Olhos nos Olhos.

Girassol.

O sol dourado iluminava o campo de girassóis, que se estendia até onde a vista alcançava. A brisa leve balançava suavemente as flores, criando um som delicado que parecia acompanhar o ritmo sereno dos corações de Minho e Jisung. Deitados no meio daquele mar amarelo, era como se o mundo inteiro tivesse parado, deixando apenas os dois ali, envoltos pela natureza e pela paz que encontravam um no outro.

Jisung estava deitado com a cabeça no colo de Minho, seus olhos semicerrados enquanto sentia os dedos de Minho acariciando suavemente seu cabelo. O calor do sol em sua pele e o toque de Minho traziam uma tranquilidade que ele não sabia ser possível sentir.

"Esse lugar é perfeito," Jisung murmurou, sua voz baixa, quase como um sussurro. Ele abriu os olhos para encontrar o rosto de Minho olhando para ele com um sorriso calmo.

"Eu sabia que você ia gostar," Minho respondeu, seus dedos ainda acariciando os fios macios de Jisung. "Sempre achei que girassóis combinam com você."

Jisung riu suavemente. "Girassóis? Eu? Por quê?"

Minho inclinou a cabeça levemente, seu sorriso se tornando mais carinhoso. "Porque você é como eles. Sempre voltado para a luz, mesmo quando as coisas ficam difíceis. Você encontrou o seu jeito de continuar brilhando."

Jisung sentiu seu rosto esquentar, mas não desviou o olhar. Ele sabia que Minho sempre tinha um jeito de dizer coisas que iam direto ao seu coração, mas naquele momento, a intensidade das palavras o deixou sem resposta. Ele apenas sorriu de volta, seus olhos transmitindo tudo o que ele sentia.

"E você é o meu sol," Jisung finalmente respondeu, sua voz carregada de emoção. "Eu sigo você porque você me dá a luz que eu preciso. Sem você, acho que eu teria me perdido."

Minho abaixou o rosto, encostando sua testa na de Jisung. "Você nunca esteve perdido. Mas, se alguma vez estiver, eu vou estar aqui. Sempre."

O silêncio se instalou entre eles, mas não era desconfortável. Era o tipo de silêncio que só existia quando duas pessoas estavam completamente à vontade uma com a outra. O vento continuava a soprar suavemente, e o campo de girassóis parecia dançar ao seu redor.

Depois de um tempo, Jisung suspirou, se ajeitando no colo de Minho. "Você acha que tudo vai continuar assim? Calmo, tranquilo... feliz?"

Minho pensou por um momento antes de responder. "Não sei se tudo vai ser sempre fácil, mas sei que, se estivermos juntos, podemos enfrentar qualquer coisa. E isso é o que importa."

Jisung assentiu, sentindo uma nova onda de segurança se espalhar por ele. "Eu gosto de pensar assim também. Que não importa o que venha, estaremos prontos."

Minho sorriu e se inclinou para dar um beijo suave na testa de Jisung. "E estaremos. Porque agora somos uma equipe."

Eles passaram o resto da tarde conversando sobre o futuro, seus sonhos e pequenas coisas do cotidiano. Era reconfortante imaginar um futuro juntos, mesmo que não soubessem exatamente o que estava por vir. O que importava era que estavam dispostos a compartilhar cada momento, cada desafio e cada vitória.

Quando o sol começou a se pôr, tingindo o céu com tons de laranja e rosa, Minho ajudou Jisung a se levantar. Eles ficaram em pé, observando o horizonte enquanto o vento brincava com seus cabelos. Jisung segurou a mão de Minho, entrelaçando seus dedos.

"Obrigado por me trazer aqui," ele disse suavemente. "Eu precisava disso."

"Eu também," Minho respondeu, apertando a mão de Jisung. "E vamos voltar sempre que você quiser."

Eles se olharam por um momento antes de Jisung puxar Minho para um abraço apertado. Ali, no meio do campo de girassóis, com o sol se pondo atrás deles, era como se o universo inteiro estivesse em harmonia com o amor que compartilhavam. E, naquele instante, Jisung sabia que, não importa o que o futuro reservasse, ele estava exatamente onde deveria estar: ao lado de Minho.

