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A rotina dos dias seguintes foi marcada por uma leveza que Jisung não sabia que poderia existir. Minho se tornou uma presença constante, não apenas ao seu lado, mas também em sua vida diária. Iam juntos para a escola, almoçavam no refeitório com os amigos e, sempre que possível, terminavam o dia juntos. O que antes era tensão e medo agora era substituído por risos, olhares cúmplices e pequenos gestos que falavam mais do que palavras.
Uma tarde, enquanto saíam da escola, Jisung parou abruptamente no meio do caminho. Minho, que estava ao seu lado, franziu o cenho. "O que foi? Esqueceu algo?"
Jisung balançou a cabeça. "Não... Eu só... Acho que ainda estou me acostumando com tudo isso." Ele deu um sorriso tímido. "Com você aqui, com as coisas finalmente dando certo."
Minho se aproximou, segurando o rosto de Jisung com ambas as mãos. "Você merece isso, Jisung. Cada momento de paz, cada sorriso. E eu vou estar aqui para garantir que continue assim."
Jisung sentiu os olhos arderem com a emoção. Ele sabia que Minho era sério sobre isso. "Eu nunca pensei que poderia confiar em alguém assim, Minho. Mas você... você me mostrou que é possível."
Minho sorriu, inclinando-se para beijá-lo suavemente. "E eu nunca vou deixar você esquecer disso."
[...]
Alguns dias depois, um rumor começou a circular pela escola: Yunho havia sido suspenso. Ninguém sabia ao certo o motivo, mas o clima de tensão que sempre acompanhava seu nome parecia ter se dissipado. Jisung percebeu que, pela primeira vez em semanas, podia caminhar pelos corredores sem olhar por cima do ombro.
Durante o intervalo, ele e Minho estavam sentados juntos na área externa quando um dos amigos deles comentou casualmente sobre o assunto.
"Vocês ouviram? Parece que alguém finalmente fez algo sobre o Yunho. Ele foi denunciado para a direção por comportamento agressivo."
Jisung congelou, trocando um olhar rápido com Minho. Ele sabia que aquilo não era coincidência. Minho manteve a expressão calma, mas havia um brilho de satisfação em seus olhos.
Depois que o amigo se afastou, Jisung olhou para Minho. "Você fez isso, não fez?"
Minho ergueu uma sobrancelha, fingindo inocência. "Eu só fui sincero com a direção. Contei o que sabia. O resto... foi consequência."
Jisung o encarou por um momento antes de suspirar, um sorriso pequeno surgindo em seus lábios. "Você é impossível."
"Impossível ou eficiente?" Minho brincou, dando de ombros.
"Talvez os dois," Jisung admitiu, rindo. Ele se sentia mais leve, como se um peso enorme tivesse sido retirado de seus ombros. "Obrigada, Minho. Sério."
"Não precisa me agradecer." Minho segurou sua mão, entrelaçando os dedos. "Eu só quero que você seja feliz."
E naquele momento, Jisung percebeu que já estava mais perto disso do que jamais esteve.
