A abordagem de S/N à Megumi foi carregada de preocupação, sua voz suave refletindo a genuína preocupação que sentia pela criança abandonada no parque.
Megumi, seu cabelo preto espetado sob o leve sopro do vento, olhou para ela com olhos sábios, com uma tristeza imperceptível brilhando em suas íris.
— Não... Estou esperando meu pai voltar — A voz aguda de Megumi foi quase abafada pelo zumbido dos outros pais e seus filhos brincando nas proximidades, mas S/N conseguiu ouvir com clareza.
Ela franziu o cenho, a dúvida crescendo em seu interior enquanto pensava por que alguém deixaria um filho tão jovem sozinho em um parque movimentado. O instinto protetor de S/N ganhou força enquanto se sentava ao lado de Megumi no banco da praça.
— Seu pai disse que voltaria quando? — Perguntou suavemente, seu olhar gentil procurando qualquer sinal de inquietação na criança.
Megumi permaneceu em silêncio por um momento, desviando o olhar enquanto seu pequeno dedo brincava nervosamente com um buraco em sua camisa. — Ele disse que voltaria em breve... — O tom hesitante na voz do menino aumentou a preocupação de S/N.
A mente de S/N girava com perguntas não ditas, mas ela acalmou sua inquietação com um sorriso reconfortante.— Bem, você não se importa se eu ficar aqui até ele voltar, não é?
Megumi levantou o olhar para ela, um pequeno aceno de concordância assentindo com a cabeça. A luz do sol brilhava, refletindo seu cabelo preto, dando à criança uma aparência quase angelical. S/N sentiu uma nova onda de preocupação e determinação.
Ela olhou para o resto do parque, observando os pais reunidos enquanto seus filhos brincavam em conjunto. Não havia sinal de alguém procurando por uma criança perdida. S/N mordeu o lábio, as dúvidas sobre a ausência de Megumi se tornando mais proeminentes.
— Você gosta muito do seu pai? — Ela perguntou novamente suavemente, sua mão encontrando sua própria maneira sem esforço de acariciar as costas de Megumi em movimentos circulares reconfortantes. Precisava fazer alguma coisa para passar o tempo.
A pequena cabeça de Megumi assentiu, a tristeza em seu olhar se tornando mais evidente. — Sim, eu gosto dele, mas ele fica fora por muito tempo — Murmurou, encostando ligeiramente no toque suave de S/N.
O coração de S/N apertou com a confissão do menino, a tristeza em sua palavra atingindo um nervo sensível dentro dela. Ela mordiscou o lábio novamente, a necessidade de fazer algo para ajudar crescendo com o passar de cada minuto.
— Quer tomar um sorvete?
Os olhos de Megumi brilharam com o oferecimento de S/N, a tristeza momentaneamente esquecida com a menção ao doce doce. Ele assentiu com entusiasmo, levantando-se do banco.
S/N sorriu, levando a criança de mãos dadas enquanto se dirigiam aos vendedores de sorvete na ponta do parque. Ela mantinha uma atenção cuidadosa, com os olhos sempre vigiando o menino ao seu lado e também qualquer sinal de alguém procurando por ele.
Enquanto deslizavam na fila de sorvete, S/N tentava manter a conversa casual, perguntando sobre os hobbies e brinquedos favoritos de Megumi, tentando manter a mente da criança longe da ausência prolongada de seu pai.
Megumi falava animadamente, seu rosto iluminado com a excitação de ter uma pessoa que realmente se importava com suas opiniões e experiências. Ele tinha um gosto doce, escolhendo um sorvete de baunilha com calda de chocolate como seu sabor favorito.
Enquanto se sentavam em um banco próximo, compartilhando seus respectivos cones de sorvete, S/N não podia deixar de se perguntar o que poderia levar alguém a abandonar uma criança gentil e doce como Megumi no meio de um parque movimentado.
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