Capítulo 30

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Christian Grey

Acordei atordoado, sem saber onde estava ou o que tinha acontecido, e então, como um soco, as lembranças me atingiram.

Léo...

Balancei a cabeça, afastando a imagem dolorosa da minha mente. Olhei ao meu redor. O quarto estava escuro e silencioso, exceto pela respiração suave de Ana que dormia ao meu lado. Seu rosto tranquilo era meu refúgio.

Minha cabeça latejava, como se eu tivesse bebido, e meu peito estava apertado, uma sensação pesada que parecia consumir até mesmo o ar que eu respirava.

Levantei devagar, tentando não acordá-la. Lavei meu rosto na esperança de afastar a sensação, mas não adiantou. Segui para a cozinha.

Carla já estava preparando o café da manhã. A televisão estava ligada no jornal matinal e a apresentadora falava do "triste acidente".

— Bom dia!

— Bom dia, Christian. — Ela se apressou em desligar o aparelho. — Me desculpe, querido.

— Não precisa se desculpar, Carla.

— Conseguiu dormir?

— O suficiente, Carla. Obrigado por tudo ontem.

— Não tem nada que agradecer, meu querido. — Ela disse, gentil, enquanto despejava água quente no coador de café.

— Posso ajudar em alguma coisa?

— Capaz! Senta que já sai o café.

Fiz como Carla pediu, e logo Ana apareceu, com os cabelos bagunçados e usando seu pijama.

— Bom dia, amor. Bom dia, mãe. — Ela se inclinou e me deu um beijo casto.

— Bom dia. — Respondemos em conjunto.

— Por que não me acordou? — Questionou ela.

Segurei sua mão e a beijei suavemente.

— Você parecia tão tranquila, não quis atrapalhar seu sono.

— Você nunca atrapalha. — Disse firme ao me dar outro beijo.

Ana ajudou sua mãe a pôr as coisas sobre a mesa e depois sentou ao meu lado. Tomamos café da manhã em silêncio, cada um imerso em seus próprios pensamentos.

Meu celular começou a tocar. Levantei em um pulo e corri para pegar o aparelho. Senti um alívio enorme ao ver a foto do meu irmão na tela.

— Oi.

— Oi, Chris. Kate tá com contrações. Tá na hora, minha filha vai nascer, cara. — Disse ele de supetão, com a voz cheia de emoção.

— Que notícia boa, cara.

— E Léo, alguma novidade?

— Nada ainda, mas daqui a pouco eu vou lá para o hospital.

— Vai me dando notícias. — Pediu meu irmão.

— Você também. E diz a Kate que eu mandei um beijo.

— Pode deixar. E Christian, esse tormento vai passar. Tenha fé, irmão.

— Vai sim. Obrigado. — Minha voz embargou.

Encerrei a ligação e encontrei Ana apoiada no batente da porta.

— Tudo bem? — Ela perguntou, vindo ao meu encontro. Seus braços envolveram minha cintura e Ana se aconchegou em meu peito.

— Sim, minha sobrinha vai nascer. — Respondi, beijando seus cabelos.

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⏰ Última atualização: 2 days ago ⏰

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