Há quase três mil anos, dois gêmeos nasceram. Predestinados a mudar o mundo. Um, forjado pelo caos, e outro, nascido do Rex. Duas magias, um propósito. E uma guerra sem vitoria.
Eles travaram um luta que, no futuro, ficou conhecida como a batalha do...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Era ainda cedo quando o grupo fez uma breve parada na cidadela para entregar as lágrimas de unicórnio solicitadas por Dusk. Já próximo ao meio-dia, o aether sobrevoou um vasto território conhecido como o Jardim de Askar. No centro, uma colina rochosa se erguia, imponente e isolada. Já em seu entorno, um mar de cultivo que se estendia até o horizonte, com suas linhas retas de plantios alternados que criavam uma tapeçaria viva de cores e formas. As plantas, de diferentes tons, pareciam crescer com uma vitalidade impressionante, trazendo uma beleza única ao lugar e dando a Askar o título de Reino da Colheita.
Embora ninguém soubesse com certeza, muitos acreditavam que em algum lugar distante, nas profundezas ou nas montanhas, vivia um dos Titãs, Bherramult. O Titã da fertilidade, o qual os passos faziam a terra florescer e prosperar, e cuja presença trazia abundância a todos os campos que tocava. Alguns diziam que ele ainda caminhava por aquelas terras ou que estava imerso em uma forma de sono profundo, enquanto outros acreditavam que sua essência reside no próprio solo, espalhando seu poder através das raízes que se entrelaçam por todo o reino.
A jornada prosseguiu lentamente sobre aquele mar de plantações, mas foi depois de uma longa travessia que começaram a avistar as imponentes muralhas da capital de Askar, erguendo-se no horizonte como uma parede de pedra que delimita o lugar. Era um círculo irregular, mas vasto em extensão, e suas torres e bastiões pareciam tocar o céu em alguns pontos.
À medida que se aproximavam, o grupo notou a presença do Distrito de Thorne, um conjunto vasto de casas que se espalhavam à margem da muralha, como uma zona de transição entre o coração da capital e os arredores. Era uma área onde os comerciantes, viajantes e moradores de classe baixa se amontoavam, criando uma espécie de periferia.
O aether, já sobrecarregado pela distância percorrida, fez um pouso suave na beira de Thorne, onde outros aether pousavam e ateavam voo. Não era o melhor lugar para descer, mas era o mais próximo que podiam chegar sem atrair a atenção dos guardas da capital, já que qualquer entrada direta poderia significar problemas.
Ali, no limite entre o distrito e o vasto campo, Jack, Bhorur e Indra desceram.
— Valeu, amigo! — Bhorur apertava a mão do outro anão. — Queria te pedir mais um favor.
— Diga.
— Você sabe como posso encontrar o Colecionador?
— Você pode tentar na Taberna do Tarrasque. Ouvir dizer que um intermediário do Colecionador frequenta o local.
— Mais uma vez, obrigado!
— Disponha. Minha dívida tá paga. — os dois riram. — Aliás, diga ao Tarrasque que veio por Renelt.
— Certo! — Bhorur acenou com a cabeça e se retirou com os outros dois.
Após conversar com alguns conhecidos da Forja, Bhorur ouviu um palpite de onde podia encontrar uma das pedras do caos. Com o Colecionador. Ele é um descarado sorrateiro que ergueu seu "império" à custa da desgraça dos outros. Um império que ele batizou carinhosamente como Subferia. Uma influência forte que se alastra pelas terras de Askar como um veneno.
