábios com os seus, e tirar todo aquele ar sufocante.
— Porra, eu vou vomitar...— E tudo é interrompido pelas palavras irritadas de Toji.
A questão aqui, é o quanto seria o nível de ciúmes um pelo outro. Uma batalha silenciosa de possessão agora que você está de volta.
De repente, o celular de S/N interrompe aquela ar desconfortável entre os dois. Como se fosse um passe de mágica, toda a sua embriaguez sai quando sua voz sai falando com seu marido.
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