Toji era um homem bastante robusto e indelicado, não querendo se comprometer em um relacionamento com ninguém.
Normalmente ficando apenas uma noite com qualquer uma que o interessava e no outro dia desaparecendo e voltando a sua rotina novamente. Não queria nada sério, apenas uma transa sem conexões e nada mais.
Então por que estava na sua casa, te ajudando a lavar a louça suja de ontem? Já deveria ter sumido de sua vida a uma semana, mas insistiu em ficar na sua casa por todo esse tempo.
Que porra ele estava fazendo?
Tinha que sair dali.
Qual seria sua justificativa, talvez o fato de que não pagava aluguel? Que estava se aproveitando dela? Não, se aproveitar de alguém não significa que vai estar limpando como um dono de casa a residência de outra pessoa.
Não era algo que ele costumava fazer, mas não podia negar que, enquanto lavava a louça pela quinta vez naquela semana, estava sentindo algo estranho por dentro.
Sentia-se estranhamente confortável. Não, não era isso, ele sentia...bem-vindo? Era uma sensação desconhecida a ele, assim como a situação na qual se encontrava. Isso não era normal.
A maioria dos dias era acordar, comer alguma coisa e partir para um serviço. Hoje, no entanto, ele se levantava, andava até a cozinha onde ela preparava o café da manhã e se sentava a mesa para esperar.
Não podia ser assim. Tinha que ir embora o mais rápido possível.
— Adoro sentir seu cheiro.— A mulher diz se aproximado do mais alto e abraçando suas costas nuas e arranhadas pela suas próprias unhas, como um gato manhoso.
Toji sentiu seus membros ficarem tensos com aquele gesto inesperado. Ela se encaixou perfeitamente contra seu corpo, sua pequena figura cobrindo suas costas largas.
Era para ser apenas uma ficada. Porra, o que essa mulher tinha feito com ele? Era como se estivessem em uma rotina de praticamente casados.
E por mais absurdo que fosse o fato de estar na cozinha enquanto uma mulher desconhecida se enfiava entre suas costas, ele sabia exatamente o que iria acontecer pela próxima hora. E apesar de já ter acontecido cinco vezes naquela semana, seu corpo reagia como se fosse a primeira.
— Parece nervoso...— Suas mãos delicadas passam suavemente por suas costas nuas fazendo círculos.— Aconteceu alguma coisa?
— Não. — Sua voz saiu rouca, mais rude do que pretendia, enquanto tentava afastar os pensamentos indesejados de se aproveitar dela pela sexta vez naquela semana.
S/N o olha por alguns segundos e dá um sorriso sincero.
Aquela porra de sorriso era uma droga.
Toji não conseguia evitar fitar os lábios bem desenhados, lembrando-se da sensação que sua língua provocava contra a dele.
Será que estava ficando apaixonado? Isso não era da sua natureza, hoje ele iria embora e te deixaria sozinha e sem notícias como todas as outras. Está decidido.
Se virando para ela, Toji pôs as mãos nos ombros dela e forçou-a a afastar alguns centímetros, tentando manter um pouco de distância. Precisava manter o controle de si mesmo.
— Tenho umas coisas para fazer hoje — ele disse com tom ríspido, tentando soar frio e indiferente.
S/N franziu a testa em confusão, tentando entender a mudança repentina de comportamento. Mas ela rapidamente se recuperou, seu rosto agora mostrando indiferença enquanto cruzava os braços.
