Capítulo 2 - Um Perigo Iminente

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 Myasaki estava preocupado com o que viria pela frente.

Não era algo bom.

Ao horizonte podia-se ver a poeira que subia gradativamente. Era Kisame.

As forças da cidade central estavam todas à postos. Guerreiros com suas espadas. Arqueiros com suas aljavas repletas de flechas e arcos longos. Myasaki estava no portão principal junto aos seus nove conselheiros. O rei fizera uma manobra arriscada, que reduziria a frente de batalha mas abriria uma brecha para atacar o massivo exército de Kisame. Myasaki posicionara um terço de suas forças dentro da cidade central e colocara os outros dois terços divididos um em cada lado da grande planície, sendo que estes dois terços estavam escondidos em meio às arvores da floresta local. O rei utilizaria de um ataque pelos flancos quando o exército inimigo estivesse mais fraco e cansado.

- Tentará diplomacia com esse tirano senhor Myasaki? – pergunta Garin ao rei.

- Diplomacia às vezes pode impedir a queda de um império caro Garin, não custa nada tentar dialogar com ele.

- Ah custa sim! Custa metade das tropas que estão aqui senhor.

- Só faça o que eu estou mandando Garin.

Mais 6 horas se passam e enfim Kisame – O tirano – chega com seus homens na frente da cidade central. Kisame era alto, esguio e vestia uma armadura negra completa, porém tirara o capacete. Os olhos brancos e sem pupila de Kisame fazem o exército real estremecer. Seus homens vestiam armaduras roxas e cinzas; todas incompletas. Ao seu lado estava uma figura baixa e encapuzada; este por sua vez vestia verde e em suas mãos, que transpareciam por suas vestes, estava uma esfera negra com o que parecia ser um olho no meio.

- Então é você quem comanda esse pedaço do continente? Que patético, achei que teria mais desafio do que isto!

- Kisame, sabia que minha primeira opção seria o diálogo. Portanto peço -lhe uma coisa somente, que entremos em um acordo para com nossos domínios.

- Acordos, contratos, promessas, quantas coisas irrelevantes perante o meu poder. Você não é burro Myasaki, você está preparado. Vem treinando junto com suas tropas todo este tempo. Suas tropas estão devidamente posicionadas. Todos os seus 9000 homens.

O suor escorre de maneira congelante pelo rosto inerte de Myasaki. "Como ele sabe o número exato de homens de meu exército sendo que lhes estão à vista somente 3000 deles?" pensou ele.

- Pare de tolices Kisame, sabe que aqui só temos 3000 homens. Homens suficientes para pôr abaixo o seu exército de cachorros! - fala Myasaki de maneira imponente.

O semblante sarcástico de Kisame se desfaz. O homem esguio olha de maneira séria para Myasaki.

- Acha mesmo que sou tão burro Myasaki? Nem parece que é rei de uma extensão de terra tão grande. Meus espiões me informaram a exata posição de seus outros 6000 homens. Agora, se percebes bem, verá que estão todos mortos.

Ao ressoar da gargalhada de Kisame, Myasaki olha por dentre as árvores e percebe que as sombras, antes humanas, que estavam na floresta, eram então disformes e se assemelhavam muito às silhuetas monstruosas do exército de Kisame naquele dia.

- E então, rei bondoso, acredita que já foste reduzido a pó antes mesmo de lutar comigo?

- Caro Kisame. Sua petulância não me intimida. Sabes bem que lutarei até o fim com todas as minhas forças para acabar com sua raça!

- Bom, diga isso também à sua família que o aguarda ansiosamente em minha carruagem!

Kisame esboça em sua face pálida outro sorriso insano.

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