Capítulo 43

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Luna

Tudo aconteceu tão rápido. Primeiro, ficamos sabendo do que aconteceu na festa da Megan e decidimos ir para o Brasil apoiar a Anny de surpresa. Do nada, Megan apareceu, armando mais um de seus planos doentios. Eu e Gabriel estávamos na saída do aeroporto, esperando o carro de aplicativo, conversando sobre como poderíamos ajudar a Anny, quando fomos cercados. Quatro homens desceram de um carro, armados, e não tivemos chance de reagir.

— Tentem alguma coisa, e é o fim para vocês — um deles disse, empurrando-me para dentro de uma van.

Gabriel tentou lutar, mas logo o seguraram e o jogaram ao meu lado. Ele estava com o rosto tenso, mas me olhou tentando me tranquilizar.

— Vai ficar tudo bem, Luna. Confie em mim.

Eu queria acreditar nele, mas meu coração estava disparado. A única coisa que consegui fazer foi segurar sua mão.

Fomos levados para um lugar isolado, que parecia um galpão abandonado. Estava escuro e úmido, com um cheiro forte de mofo. Fomos amarrados a cadeiras e deixados ali, sozinhos por algum tempo.

— Isso é culpa minha. Se eu não tivesse insistido em vir para o Brasil... — comecei a dizer, mas Gabriel balançou a cabeça.

— Não. Isso é culpa da Megan, Luna. Não se culpe — disse, com a voz firme.

Eu queria acreditar nisso, mas o medo era maior. Minha mente estava a mil, imaginando todas as coisas que ela poderia fazer com a gente.

Depois de um tempo, Megan finalmente apareceu, acompanhada de Leon. Ver ele ali me revoltou mais do que qualquer outra coisa.

— Sabia que você era um babaca, mas não achava que chegaria a tanto — gritei para Leon, que apenas riu com desdém.

— Cala a boca, Luna. Eu só quero o que é meu de volta — respondeu ele, cruzando os braços como se fosse a vítima.

— Você se aliou a ela, Leon! Isso nunca vai acabar bem para você! — insisti, mas ele virou o rosto, me ignorando.

Megan se aproximou, puxando meu cabelo e me obrigando a olhar para ela.

— Que gracinha. Você acha mesmo que está em posição de me desafiar? — disse, com aquele sorriso sádico que me dava calafrios. — Sabe o que é engraçado? A Anny está vindo para cá. Por você. Pelo Gabriel. É tão patético que chega a ser divertido.

Meu coração disparou ao ouvir aquilo.

— Megan, deixa a Anny fora disso! — implorei.

— Ah, querida, ela é a cereja do bolo — respondeu, antes de me dar um tapa tão forte que minha visão ficou turva.

— Megan, você é doente! — gritei, minha voz carregada de ódio.

Ela apenas riu, se divertindo com o meu desespero.

Depois disso, nos arrastaram para um cômodo escuro e apertado, onde nos jogaram no chão, amarrados. O local estava sujo, com um banheiro que parecia não ser usado há anos. Eu estava exausta e apavorada, mas ainda mais preocupada com Anny.

— Luna, calma... — Gabriel tentou me consolar.

— Como você quer que eu fique calma? Ela está vindo para cá por nossa causa! Eu não vou me perdoar se algo acontecer com ela! — respondi, minha voz falhando por conta das lágrimas.

Depois de algumas horas, nos levaram de volta à sala principal, onde vi Anny e Leon. Ele a enganou, fingindo que estava ajudando, mas logo revelou sua traição. Anny percebeu que havia caído em uma emboscada, e nós fomos levados novamente para o cômodo escuro, dessa vez acompanhados por ela.

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⏰ Última atualização: a day ago ⏰

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