PREFERIDA // UZUI TENGEN

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— Você tem uma preferida?— Você pergunta enquanto massagea o peito nu do seu marido.

Diferente das outras, você se via em uma situação complicada com Uzui. O que te intrigava era que ele não te usava apenas para sexo como as demais, e sim para noites de sono cheia de conversas e carinhos antes de finalmente dormir.

Isso deixava a sua cabeça borbulhando. Será que Tengen tinha uma preferida? E essa seria você? Esse pensamento veio do nada, mas ficou ali fincando no seu cérebro durante meses. E agora que estão novamente sozinhos na cama, o certo seria aproveitar.

— O que está insinuando?— Sua voz sai rouca. Estava cansado. Seus cabelos brancos soltos se misturavam no travesseiro fofo.

— É que...— A voz dela não passava de um cochicho e ela continuava a mexer em alguns dos músculos no peito dele — Você fala mais comigo do que com qualquer uma.

Seu peito doida de ansiedade.

— E é diferente, eu não sei explicar — ela levantou a cabeça de onde estava apoiada no peito dele e olhou diretamente para o rosto dele enquanto mordia o lábio inferior — É, eu acho, é mais íntimo.

Uzui apenas a olha sério.

— Ouço você me contando sobre suas histórias como hashira, histórias de sua família, de sua vida... mas tem...— Ela fecha as mãos em punho no peito desnudo dele — Tem mais alguém que você fala mais? Ou que você gosta mais?

Ele a encarava e continuava calado. Ela esperou uma ou duas minutos e continuou.

— Você acha as outras mais atraentes? Ou... mais... excitantes? — Um rubor de vergonha cobrou suas bochechas enquanto ela falava, e sua voz saía baixa — ou sente mais prazer com as outras do que comigo?

Mesmo com toda a intimidade que já tinha com seu marido, você sempre se sentia envergonhada quando estava na sua presença. Uzui era um homem muito grande perto de você e te deixava segura.

Uzui observou a expressão dela; o modo como seu rosto estava avermellado, suas mãos tremendo enquanto agarravam seu peito, a hesitação em sua voz, o jeito que ela procurava evitar contato visual, ele apenas riu suavemente e pôs suas mãos sobre as dela, cobrindo-as completamente.

— Fala comigo...— Protestou manhosa.

— Você quer saber se gosto mais de você do que delas, não é?— perguntou ele com uma sugestão na voz.

Em silêncio, você aquiesceu com a cabeça. Uma pequena parcela de você queria que ele mentisse e dissesse que sim, que gostava mais de você, que você era única e que nada poderia comparar-se à sua beleza e paixão. Mas a outra parte, mais racional, queria a verdade.

Uzui finalmente se moveu. Uma das mãos desceu pelas suas costas e a puxou para cima. Com a mesma mão, ele a colocou de maneira que agora estava sentada no quadril dele, com a cintura apoiada em seu baixo ventre.

Ele finalmente abriu a boca e a olha para baixo.

— Não — ele responde simplesmente. Os olhos dela se arregalam na surpresa. — Você é única.

Suas bochechas ficam muito mais vermelhas à medida que você compreende o significado das palavras dele. Ele te achava única, especial. A primeira mulher, a única mulher, a ter seu coração.

Você queria perguntar, queria perguntar se ele te amava, mas não encontrou a coragem de perguntar. A parte lógica de você dizia que era impossível um homem como ele amar você, que ele amava apenas o sexo e nada mais. Mas sua outra parte, a romântica, insistia em dizer que sim, e que seu marido te amava mais do que qualquer sexo ou mulher. Em vez de perguntar-lhe, você simplesmente franziu o cenho e deslizou as mãos pelas linhas rígidas e definidas do braço e peito dele, seguindo suas cicatrizes com os dedos, sentindo seus músculos contraírem em diferentes lugares.

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