[...]

O céu começava a escurecer, e as primeiras estrelas já pontilhavam o firmamento. Jisung e Minho permaneceram abraçados, sentindo o calor um do outro enquanto o vento suave trazia o cheiro doce dos girassóis. Era um daqueles momentos que pareciam suspensos no tempo, onde nada mais importava além do presente.

"Está esfriando," Minho comentou, deslizando suas mãos pelas costas de Jisung para aquecê-lo. "Devemos ir?"

Jisung hesitou, sua cabeça ainda encostada no ombro de Minho. "Podemos ficar só mais um pouco? Eu gosto de como tudo parece tão... perfeito aqui."

Minho sorriu, afagando o cabelo de Jisung. "Claro. Vamos aproveitar o momento."

Eles se sentaram novamente no chão, desta vez lado a lado, observando o céu. Minho pegou um casaco que havia trazido na mochila e o colocou sobre os ombros de Jisung, que sorriu agradecido.

"Você sempre pensa em tudo, não é?" Jisung brincou, aconchegando-se sob o casaco.

"Eu só quero garantir que você esteja confortável," Minho respondeu, seu tom calmo, mas cheio de significado.

Por alguns minutos, eles ficaram em silêncio, observando as estrelas surgirem uma a uma. Jisung olhou para o céu, perdido em pensamentos, até que sua voz quebrou o silêncio.

"Minho, você já pensou no futuro? Tipo, onde estaremos daqui a alguns anos?"

Minho virou-se para ele, seus olhos suaves refletindo a luz das estrelas. "Penso nisso o tempo todo. E, honestamente, sempre me vejo ao seu lado. Não importa onde, desde que estejamos juntos."

Jisung sorriu, sentindo uma onda de calor no peito. "Eu também penso assim. Não consigo imaginar um futuro sem você."

Minho segurou a mão de Jisung, entrelaçando seus dedos. "Então, vamos prometer uma coisa. Não importa o que aconteça, não importa as dificuldades, vamos enfrentar tudo juntos."

Jisung apertou a mão de Minho com firmeza. "Prometido."

Eles continuaram ali, observando as estrelas e compartilhando sonhos silenciosos. O tempo passou, e a escuridão da noite foi se intensificando, mas nenhum dos dois parecia querer sair dali. Era como se aquele campo fosse um refúgio, um lugar onde o mundo exterior não podia alcançá-los.

Minho olhou para Jisung, seu coração batendo mais rápido ao perceber o quanto o amava. "Você sabe o quanto mudou minha vida, certo?"

Jisung desviou o olhar do céu para encarar Minho. "Acho que sei, mas você sempre pode me dizer de novo."

Minho riu, passando a mão pelo rosto de Jisung. "Você trouxe luz para meus dias mais sombrios. Me ensinou que ser forte não significa estar sozinho. Eu sou uma pessoa melhor porque tenho você ao meu lado."

Jisung sentiu os olhos se encherem de lágrimas, mas sorriu, emocionado. "E você me ensinou que eu mereço ser amado, que posso ser eu mesmo sem medo. Você é o meu lar, Minho."

Sem dizer mais nada, Minho inclinou-se e pressionou um beijo suave nos lábios de Jisung. Foi um beijo cheio de carinho, promessas e amor. Quando se afastaram, ambos sorriram, com os corações aquecidos.

"Vamos voltar antes que fiquemos presos aqui," Minho sugeriu, embora sua voz estivesse cheia de relutância.

Jisung assentiu, mas segurou a mão de Minho com força. "Sim, mas já estou contando os dias para voltarmos."

Minho sorriu e beijou a testa de Jisung. "Sempre que você quiser, estaremos aqui."

Eles se levantaram e começaram a caminhar de volta pelo campo, as mãos ainda entrelaçadas. As estrelas os guiavam, mas eles sabiam que não precisavam de mais nada além um do outro para encontrar o caminho.